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Décio Lima é o nome defendido pelo PT para o Governo do Estado — Imagem: Sebrae

A esquerda ainda não recuperou a força que já teve em Santa Catarina, a exemplo de 2002, quando José Fritsch apoiou Luiz Henrique da Silveira no segundo turno. Mesmo não admitindo publicamente, suas lideranças sabem que não têm como pensar numa candidatura capaz de disputar, de igual para igual, o Governo do Estado com a centro-direita. O desgaste do PT — principal legenda de esquerda — junto ao eleitorado catarinense, somado à falta de uma comunicação mais assertiva, fez com que todo esse espectro político perdesse, neste momento, qualquer possibilidade de eleger um governador.

Apesar do cenário, a esquerda catarinense começa a se movimentar pensando na eleição estadual do próximo ano, apostando em pelo menos dois objetivos: defender o governo Lula (PT) e tentar fazer com que o presidente, que buscará a reeleição, ultrapasse os 30,73% conquistados aqui no estado em 2022. E apresentar uma alternativa aos dois pré-candidatos de direita ao governo, que são o atual governador, Jorginho Mello (PL), e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD).

Essa ideia de um projeto alternativo, conforme disse à coluna uma liderança petista, não tem a pretensão de mudar um cenário negativo à esquerda, que levará um tempo para ser superado. Mas sim de mostrar para a população uma visão diferenciada do que será apresentado pela direita, além de ser um recado claro: quem quiser contar com os votos da esquerda num eventual segundo turno terá que aderir a algumas pautas.

Durante uma conversa, há alguns dias, uma liderança do PSOL me disse que o partido está disposto a dialogar com o PT e demais legendas para formar uma força de esquerda. Para isso, os psolistas, que têm no vereador de Florianópolis, Afrânio Boppré, o seu pré-candidato a governador, aceitam negociar espaços com o PT para compor na majoritária. “Temos muitos espaços e podemos construir um projeto viável”, afirmou.

O deputado estadual Fabiano da Luz, que assumirá neste final de semana, em Lages, a presidência estadual do PT, acredita que, diferente de outras oportunidades, agora estão todos interessados no diálogo, principalmente por causa da busca pela reeleição do presidente Lula, além da tentativa de uma vaga ao Senado. Além disso, ele apontou o presidente nacional do Sebrae, Décio Lima, como o pré-candidato ao Governo do Estado. “O cenário poderá ser favorável e, se for, poderemos passar dos 20%”, afirmou Fabiano.

O nome de Décio também é apoiado pela deputada estadual Luciane Carminatti e por outras lideranças do PT. Ou seja, pelo que ouvi, os petistas estão abertos ao diálogo, mas o 13 terá que estar nas urnas por uma questão estratégica. Isso significa que sobrará a vice e duas vagas ao Senado para negociar. Partidos como PSB, PDT, o próprio PSOL e até mesmo alas mais progressistas do MDB serão procurados. O PCdoB e o PV deverão ir de arrasto, por estarem federados aos petistas.

Desgaste

Por sua vez, o deputado federal Pedro Uczai (PT) aposta no reflexo, em Santa Catarina, do que considerou como desgaste da extrema-direita no país, em razão da defesa de pessoas acusadas de tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), além da adoção da bandeira americana como símbolo — justamente o país que aplicou um tarifaço que vem causando grandes prejuízos ao Brasil. Uczai acredita que o deputado Fabiano da Luz, que assumirá o comando do PT estadual, conseguirá atrair partidos para uma aliança que também fará o enfrentamento à direita no estado.

Segundo turno

Lideranças de alguns partidos de esquerda com quem conversei disseram quase a mesma coisa: “Quem quiser o apoio da esquerda terá que nos tratar bem. Terá que ter respeito, pois, no mínimo, 20% dos votos serão nossos”, afirmou uma das lideranças.

Acafe

Valdir Cechinel filho assumirá o comando interino da Acafe – Imagem: Univali

O reitor da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), Kaio Henrique do Amarante, pediu para deixar a presidência da Acafe, surpreendendo os demais reitores das universidades comunitárias. O pedido foi feito há duas semanas. Amarante explicou que está na segunda metade do doutorado e no último ano de gestão à frente da Uniplac. Uma nova eleição deverá ocorrer em outubro. Até lá, o reitor da Univali, Valdir Cechinel Filho, assume o comando da Acafe por ordem de idade.

Encontro do PSD

Amanhã e sexta-feira, Santa Catarina será palco das principais discussões do PSD. O estado receberá o Encontro Semestral da Bancada Federal do partido, que vai reunir ministros, governadores, prefeitos de capitais, deputados e dirigentes nacionais. Segundo lideranças pessedistas, o objetivo é definir estratégias e construir consensos sobre a atuação do PSD em nível nacional, tendo em vista os próximos meses de articulação política. Entre as lideranças já confirmadas estão o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, os deputados estaduais Napoleão Bernardes e Mário Motta, além do deputado federal Ismael dos Santos e o pré-candidato do partido ao Governo do Estado, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues.

