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No terceiro ano da gestão, Jorginho anunciará programa para a Educação — Imagem: Rede Social

O Governo do Estado lançará, no próximo dia 28, o programa “Educação Levada a Sério”, iniciativa inspirada em outras marcas da atual gestão, como o Santa Catarina Levada a Sério. O anúncio ocorre após dois anos e meio do governo Jorginho Mello (PL), período marcado por denúncias de abandono da rede estadual e insatisfação crescente entre professores, que seguem sem aumento real nos salários.

O lançamento ocorrerá na Arena Opus, em São José, na Grande Florianópolis, espaço que comporta até 17 mil pessoas e abriga o maior palco indoor do país. A escolha da estrutura privada, marcada pelo luxo, levanta questionamentos sobre a opção do governador em detrimento de espaços públicos tradicionais, como o Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, no Sapiens Parque, ou o Centro Sul, em Florianópolis.

Também chama atenção a ausência de valorização de espaços ligados à própria rede estadual, como o Instituto Estadual de Educação, que possui auditório e, historicamente, sedia atividades voltadas ao ensino.

Enquanto o governo prepara um evento de grande porte, relatórios oficiais revelam a precariedade enfrentada diariamente por alunos e professores. Em 2023, a Operação Educação do Tribunal de Contas do Estado apontou graves falhas estruturais em escolas estaduais e municipais:

75% das salas de aula apresentaram inadequações;

80% das escolas tinham problemas já na entrada;

60% estavam com vistoria do Corpo de Bombeiros vencida;

90% não possuíam biblioteca;

70% não contavam com câmeras de segurança.

É claro que os dados de 2023 não podem ser totalmente creditados à gestão Jorginho. Porém, dados adicionais de 2025 — ou seja, no terceiro ano do governo —, conforme noticiado pela coluna, revelam que 66 escolas não têm água potável, duas não possuem abastecimento de água, 33 não contam com esgoto sanitário e 30 estão sem banheiro. Em alguns casos, a água disponível foi considerada imprópria para consumo humano.

Outro ponto de destaque negativo é a carreira do magistério, que também segue em crise. Professores relatam salários defasados, más condições de trabalho e instabilidade, já que cerca de 71% dos docentes atuam como temporários (ACTs).

Além disso, a discussão sobre salário permanece ativa, mostrando que a pauta da valorização docente não avançou. Persistem, ainda, carências de profissionais laboratoristas e orientadores, fundamentais para o ensino prático.

Baixo desempenho

As consequências se refletem no desempenho dos alunos. Avaliações recentes indicam baixa proficiência em Matemática e Língua Portuguesa, dificultando o cumprimento das metas do IDEB e do SAEB, e reforçando a necessidade de programas pedagógicos de recuperação. A estratégia do governador é dar visibilidade ao programa que será anunciado por meio de um lançamento imponente. No entanto, especialistas e representantes da comunidade escolar afirmam que a imagem só será revertida com ações concretas. Em suma, a propaganda pode render belas imagens, mas a cobrança seguirá nas salas de aula. A questão que permanece é: Jorginho dará conta do recado?

Passará a investir?

O governador Jorginho Mello (PL) cumpre agenda hoje em Xanxerê, onde anuncia investimentos para educação, pesquisa e infraestrutura do município e região. O primeiro ato está marcado para as 9h, quando o governador inaugura dois laboratórios, na Unoesc, contemplados com edital da Fapesc. Na sequência, às 10h, Jorginho autoriza reforma para seis escolas da região, além de inaugurar simbolicamente uma quadra poliesportiva. Às 11h, o governador assina a ordem de serviço para início das obras do Túnel de Macrodrenagem do município. A agenda continua à tarde, quando, às 14h, ele participa da inauguração do Centro Integrado de Saúde Gelson Saibo, que contou com recursos de R$ 17,7 milhões do Governo do Estado.

SCemPauta no Ar

Análises mais aprofundadas sobre este assunto, que abriu a coluna de hoje, e sobre os demais, você acompanha no SCemPauta no Ar. O programa, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, sempre a partir das 10h, tem a apresentação de Adriane Werlang e os meus comentários. Assista aqui no site ou nos perfis do SCemPauta no YouTube e também no Instagram.

