Acesse o nosso Canal no WhatsApp!

Criamos um canal oficial no WhatsApp — e você já pode fazer parte!

Mais agilidade, mais bastidores, mais DENÚNCIAS direto no seu celular.

Sem grupos, sem conversas, só informação exclusiva, com a credibilidade do SCemPauta.

Acesse e siga agora:

https://whatsapp.com/channel/0029Vb6oYQTEgGfKVzALc53t

E NÃO ESQUEÇA DE ATIVAR O SININHO PARA RECEBER TUDO EM TEMPO REAL!

Depoimentos mostram que Rosa burlava processos para beneficiar o filho – Imagem: Celesc

A coluna traz mais detalhes do processo contra a irmã do governador Jorginho Mello (PL), Rosa Maria Melo Gazoni, e seu filho, Thiago Gazoni, que culminou na condenação de ambos e de um servidor por fraude na Celesc. Depoimentos colhidos durante a investigação sobre contratos da estatal apontam falhas e tensão interna em processos de aquisição de materiais de informática, durante o período em que Rosa Maria chefiou a divisão administrativo-financeira da empresa na região de Joaçaba.

Segundo uma testemunha, somente durante um período de férias de Rosa foi feita uma compra seguindo o trâmite considerado regular: solicitação de três orçamentos em envelopes lacrados, entre eles o da Netcom, empresa de Thiago, convidada formalmente a apresentar proposta. Os documentos foram abertos no horário marcado, com a participação de Alex Gazoni, outro filho de Rosa, mas o empresário acabou derrotado no processo.

Uma testemunha relatou que, após a decisão, Rosa ligou irritada, usou palavras de baixo calão e insinuou que a servidora responsável pelo processo licitatório estaria atrapalhando. A gestão de Rosa teria durado cerca de um ano, período em que, segundo o relato, foram adquiridos vários computadores.

A testemunha explicou que compras acima de R$ 16 mil exigiam licitação e que caberia ao setor de informática avaliar a real necessidade dos equipamentos. Todos os computadores adquiridos no período, afirmou, foram comprados através da empresa de Thiago. Ela também destacou que, normalmente, pedidos de outros setores passavam pela área de compras, mas algumas operações não seguiram esse fluxo.

Em determinados momentos, Rosa teria feito aquisições diretamente, sem acionar o setor responsável, por meio de requisições ligadas ao setor de informática. Conforme o depoimento, na época não havia outras empresas atuando no fornecimento específico de computadores para a Celesc.

Outro trecho aponta que, fora a gestão de Rosa Maria Melo Gazoni, todas as compras — seja por licitação ou por aquisição direta — passavam pelo mesmo controle. No entanto, durante o período em que ela comandou a divisão, Thiago forneceu materiais de informática sem licitação prévia, por meio de compras diretas. Apesar da apresentação de três propostas e notas fiscais, a testemunha afirmou desconhecer quem elaborava os orçamentos ou de onde vinham as cotações.

A Netcom, empresa de Thiago, era nova no mercado e não participou das compras de informática da estatal antes da chegada de sua mãe, irmã do então deputado federal Jorginho Mello ao cargo. Após a saída dela, a fornecedora deixou de participar dos processos e não voltou a vender para a Celesc. A depoente também mencionou que Rosa costumava dar presentes a funcionários, mas não soube informar como essas aquisições eram feitas, ressaltando que tais compras não passavam por sua área.

Silêncio absoluto

O Governo do Estado tem se negado a se manifestar sobre assuntos sensíveis que desagradam o Centro Administrativo. Não houve manifestação sobre a condenação da irmã e do sobrinho de Jorginho Mello (PL) por fraude na Celesc, nem sobre a informação divulgada ontem, referente a uma empresa investigada por suposta ligação com milícia do Rio de Janeiro e que venceu o maior número de lotes para a construção de residências populares pelo programa Casa Catarina.

SCemPauta no Ar

O programa SCemPauta no Ar aborda os assuntos das colunas do SCemPauta. Com apresentação da jornalista Adriane Werlang e comentários meus, o programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, sempre a partir das 10h. Você pode assistir aqui no site e também nos perfis oficiais do SCemPauta no YouTube, Instagram, Facebook e X.

