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A Bancada da Serra realizou, nesta quarta-feira (15), uma reunião com lideranças municipais e o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, para discutir encaminhamentos voltados a duas unidades hospitalares da região serrana: o Hospital São José, em Bocaina do Sul, e o Hospital de Correia Pinto.

Reabertura do Hospital São José

A prefeita em exercício de Bocaina do Sul, Alice Pessoa Córdova, apresentou o projeto de recuperação e reabertura do Hospital São José, que prevê o aproveitamento da estrutura existente, de três pavimentos. O plano está dividido em quatro etapas, sendo a primeira voltada à implantação de pronto atendimento, farmácia e almoxarifado, com investimento estimado em R$ 4,87 milhões.

O deputado Nilso Berlanda (PL), coordenador da Bancada da Serra, destacou que o grupo já destinou R$ 5 milhões em emendas ao orçamento estadual para viabilizar a obra. O secretário Diogo Demarchi confirmou o compromisso do governo estadual com o projeto e recomendou o envio imediato da proposta à Secretaria de Estado da Saúde para acelerar a análise técnica.

O deputado Lucas Neves (Podemos) reforçou o apoio da bancada. “Queremos acompanhar e apoiar para que em breve possamos entregar a primeira etapa do hospital, que representa a retomada de uma referência histórica para a cidade e a região”, enfatizou.

Situação do Hospital de Correia Pinto

O segundo ponto da pauta tratou da situação estrutural do Hospital de Correia Pinto, que enfrenta risco devido à instabilidade de um morro próximo à edificação. A diretora da fundação municipal, Suzana Fleck, alertou que a unidade, com 16 leitos e cerca de 130 atendimentos diários, pode ter suas atividades interrompidas se o problema não for resolvido.

A vereadora Nilmara Endres defendeu a manutenção da estrutura hospitalar e afirmou que a proposta de substituir o hospital por uma UPA não atende às necessidades locais. Ela também informou que o terreno já recebeu três muros de contenção, mas que novas obras seriam necessárias.

Em resposta, Diogo Demarchi observou que a contenção adicional custaria cerca de R$ 9 milhões e teria durabilidade limitada. Ele afirmou que o governo mantém abertura para discutir alternativas junto à prefeitura.

O deputado Lucas Neves enfatizou que a prefeita de Correia Pinto deve participar diretamente das decisões sobre o futuro da unidade. “Nada que definirmos aqui vai prosperar sem o entendimento e a decisão da prefeita.”

Ao final, Berlanda informou que a gestora será convidada para uma nova reunião com o grupo e o governo estadual para buscar uma solução conjunta.