Candidatura de Vilson Kleinubing ao Governo: pesadelo ou o sonho de uma vida?
Tem novidade no SCemPauta!

Criamos um canal oficial no WhatsApp — e você já pode fazer parte!
Mais agilidade, mais bastidores, mais DENÚNCIAS direto no seu celular.
Sem grupos, sem conversas, só informação exclusiva, com a credibilidade do SCemPauta.
Acesse e siga agora:
https://whatsapp.com/channel/0029Vb6oYQTEgGfKVzALc53t
E NÃO ESQUEÇA DE ATIVAR O SININHO PARA RECEBER TUDO EM TEMPO REAL!

No início do segundo semestre de 1989, uma prematura questão rondava as preocupações do Prefeito de Blumenau Vilson Kleinubing: ele vinha sendo fortemente instado a aceitar a cogitação de seu nome como possível candidato a Governador na eleição que ocorreria no ano seguinte. Líderes do seu partido, o PFL, tratavam dessa possibilidade e davam declarações à imprensa sobre o assunto.
Em agosto a pressão já havia se tornado pública, como demonstra a notícia acima.

E sua promessa, como ficaria?
Dispor-se, eventualmente, a enfrentar uma candidatura dessas, por si só já seria uma complicação grande. Afinal, ele comandava a Prefeitura há apenas oito meses. E tinha sido eleito, no ano anterior, com a maioria absoluta dos votos do eleitorado blumenauense.
Muito mais forte, porém, do que essas possantes circunstâncias, era o fato de que ele tinha garantido que não abandonaria seu mandato na Prefeitura para disputar o cargo de Governador. Poucos meses antes, já nos dias finais da campanha municipal, prometeu, enfaticamente, que houvesse o que fosse, permaneceria como Prefeito até o final do seu mandato de quatro anos.
Sem ter sequer completado o primeiro dos quatro anos, o Prefeito era pressionado a admitir sua renúncia, logo ali adiante, antes de completar um ano e meio de mandato.
O cavalo encilhado.

Por essa razão, ele tentava, de todas as formas ao seu alcance, desmentir a hipótese de uma nova candidatura depois de um intervalo tão curto. Todavia, era impossível que não sonhasse com a possibilidade de disputar o voto dos catarinenses na escolha de seu Governador. Para um político nato, como Vilson, chegar ao comando do Estado, por certo era um sonho inarredável, um projeto de vida.
Àquela altura, creio eu, ele evitava confidenciar uma aspiração dessas mesmo para seus mais chegados amigos. Não tinha, porém, como esquecer a velha lição dos gaúchos (com quem ele convivera quando fez Engenharia em Porto Alegre) de que, quando o cavalo passa encilhado, a atitude certa é montar no bicho.

As vozes dos seus próprios eleitores.
Paradoxalmente, o estímulo para ele seguir adiante e para o alto, partia também, e cada vez mais, de gente da própria cidade, inclusive daqueles que o apoiaram na jornada municipal. Diante desse vozerio, ele percebia que, no futuro próximo, talvez se encontrasse encurralado pelo destino. Era concebível que tivesse de renunciar duas vezes: ao seu compromisso com o povo blumenauense, e ao cargo de Prefeito.
Próxima coluna.
Preparando-se para fatos hipotéticos.