R$ 401 milhões

Aloizio Mercadante esteve em Itajaí para anunciar os recursos – Imagem: Raphael Klumb/BNDES

O Governo do Estado assegurou financiamento de R$ 401 milhões do BNDES para um conjunto de obras de pavimentação e recuperação estrutural de rodovias estaduais. Os recursos contemplarão trechos da SC-492, SC-283, SC-120 e SC-305, beneficiando municípios do Oeste, Meio-Oeste e Serra. O investimento faz parte do programa BNDES Invest Impacto e tem como objetivo melhorar a trafegabilidade, reduzir custos de transporte e aumentar a segurança nas estradas.

Estaleiro de Itajaí

A Starnav Serviços Marítimos fechou financiamento de R$ 2,5 bilhões junto ao BNDES para construir oito embarcações de apoio offshore no estaleiro Detroit Brasil, em Itajaí. Serão quatro navios do tipo PSV e quatro OSRV, todos com motorização híbrida diesel-elétrica e capacidade de 5.500 TPB. A expectativa é que a nova frota reduza em 18% as emissões de gases de efeito estufa, reforçando a atuação da empresa no setor de petróleo e gás.

Suspensão

Zé Trovão deve pegar a maior punição entre os deputados catarinenses – Imagem: Agência Câmara

Na semana passada, o corregedor da Câmara dos Deputados, Diego Coronel (PSD/BA), recomendou a suspensão de parlamentares que participaram do motim na mesa diretora da Câmara. De Santa Catarina, as deputadas Júlia Zanatta (PL) e Caroline de Toni (PL) devem ser apenas advertidas; já o deputado Zé Trovão (PL) teve contra si a recomendação de suspensão por 30 dias. A coluna já havia adiantado que Trovão receberia a punição mais severa pelo fato de ter tentado impedir o presidente Hugo Motta (Republicanos/PB) de assumir a presidência.

Punição

A punição de 30 dias para o deputado federal Zé Trovão (PL) foi vista em Brasília como branda e como um sinal de fraqueza do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB), mesmo que o relatório tenha sido do corregedor Diego Coronel (PSD/BA). Na próxima semana, o processo deve chegar ao Conselho de Ética, que é presidido pelo deputado catarinense Fábio Schiochet (UB). Caberá a ele escolher um relator que apresentará um parecer indicando a punição a ser aplicada. Uma pena maior não está descartada. Independentemente do período, Trovão ficará sem salário, sem verba de gabinete, os servidores terão contratos e salários suspensos e ele não poderá emitir passagens pela Câmara até o fim da punição.

Caso Seif

Há um entendimento em Brasília de que o julgamento do processo que pede a cassação do senador Jorge Seif Júnior (PL) deve ser pautado. Segundo uma fonte, está tudo pronto para o retorno do julgamento; falta apenas a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carmen Lúcia, definir a pauta. Caso Seif seja cassado, a decisão poderá ser pela convocação de uma nova eleição ou pela posse do segundo colocado, o ex-governador Raimundo Colombo (PSD). Após o julgamento, ainda haverá tempo para embargos, que devem ser respondidos no prazo de 15 dias. Até que haja uma decisão final, Colombo deverá assumir.

Assédio nas escolas

Com mais dois registros publicados pela Secretaria de Estado da Educação na sexta-feira (19), subiu para 19 o número de processos disciplinares contra professores e servidores suspeitos de assediar e importunar sexualmente alunos nas escolas públicas da rede estadual. Os dados estão sendo reunidos pela coluna a partir de publicações no Diário Oficial do Estado. Os dois novos processos vão apurar atos de professores que teriam constrangido e assediado alunas.

Os apoios a Botelho

Chefe de gabinete da Prefeitura de Florianópolis, Fábio Botelho ganhou quase poder absoluto na gestão Topázio Neto (PSD). Uma liderança chegou a defini-lo como o número 2 da prefeitura. O relato é que, para ganhar musculatura para a campanha a deputado estadual, Botelho, que se filiou ao Podemos, atraiu um vereador da Serra — que se licenciou para atuar com ele — e tem buscado suplentes de vereador para trabalhar na eleição. Agora, corre nos bastidores a informação de que o ex-vereador Thiago Silva teria se aproximado para ser um dos coordenadores de campanha de Botelho. A coluna tentou falar com Silva. Se ele confirmar a informação, o pré-candidato a deputado conseguirá um feito: buscar um então adversário da gestão Topázio para apoiar seu projeto, o que mostrará que o prefeito está disposto a aceitar qualquer cenário determinado por Fábio.

