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Reportagem publicada pelo portal SCC 10 em 24 de março informa sobre a decisão da prefeita Carmen Zanotto em realocar R$ 22 milhões dos R$ 26,7 milhões originalmente destinados à revitalização da Avenida Carahá para outras obras do município. De acordo com a matéria, após uma análise técnica minuciosa, o custo total da revitalização foi recalculado e passou a ser estimado em R$ 70 milhões. O texto ainda menciona o interesse da prefeita em se empenhar na busca de mais recursos para viabilizar o projeto completo.

Av. Belizário Ramos, Carahá. Foto: Fábio Pavan/SECOM

O motivo:

— Entre os problemas identificados estão a contenção de enchentes, o sistema de esgotamento sanitário e o abastecimento de água. —

Já o secretário de obras, Cléber Arruda Machado, disse:
— É um pedido da prefeita Carmen Zanotto… Não há como se falar em asfaltamento sem antes considerar intervir em problemas históricos, como a substituição da rede de drenagem pluvial e a instalação de dispositivos de contenção de enchentes, por exemplo… —

Planejamento

É difícil compreender a lógica de planejamento do governo Carmen Zanotto. A prefeita transferiu R$ 22 milhões dos recursos originalmente destinados à Avenida Carahá para a recuperação de outras vias, justamente de uma obra recalculada com valor ainda maior, segundo avaliação técnica. Disse estar em busca do montante complementar, mas, sete meses depois, promoveu o rebaixamento do projeto, reduzindo a tão anunciada revitalização a um simples recapeamento asfáltico, de R$ 4 milhões, por toda a via. Para piorar, ignorou o estudo técnico da própria equipe ao abdicar de solucionar os problemas estruturais, os quais, há poucos dias, também foram relatados pelo vice-prefeito Jair Júnior em vídeo.

Obras não saíram do papel

Os recursos originalmente destinados à Avenida Carahá foram realocados para obras de pavimentação asfáltica em áreas industriais, entre elas a Rua Fruticultura Malke e a via de acesso à empresa Mill Serras, no bairro Ferrovia. No entanto, até o momento não há previsão para a execução dessas obras. De acordo com buscas preliminares, possivelmente nem sequer constam no cronograma oficial da secretaria responsável.

Não bastasse isso, o vereador Álvaro Joinha (PP) esteve no local para denunciar o estado precário da via, em vídeo publicado em suas redes sociais. No dia seguinte, a prefeitura realizou uma ação de tapa-buracos das mais incompreensíveis em termos de qualidade e eficiência: além de não cobrir todos os buracos, a massa asfáltica aplicada estava solta e descompactada, sendo possível removê-la com os próprios pés.

Seria a única obra de relevância de Jorginho Mello

O governador do Estado foi perspicaz ao escolher a Avenida Carahá para deixar a marca do seu governo em Lages, ainda mais quando suas únicas obras na cidade foram dois ginásios de esportes em colégios e nada além disso. Só não contava com a astúcia da prefeita, que, ao redistribuir os recursos, acabou metendo os pés pelas mãos e colocando água no chopp do governador. E assim, um projeto de revitalização com pompa e circunstância, com calçadas, ciclovias e galerias pluviais, foi rebaixado a um simples recapeamento de cinco centímetros de asfalto.

Prefeitura

Tentamos contato para ouvir e relatar a versão do executivo municipal e não tivemos êxito. Fico à disposição para eventuais esclarecimentos.