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Chegando próximo às eleições, o deputado Lucas Neves tem intensificado a produção de vídeos em formato “Tiktoker”, em meio a tantas incertezas sobre sua reeleição à ALESC. Catapultado pelas sobras partidárias da deputada Paulinha e do deputado Camilo Martins, ambos do Podemos, Lucas Neves poderá não contar com a mesma sorte caso permaneça na legenda, sobretudo porque o STF decidiu que as novas regras de distribuição das sobras partidárias passarão a vigorar nas próximas eleições. Para piorar, a deputada Paulinha pretende alçar voo ao Congresso Nacional, no mesmo tempo em que novos candidatos, com grande potencial político e financeiro, desembarcam no partido, como Fábio Botelho, atual chefe de gabinete do prefeito Topázio Neto.

Outro fator agravante é sua fragilizada relação com os demais integrantes da cúpula do Podemos, evidenciada durante uma reunião do partido em Florianópolis. Na ocasião, Lucas não foi chamado para subir ao palco, nem convidado a discursar.

Como a situação no Podemos é temerária, o deputado tem procurado dialogar com outros partidos na tentativa de garantir uma vaga que “sobre”. Segundo informações, o partido NOVO foi procurado, mas seu nome não foi recebido com muito entusiasmo.

Não é um absurdo denominar Lucas Neves como “o deputado das sobras”. Para muito além dos seus votos, ele precisará calcular até os decimais nessa infinita matemática… não se trata apenas de ter sido alçado à Assembleia pelas sobras, mas de permanecer durante todo o seu mandato em posição de dependência em relação ao governador do estado, sem nunca sequer ter se posicionado em relação a temas como Universidade Gratuita e Estrada Boa.

Até na sua disputa velada pela atenção política do governador, Lucas fica em segundo plano. Jorginho conta com a fidelidade canina do deputado Marcius Machado, que, por óbvio, são do mesmo partido e estão cada vez mais próximos, com direito até a carona no avião de uso exclusivo do chefe do estado.

Em caso de derrota, o caminho natural de Lucas seria disputar a prefeitura de Lages, enfrentando sua aliada, a prefeita Carmen Zanotto, que foi rápida na análise dos cenários e tratou de amarrar o deputado a uma ampla distribuição de cargos no Executivo municipal. Ainda pesa na conta de Lucas o fato de ter bancado a indicação de Jair Júnior para vice-prefeito, que se tornou um verdadeiro “cadáver na sala” para a prefeita pelos próximos quase quatro anos.