Encaminhamentos

Ratinho Júnior virá ao estado para os eventos do PSD – Imagem: Divulgação

Os governadores Ratinho Júnior, do Paraná, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Raquel Lyra, de Pernambuco, confirmaram presença, assim como prefeitos de capitais. De acordo com o presidente estadual do PSD, Eron Giordani, o encontro deve deixar encaminhamentos concretos. “A presença das principais lideranças em nosso estado é uma demonstração da força do PSD e de sua disposição de contribuir com propostas sólidas para o Brasil”, afirmou. A programação do Encontro Semestral do PSD terá início em Balneário Camboriú, amanhã, sob a condução da prefeita Juliana Pavan. Na sexta-feira, a comitiva terá encontros com o prefeito de São José, Orvino de Ávila, e com o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto.

Compras SC

Governador participou do lançamento dos programas – Imagem: Leo Munhoz/Secom

O Governo do Estado anunciou o Plano Estratégico do Programa Compras SC, elaborado pela Secretaria de Estado da Administração. O documento define metas e iniciativas para alinhar as aquisições públicas à nova Lei de Licitações, priorizando gestão integrada, responsabilidade social e ambiental e maior transparência. A expectativa, segundo o governo, é economizar R$ 1,5 bilhão com a centralização dos processos. Segundo o secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, a medida já trouxe resultados concretos: “Com a centralização, o Governo conseguiu economizar cerca de R$ 800 milhões por ano e reduzir o tempo médio de contratação de 127 para 69 dias”, destacou.

Compra Boa

Durante o evento, também foi lançada a plataforma Compra Boa. O Governo do Estado promete agilizar e modernizar as contratações públicas. Segundo a assessoria, a solução digital automatiza documentos, reduz burocracias, oferece um marketplace para contratações diretas, facilita o credenciamento de fornecedores e amplia as oportunidades para empresas locais, fortalecendo a economia catarinense. A cerimônia ainda contou com a assinatura de um termo de cooperação entre a Secretaria de Estado da Administração e a OAB/SC para adesão de atas de registro de preços. “Com o Plano Estratégico, a plataforma Compra Boa e a nova parceria, Santa Catarina dá um passo decisivo rumo a uma administração ainda mais eficiente e responsável”, ressaltou a diretora de Gestão de Licitações e Contratos da SEA, Francieli Alves Correa.

E na prática?

As iniciativas anunciadas pelo Governo do Estado são importantes, mas, na prática, seguirá o que está sendo prometido? O questionamento é válido, pois os casos Ciasc, além de compras na Educação com adesão de atas de outros estados sem fazer licitação — a exemplo de uniformes escolares, que foi suspensa pelo TCE após denúncia divulgada pelo SCemPauta — e agora a aquisição de kits escolares com contrato milionário com a Brink Mobil, empresa alvo de investigações, mostram que o governo tem muito a avançar em transparência quando envolve algumas aquisições.

Reunião na Casa Civil

O secretário de Estado da Casa Civil, Kennedy Nunes, chamou a bancada do PL na Assembleia Legislativa para um almoço. Nunes falou de um novo sistema para o acompanhamento da liberação de emendas, destacando que facilitará a liberação dos recursos. O que chamou atenção é que compareceram poucos deputados: Oscar Gutz, Alex Brasil, Maurício Peixer, Carlos Humberto Silva e Marcius Machado. Um dos participantes me disse que ficou registrado que, mesmo quando convocada, parte da bancada sequer demonstra interesse em comparecer. No caso do deputado Sargento Lima, pode não ter comparecido por estar se recuperando de um infarto e de uma pneumonia. Mas somente ele poderá confirmar o motivo. Kennedy tem se preocupado com a burocracia que atrasa a liberação de emendas.

Servidores

Orvino de Ávila sancionou quatro leis – Imagem: Divulgação

O prefeito de São José, Orvino de Ávila (PSD), sancionou quatro leis com efeito aos servidores públicos: a elevação da faixa de isenção da contribuição previdenciária de inativos e pensionistas para até três salários-mínimos, ajustes na Gratificação de Responsabilidade Técnica, unificação do salário-família e a possibilidade de acumulação de percentuais de gratificação por titulação acadêmica como especialização, mestrado e doutorado. Segundo Orvino, as mudanças representam um passo importante na valorização do funcionalismo municipal.

Quinto

Está se aproximando o julgamento do pedido de impugnação da candidatura do advogado Márcio Vicari, que se inscreveu para disputar o Quinto Constitucional. A informação é que os conselheiros da OAB, que analisarão o pedido, não receberam o teor da impugnação.

Jornalistas palestinos

Amanhã, a partir das 13h, na Esquina Democrática, em Florianópolis, será realizado um ato pelos jornalistas palestinos. De 2023 até o momento, o exército de Israel matou 246 jornalistas em Gaza e na Cisjordânia. Fora as mulheres e crianças mortas brutalmente até agora, os jornalistas representam o maior número de profissionais da imprensa mortos em comparação com a 1ª e a 2ª guerras mundiais, a Guerra Civil Americana, a da Síria, do Vietnã, incluindo os conflitos no Camboja e no Laos, além das guerras na Iugoslávia e na Ucrânia. Os dados são do Memorial Freedom Forum e do Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ).