Uma extensão do IFSC no prédio abandonado bem no centro de Joinville
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A missão do vereador não se limita a apresentar indicações, projetos de lei ou fiscalizar o executivo. A vereadora Vanessa da Rosa (PT) é um exemplo de que o parlamentar municipal pode também trabalhar pela comunidade ao incentivar projetos e tentar viabilizá-los, até mesmo fora do município. Esta semana, ela revelou em suas redes sociais que está intermediando junto às direções dos Correios e do Instituto Federal de Educação em Santa Catarina para transferir o prédio abandonado há mais de 15 anos para implantar uma extensão do IFSC. A única vereadora do PT em Joinville lembra que o prédio está próximo do terminal central de passageiros e quase em frente ao local de parada dos ônibus que ligam Joinville a São Francisco do Sul e Araquari, facilitando o transporte de alunos da região.

Para viabilizar a cessão do prédio ao IFSC, a vereadora do PT vai precisar de apoio estratégico em Brasília. Seu marido, o ex-prefeito Carlito Merss, é diretor do Sebrae e o partido de ambos (PT) governa o País. Recursos para uma ampla reforma é o que não falta. É só vontade política. A utilização do prédio no centro seria uma extensão do câmpus do IFSC localizado na Rua Pavão, onde são oferecidos cursos técnicos, qualificação profissional, graduação e pós-graduação para mais de 1,8 mil alunos.
Escola de enfermagem
Criado no governo Itamar Franco, o Instituto Federal iniciou em Joinville em 1994 com o curso técnico de enfermagem em parceria com o Hospital Dona Helena. Em agosto de 2006 foi inaugurado o campus no Bairro Costa e Silva. No segundo mandato de Lula, em 2008, a Rede Federal de Educação Profissional, Ciência e Tecnologia foi instituída com a criação de 38 institutos federais. Os de Santa Catarina tiveram participação importante da ex-senadora Ideli Salvatti e do então deputado federal Carlito Merss, ambos do PT.

Um grande paranho
O ex-prefeito Luiz Henrique costumava dizer que uma de suas missões era acabar com alguns “paranhos” em Joinville, mas o principal deles continua bem no centro: a antiga sede dos Correios. Há mais de 15 anos, com a política de descentralização dos serviços através da participação da iniciativa privada, que possibilitou pequenas “agências” em diversos bairros, a estatal abandonou o prédio de dois pavimentos e com mais de 3 mil m2 para se mudar para um outro menor na Rua Princesa Isabel.
Sem comprador
Anexo ao prédio a antiga sede recreativa dos servidores da empresa e um pequeno ginásio de esportes coberto. O imóvel foi a leilão por três vezes desde 2020 e não teve interessados. Uma imobiliária de Florianópolis colocou uma faixa de “vende-se” e também não recebeu propostas.
Doação
Em setembro, a Prefeitura recebeu denúncias de invasão por parte de moradores de rua e consumidores de drogas. Surgiu a ideia de receber o prédio como doação, mas a proposta não teria sido bem recebida em Brasília. A última avaliação feita sobre o valor do imóvel foi superior a R$ 9 milhões.
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