Dobradinha

Um movimento chamou atenção: o jornalista Paulo Alceu teria decidido se filiar ao Podemos. A articulação teria passado pelas mãos de um empresário da comunicação para agradar o governador Jorginho Mello (PL). Alceu, que faz discurso de direita, se filiará a um partido de centro-esquerda para disputar uma vaga a deputado federal, dobrando com o chefe de gabinete Fábio Botelho. A articulação mostra que a presidente estadual do Podemos, deputada Ana Paula da Silva, a Paulinha, poderá recuar e não disputar mais uma vaga à Câmara Federal, tentando a reeleição para a Assembleia Legislativa. Com esse gesto, ela abre mão de Florianópolis para Alceu e Botelho, já que não precisará da capital. A dificuldade de montar uma nominata teria sido o principal motivo para o recuo.

Baía da Babitonga

O governador Jorginho Mello (PL), acompanhado do secretário de Estado de Portos e Aeroportos, Beto Martins, assina hoje a ordem de serviço para a dragagem do Canal da Baía da Babitonga. O ato está marcado para as 16h, no Porto de São Francisco do Sul.

Catarinenses com Bolsonaro

A deputada federal Caroline de Toni (PL) visitará o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar em Brasília. O encontro acontecerá na próxima terça-feira (30), entre 9h e 18h. O senador Esperidião Amin (Progressistas) será recebido por Bolsonaro no dia seguinte, no mesmo horário. A Justiça acatou os pedidos de visita apresentados pelos advogados do ex-presidente.

Questão Senado

Caroline está de olho nas movimentações para tirá-la da disputa – Imagem: Agência Câmara

Uma fonte contou que a deputada federal Caroline de Toni (PL), conforme já informado pela coluna, não está disposta a recuar: quer disputar a vaga ao Senado. Em meio ao impasse, ela já recebeu convites do Novo, Republicanos e até mesmo do MDB. “O governador deu a palavra para a Carol de que ela será a candidata ao Senado. Disse isso na casa dela, em frente à família”, relatou a fonte. Ela acredita que, se não houver recuo do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) — que escolheu Santa Catarina para disputar ao Senado — ou se o governador Jorginho Mello (PL) não desistir de querer o senador Esperidião Amin (Progressistas) na chapa, o caminho de Caroline será outro partido.

Tensão

A mesma fonte relatou que, nos bastidores, o sentimento é de desconforto com a situação, inclusive pela pré-candidatura de Carlos Bolsonaro (PL). Relatou ainda que a deputada Caroline de Toni (PL) seguirá buscando um acordo e revelou que, se ela for preterida pelo governador Jorginho Mello (PL), a relação ficará abalada pelo não cumprimento da palavra. Vale destacar que Caroline é um dos nomes mais bem colocados nas pesquisas divulgadas até o momento.

Pedido de cassação

Câmara analisará o pedido de cassação da vereadora pessedista – Imagem: Câmara

A Câmara de Vereadores de Rio do Sul aprovou, por unanimidade, a abertura do processo de cassação da vereadora Sueli de Oliveira (PSD). O pedido foi protocolado pelo Partido Novo, por meio do suplente Lucas Slonczewski. A medida tem como base denúncia apresentada pelo Ministério Público, que aponta o suposto envolvimento da parlamentar em fraudes em licitações e no desvio de mais de R$ 11,3 milhões da saúde pública, incluindo contratos emergenciais firmados durante as enchentes de 2023. O processo criminal envolve ainda outras 11 pessoas. O espaço está aberto para a vereadora se manifestar. Os vereadores Ivan Krüeger (Novo), Marcela Baumgarten (PL) e Ricardo Pinheiro (PSD) terão três meses para apresentar relatório que, depois, será votado em plenário. Para cassar, são necessários sete votos.