A discrição e o silêncio que acompanharam Roberto Marinho em Blumenau.
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Imagem: Uol
A viagem sumiu dos registros históricos.
Quando iniciei, algumas semanas atrás, pesquisa sobre a viagem, em 1989, do empresário e jornalista Roberto Marinho a Blumenau, me deparei com uma estranha dificuldade para encontrar informações sobre o fato. Os meios de consulta pela Internet não encontraram referências ao acontecimento.
Apelei, então, para as duas mais comuns ferramentas de Inteligência Artificial. E a resposta foi quase um puxão nas minhas orelhas: ambas negaram a ocorrência de tal visita e um dos programas respondeu que eu estava enganado, que o sr. Roberto Marinho não fez viagem alguma a Blumenau naquele ano, mas apenas em 1990 para assinar convênio com a Prefeitura, e em 1991 para a reinauguração da Ponte de Ferro, cuja restauração teve patrocínio institucional da Fundação Roberto Marinho.
Realmente ele veio em 90 e 91, mas, a planetária varredura operada pela IA não encontrou coisa alguma sobre a mais emblemática visita de Marinho a Blumenau – a de 1989.
Um “furo de reportagem” com um fato de 36 anos atrás.

Como a IA busca tudo que foi publicado na imprensa ou que consta de registros oficiais, sua desinformação sobre o tema significa que, simplesmente, não existia registro público desse fato até a semana passada – quando o SC em Pauta publicou, depois de 36 anos, nesta coluna, um “furo de reportagem”: a presença do jornalista e empresário Roberto Marinho, envergando um chapeuzinho tirolês, na Oktoberfest de Blumenau de 1989. Com fartura de fotografias mostradas graças à eficiência e disponibilidade do Arquivo Histórico de Blumenau – dirigido pela Historiadora Sueli Petry.
Se o sistema de digitalização dos documentos e fotos do Arquivo – que está sendo implantado com patrocínio do BRDE – já estivesse pronto, a Inteligência Artificial teria escapado desse vexame.
Riscos e cuidados.
No período que antecedeu a viagem de Roberto Marinho, quando fiz as tratativas com o pessoal da Fundação e da Globo que cuidava do roteiro e sua logística, percebi certa preocupação com possíveis riscos devido à exposição pública de Marinho na Oktoberfest.
Fui também alertado para os cuidados que deveriam ser tomados para evitar, o máximo possível, qualquer divulgação pública das conversas que seriam mantidas reservadamente com empresários em uma reunião recepcionada pelo Presidente da Associação Comercial e Industrial de Blumenau, Ronaldo (Rony) Baumgarten.
Nos últimos 36 anos nada do que foi falado nessa reunião veio a público. Só agora, em alguma das próximas colunas, cometerei uma indiscrição, contando um pedaço da conversa daquele dia.
A sombra da eleição presidencial pairava sobre a viagem.

Estes temores, por certo, levavam em conta o fato de que estávamos às vésperas da primeira eleição presidencial pelo voto direto após o período dos governos militares. Uma disputa entre diversas figuras da maior importância na política brasileira: Ulysses Guimarães, Leonel Brizola, Paulo Maluf, Aureliano Chaves, Lula, Mário Covas, Fernando Gabeira, Roberto Freire, Ronaldo Caiado, Afif Domingos, Eneas Carneiro, mais o novato que acabaria levando o prêmio, Fernando Collor, e outros mais. Um time completo de celebridades e mais alguns coadjuvantes.
Próxima coluna.
O histórico debate Collor x Lula e a cobertura da Globo.