Conta de luz

O governador Jorginho Mello (PL) reagiu de maneira errada às inúmeras críticas ao terceiro maior aumento da história na conta de energia já visto em Santa Catarina. Ao invés de se dirigir com franqueza à população, Jorginho preferiu politizar a questão. O que o governador esqueceu, ou não quis dizer, é que não é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que determina o aumento na conta de luz por iniciativa própria. A iniciativa é sempre da concessionária; no caso de Santa Catarina, da Celesc. Cabe à Aneel decidir se aprova, reduz ou até nega o aumento. A comunicação do governo precisa trabalhar com a realidade.

A culpa

Portanto, ao contrário do populismo usado como cortina de fumaça pelo governador Jorginho Mello (PL), em um vídeo gravado no qual claramente lê um texto, a culpa não é do PT, MDB, PSD, Progressistas e nem mesmo do PL. A responsabilidade pelo aumento é da Celesc, que apresentou esse percentual para a Aneel, que também erra ao não fazer uma análise mais qualificada do serviço prestado pela companhia em Santa Catarina, onde o maior resultado é o prejuízo causado ao consumidor através de um sistema que provocou grandes problemas para a população, passando pelo agrupamento de contas, valores exorbitantes e até mesmo pela ilegalidade da cobrança baseada numa leitura média de consumo, como se fosse justo e honesto cobrar do consumidor um valor baseado em um suposto padrão de uso da energia.

Federação

O clima na Federação União Progressista é dos melhores. Deputados estaduais do Progressistas esqueceram os problemas internos de seu partido e começaram a trabalhar junto com os parlamentares do União Brasil. Há alguns dias, os deputados do Progressistas jantaram com o coordenador nacional da federação, Antonio Rueda, que preside o UB, e com o deputado federal Fábio Schiochet. Uma das lideranças me disse que, entre todos os estados, o clima de maior harmonia entre os federados é em Santa Catarina.

Superexposição

Há uma grande insatisfação com a superexposição do chefe de gabinete da Prefeitura de Florianópolis, Fábio Botelho. Pré-candidato a deputado estadual com o apadrinhamento do prefeito Topázio Neto (PSD), Botelho, que pretende disputar pelo Podemos, tem sido alvo de críticas de alguns servidores. O motivo: estaria quase em campanha antecipada. Ontem, o constrangimento foi relatado por algumas lideranças ligadas à Fecam. Alguns prefeitos ficaram incomodados com um vídeo gravado por Fábio Botelho, fazendo um convite para que as pessoas participem do Congresso de Municípios, Associações e Consórcios (Comac), organizado pela federação de municípios.

Uso da máquina?

Fábio Botelho, que não faz parte dos quadros da Fecam, gravou um vídeo convidando as pessoas a participarem do Comac. O material foi gravado na Prefeitura de Florianópolis, e a divulgação foi feita nas redes sociais de Botelho e também da Fecam. “Quem está fazendo os vídeos dele? Quem posta?”, questionou uma liderança. Críticas também foram direcionadas ao prefeito Topázio Neto (PSD). O entendimento é que ele está usando a estrutura da Fecam para beneficiar o seu candidato a deputado estadual em uma clara campanha antecipada.

Problema à vista?

Camilo não impedirá uma candidatura de Nazareno – Imagem: Alesc

O deputado estadual Camilo Martins (Podemos), mesmo sabendo da pré-candidatura a deputado federal do vice-prefeito de Palhoça, Rosiney Horácio (Podemos), não impedirá o seu pai, Nazareno Martins (Podemos), de tentar uma vaga à Câmara Federal. “Ele (Nazareno) recebeu diversos convites, tem vontade, mas se for o desejo do nosso time, ele está à disposição. Mas quem pode responder melhor é ele”, disse Camilo, que é pré-candidato à reeleição a deputado estadual.

