Vilson Kleinubing candidato a Governador: as disposições do destino.
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A forma honrosa de quebrar o dilema.

1989. Durante quase todo o primeiro ano (o único completo) de seu mandato de como Prefeito de Blumenau, Vilson encontrou-se naquela situação que, no jogo das bolas e caçapas, significa “sinuca de bico”. Ela acontece quando a bola branca, a única que o jogador pode impelir diretamente vai parar em um canto da mesa, em posição na qual ele não consegue atingir bola alguma.
O dilema na vida real lhe oferecia duas escolhas: 1) aceitar os insistentes incentivos para assumir uma pré-candidatura a Governador do Estado; ou 2) cumprir sua promessa de permanecer na Prefeitura os quatro anos para os quais fora eleito.
Aparentemente não havia saída boa. Ou desrespeitaria um compromisso com os blumenauenses, seus mais fervorosos eleitores, e embarcaria naquele projeto, ou, então, deixava passar, encilhado e estribado, o cavalo dos seus sonhos políticos.
A pergunta de quem já sabia a resposta.
Um dia Vilson me perguntou o que deveria fazer para sair dessa intrincada sinuca. Acho que ele já sabia a resposta, mas, queria ouvi-la de alguém em cujos palpites políticos confiava. Então eu disse a ele que quando alguém faz uma promessa do quilate daquela de exercer a integralidade do mandato, só há um jeito de não honrá-la: por decisão dos próprios destinatários do compromisso. Portanto, tínhamos de consultar o povo de Blumenau. E assim foi feito.
Os desígnios da política.

O que era presente e futuro na época, hoje é história. Vilson Kleinubing deixou o cargo de Prefeito na primeira metade de seu segundo ano de mandato. E saiu ileso do que poderia ter sido visto como uma grave deslealdade com os blumenauenses.
O posto foi transferido, no ano seguinte, para o Vice Victor Fernando Sasse que, afinal, realizou o grande projeto de sua vida política. Já havia disputado quatro vezes o cargo de Prefeito, mas suas candidaturas sempre batiam na trave. Uma vez chegou a fazer mais votos do que todos os demais concorrentes, e não foi eleito. Vigorava na época, 1984, o sistema do “voto de legenda”, pelo qual cada partido podia lançar até três candidatos, e o eleito era o primeiro colocado na legenda do partido que conseguisse a maior votação no conjunto de seus candidatos, O partido de outro concorrente somou mais votos. Só com a renúncia de Vilson Kleinubing, a justiça foi feita.
É interessante lembrar que, em 1988, quando o grupo coordenador da campanha de Vilson Kleinubing definiu Sasse como o ideal candidato a Vice, um dos critérios que pesaram na escolha foi a convicção de que, se tivesse de assumir o cargo de Prefeito, seria, por certo, bem aceito, pelo prestígio e respeito que tinha em Blumenau.
A volatilidade da História.

Foi a história, essa senhora volúvel, quem consolidou os acontecimentos seguintes.
Já nas primeiras semanas de 1990 ficou claro, para Vilson Kleinubing e e para todos nós, que o povo de Blumenau queria que ele se candidatasse a Governador. E, claro, que vencesse a eleição. E fizesse, pela sua cidade adotiva, o que nunca um Governador fizera.
Este desejo dos blumenauenses foi, a seguir, fartamente comprovado por diversas pesquisas que encomendamos a institutos confiáveis e respeitados. Os resultados viriam a ser apresentados meses depois, nos programas eleitorais da eleição governamental.
O futuro confirmou que o povo estava certo.

A quantidade e a qualidade dos investimentos que o Governo do Estado veio a fazer no Governo Kleinubing em favor de Blumenau, demonstraram que a concordância do povo blumenauense com a candidatura dele ao Governo, estava 100% certa.
Próximas colunas.
Continuando o trabalho. As obras e os feitos. A garimpagem de recursos. Roberto Marinho.
