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A Academia FIESC de Negócios realiza, nesta terça (21) e quarta-feira (22), em São Bento do Sul, uma imersão voltada às indústrias de móveis e madeira impactadas pelo aumento de tarifas dos Estados Unidos. O encontro busca transformar o impacto econômico em oportunidade, estimulando a criação de novos produtos, a abertura de mercados e o reposicionamento do setor catarinense no cenário global.

O design será o eixo central da estratégia, por ser uma das principais vantagens competitivas da indústria. Segundo dados da ApexBrasil, empresas que investem em design podem elevar em até 25% o valor percebido de seus produtos e ampliar em média 20% as exportações.

A imersão será conduzida por Célio Teodorico, do Studio 566 Design, referência nacional em design estratégico e inovação industrial. São Bento do Sul, um dos municípios mais afetados pelo tarifaço e reconhecido como polo moveleiro, reúne 219 fabricantes de produtos de madeira e móveis.

Cada indústria poderá levar até três representantes. O primeiro dia será dedicado a um intensivo sobre design e desenvolvimento de produtos, e o segundo, à realização de diagnósticos internos e definição de estratégias de inovação. Após a imersão, as empresas receberão visitas técnicas e suporte por três meses para desenvolver até três novos produtos.

Na próxima semana, a mesma atividade será realizada em Caçador, município com forte presença da cadeia produtiva da madeira, que abriga 66 fabricantes do setor. Para 2026, a FIESC planeja levar a iniciativa também a Rio do Sul e Lages.

Desde agosto, quando as tarifas norte-americanas entraram em vigor, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) vem implementando o programa desTarifaço, que oferece apoio a empresas atingidas. A iniciativa inclui orientação para acesso a crédito e benefícios governamentais, consultoria para abertura de novos mercados, adequação de produtos, suporte jurídico, auxílio em negociações sindicais e qualificação de trabalhadores. Todas as entidades do sistema FIESC, como SESI/SC e SENAI/SC, participam da mobilização.

Em Santa Catarina, o setor de madeira foi o mais impactado pelo tarifaço dos EUA, respondendo por 37,3% das exportações do estado para o mercado norte-americano.