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Jorginho Mello em destaque na foto divulgada pelo Governo – Imagem: Bruno Oliveira

Uma grande jogada de marketing. É assim que se pode definir o encontro que o governador Jorginho Mello (PL) participou no Rio de Janeiro com o governador fluminense, Cláudio Castro (PL), e outros quatro governadores. Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, preferiu ficar de fora de uma ideia que não terá qualquer efeito prático para a vida do cidadão. Já Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, participou de forma remota.

O fato é que o encontro é só uma reafirmação da Carta de Florianópolis, que citei na minha coluna publicada na manhã de hoje, documento assinado pelos governadores do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) para se opor à PEC da Segurança apresentada pelo Governo Federal. O que acontece é que a novidade nesse “evento da paz”, que teve o nome criado pelo “marqueteiro” Jorginho, assim mencionado por Castro, ao tal consórcio, é que aparecem novos personagens de fora do Codesul, a exemplo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), e da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas).

Segundo Castro, dentro das competências dos estados serão discutidas ações coordenadas e troca de experiências através das equipes de inteligência, algo que já ocorre normalmente. Porém, não houve nenhuma proposta efetiva, ou seja, foi um encontro às pressas para aproveitar os holofotes, discutir a criação de algo que nem mesmo esses governadores sabem como será. Em suma: o que importou foi aparecer para as câmeras e surfar na onda de Castro, parabenizando-o pela operação no Rio de Janeiro. Nada mais do que isso.

Operacional

Também está no meu texto da manhã de hoje que a ideia do governador Jorginho Mello de oferecer policiais ao Rio de Janeiro não funcionará. Embora muito capacitados, os policiais catarinenses não conhecem nada do território do Rio de Janeiro. Colocar esses policiais para enfrentarem grupos criminosos nos morros cariocas é mandá-los para uma aventura arriscada. É quase uma missão suicida. Tem tudo para dar errado. Agora, o governador precisa esclarecer: por uma ação eleitoreira, vale colocar a vida de policiais em risco? Não pensou que, se der errado, o prejuízo político será quase irremediável?

Além disso, de onde Jorginho vai tirar policiais? A realidade do estado mais seguro do país é que, em muitos municípios, policiais trabalham sozinhos no plantão. O efetivo do estado é de menos de 10 mil policiais, sendo que deveria ter o dobro. Portanto, menos marketing e mais responsabilidade — é o mínimo que se espera de um governante.

Também é importante dizer que esses estados que pensam em se aventurar precisam entender que será necessária uma coordenação do Governo Federal e a participação de todos os estados. E que a verdadeira integração passa, obrigatoriamente, pela PEC da Segurança. Fora isso, terá sido apenas uma reunião de caráter eleitoreiro para tirar foto com Castro e tratar, sem a responsabilidade devida, da forma correta de combater o crime e proteger o cidadão.

Anotem: em pouco tempo, quando se apagarem os holofotes para esse tema, esse consórcio não passará de mais um convescote.