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(Globo)

SC em Pauta corrigindo a história.

Relembrando. Roberto Marinho visitou Blumenau em outubro de 1989. Curiosamente, a própria Fundação Roberto Marinho desconhecia tal fato até dias atrás, quando este site publicou minha coluna testemunhando a presença dele na cidade. Está, portanto, agora, corrigida a história das Organizações Globo, com a inclusão dessa passagem de seu grande líder por terras catarinenses.

As conversas sobre o comportamento da Globo.

Em todo o decorrer da campanha eleitoral de 1989 existia certo falatório sobre eventuais preferências da TV Globo na disputa. O ápice dessa controvérsia, porém, só aconteceria mais tarde, em dezembro, no final do segundo turno entre Fernando Collor do PRN e Lula do PT. Então, vamos dar um pulo até lá.

O debate.

(Globo)

No dia 14 de dezembro de 1989 foi realizado o debate final do segundo turno da eleição que aconteceria três dias depois, no domingo 17 de dezembro. Transmitido em cadeia nacional pelas quatro principais emissoras brasileiras da época – Globo, Bandeirantes, Manchete e SBT – este último confronto entre Fernando Collor e Lula teve enorme audiência. O mediador foi o jornalista Alexandre Garcia, da Globo.

O Jornal Nacional do dia seguinte.

(Globo)

No dia imediatamente depois do debate, antevéspera da eleição, a TV de Roberto Marinho apresentou, como era de se esperar, ampla reportagem sobre o debate no Jornal Nacional. O ponto alto da matéria foi o resumo do confronto, exibindo uma seleção de partes dos pronunciamentos dos dois candidatos.

Eu assisti a peleja na televisão e minha lembrança é que Collor esteve o tempo todo muito mais seguro e, já por isso, saiu-se bem melhor que seu adversário. Lula estava nervoso, parecia o tempo inteiro preocupado.

Conforme se comentava naqueles dias, a aflição se devia à possibilidade de que seu rival abordasse, durante o debate, o constrangedor depoimento da enfermeira Miriam Cordeiro, veiculado dois dias antes, no programa do PRN na TV, sobre as circunstâncias do nascimento de uma filha do candidato. Inquirição irrespondível.

A memorável peça jornalística sobre o debate atiçou os ânimos dos partidários de Lula. Eles alegaram que, deliberadamente, a Globo teria destacado os trechos que favoreciam Collor e os que mostravam as rateadas de Lula. E que, ainda, foi dado mais tempo ao candidato do PRN.

O papel da Globo na eleição: as versões e os fatos. 

(Jornal do Brasil)

Criou-se, desde então, a narrativa de que a Globo tinha “ajudado Collor”. Todavia, a análise da contenda evidencia que a síntese exibida pela emissora de Roberto Marinho foi bastante fiel ao que de fato ocorreu.

E há mais duas evidências disso: a percepção do próprio partido de Lula de que o desempenho dele foi ruim; e, de acréscimo, as pesquisas do Instituto Vox Populi que mostraram expressiva vantagem de Collor na avaliação popular do embate. 

(Estadão)

O erro reconhecido. 

Quanto ao tempo a mais para Collor, a própria Globo reconheceu ter sido “um erro”.

Próxima coluna.

A pá de cal que a Globo, usando puro jornalismo, colocou nas pretensões presidenciais de Lula.