Entendimento

A coluna já havia antecipado, há alguns dias, que Nazareno Martins (Podemos) deverá disputar uma vaga à Câmara Federal. Se confirmado, deve gerar um conflito com o vice-prefeito de Palhoça, Rosiney Horácio (Podemos). O mal-estar em Palhoça já é fácil de notar. Questionado, o deputado estadual Camilo Martins me disse que é amigo de Rosiney. “No que depender de mim, teremos o melhor entendimento”, pontuou, deixando claro que a vaga será motivo de discussão.

Combate Ético

Podcast novo na praça: está no ar, nas plataformas digitais da Assembleia Legislativa, o Educando Cidadãos, parceria da Alesc com o Ministério Público do Estado para discutir transparência e ética. No episódio de estreia, a procuradora-geral Vanessa Cavallazzi e a secretária-geral da Alesc, Marlene Fengler, tratam do tema. A iniciativa integra a Semana Estadual de Combate à Corrupção, criada pela Lei 9.050/24, que também instituiu o dia 27 de agosto como data oficial da mobilização. Um compromisso que a Assembleia reforça com ações educativas e leis de prevenção.

Transparência

A Câmara de Itapema aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei do vereador André de Oliveira (Novo), que obriga a divulgação dos custos de eventos públicos no site oficial da prefeitura. A iniciativa garante acesso a informações sobre gastos, contratos e fornecedores, reforçando a transparência na aplicação dos recursos e ampliando o controle social sobre os atos da administração. O projeto segue para sanção do prefeito Alexandre Xepa (PL).

Vandalismo

Gisele fez o pedido público de desculpas após o ato de vandalismo – Imagem: Rede Social

Gisela Beatriz Ribeiro Pereira fez ontem um pedido público de perdão na porta do gabinete do deputado Padre Pedro Baldissera (PT), na Assembleia Legislativa. Gisela também repôs o cartaz com fotografia do presidente Lula, colado na porta do gabinete e arrancado por ela na última terça-feira (19), em ato de vandalismo e de ofensa à democracia. Moradora de São José, pensionista militar desde 2006, leu um termo de retratação antes de repor a foto de Lula, para evitar uma ação criminal. Ela foi identificada a partir das câmeras internas de segurança da Alesc.

Nota

A Defesa Civil do Estado enviou nota sobre a informação divulgada ontem pela coluna, a respeito da falta de servidores efetivos que virou alvo do Ministério Público. Segue:

“A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil informa que não foi oficiada pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina sobre qualquer apontamento relacionado a apuração de ausência de quadro funcional desta pasta ou ao edital lançado em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

O referido edital tem como objetivo fomentar a pesquisa científica e tecnológica voltada ao fortalecimento de políticas públicas de prevenção, redução de riscos e gestão de desastres em Santa Catarina. A medida busca agregar conhecimento técnico e acadêmico, de forma complementar ao trabalho desempenhado pela estrutura já existente da Proteção e Defesa Civil, ampliando a capacidade de resposta e inovação do órgão. Este é mais um passo na soma esforços no sentido de qualificar as ações da Proteção e Defesa Civil, fortalecendo o sistema estadual de proteção e defesa civil.

A Secretaria reitera seu compromisso com a boa gestão dos recursos públicos, com o cumprimento da legislação vigente e com a permanente busca por inovação e eficiência nas ações de proteção e defesa civil em benefício da população catarinense.” – Assessoria de Comunicação

Nota da coluna

A informação divulgada pela coluna foi que, no último dia 12, a promotora Letícia Baumgarten Filomeno, da 12ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, converteu um procedimento preparatório em Inquérito Civil para apurar a ausência de quadro funcional próprio da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil e o possível impacto dessa situação no desempenho da atividade-fim do órgão. Vale destacar que o Governo do Estado já teve ciência da apuração do MP, ao contrário do que diz a nota. Além disso, o assunto dos bolsistas, em nenhum momento, foi colocado como alvo da promotoria. Foi apenas um complemento à informação de que a Defesa Civil de Santa Catarina, que é um dos três estados com maior incidência de eventos climáticos que causam risco para a população, ao invés de fazer concurso público, terá um gasto elevado com bolsistas para fomentar a pesquisa científica e tecnológica, o que poderia ser feito por servidores efetivos.