Tem novidade no SCemPauta!

Criamos um canal oficial no WhatsApp — e você já pode fazer parte!

Mais agilidade, mais bastidores, mais DENÚNCIAS direto no seu celular.

Sem grupos, sem conversas, só informação exclusiva, com a credibilidade do SCemPauta.

Acesse e siga agora:

https://whatsapp.com/channel/0029Vb6oYQTEgGfKVzALc53t

E NÃO ESQUEÇA DE ATIVAR O SININHO PARA RECEBER TUDO EM TEMPO REAL!

Imagem: Divulgação MP/SC

Durante o Seminário Internacional de Observatórios de Violência contra a Mulher, realizado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), autoridades e especialistas debateram estratégias para o enfrentamento à violência de gênero. No painel “A importância dos dados sobre a violência contra a mulher para a construção de políticas públicas e para a promoção da segurança e dos direitos femininos”, a Procuradora-Geral de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Vanessa Wendhausen Cavallazzi, destacou a necessidade de políticas públicas eficazes e sustentáveis.

Vanessa apresentou dados sobre feminicídios no Brasil e em Santa Catarina, apontando que, em 2024, foram registrados 1.400 casos no país, sendo 51 no estado. Ela ressaltou que, embora tenha havido redução, os números ainda são preocupantes e exigem ações estruturais. Segundo a Procuradora, 49% dos feminicídios em Santa Catarina foram cometidos com arma branca, 64% ocorreram na residência da vítima e 54% foram praticados por companheiros ou cônjuges.

A Procuradora enfatizou que o enfrentamento à violência exige mais do que responsabilização penal, defendendo políticas de educação contínua e maior atuação preventiva do Estado. “A maioria das mulheres assassinadas no Estado não registrou boletim de ocorrência. A questão central é por que o Estado não conseguiu alcançá-las”, afirmou.

O painel foi mediado pela Deputada Estadual Luciane Carminatti, que defendeu ações estratégicas e contínuas. Participaram também a Perita-Geral da Polícia Científica de Santa Catarina, Andressa Boer Fronza; a Delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila; o Tenente-coronel da Polícia Militar Frederick Rambusch; e a professora Teresa Kleba Lisboa, do Instituto de Estudos de Gênero da UFSC.

Cada participante abordou aspectos específicos da atuação institucional no combate à violência contra a mulher. Fronza destacou o papel da perícia na busca por justiça; D’Ávila apontou a importância de delegacias com funcionamento contínuo e investigações eficazes; Rambusch apresentou o “Protocolo Alpha”, voltado à integração de ações de segurança; e Lisboa defendeu o uso de dados como base para políticas públicas e o engajamento da sociedade civil.

O seminário reuniu representantes do Brasil, Argentina e Uruguai, com o objetivo de promover a troca de experiências entre observatórios da violência contra a mulher. A programação incluiu mesas de debate, painéis e oficinas, com participação de autoridades, especialistas e lideranças acadêmicas e políticas. O evento foi gratuito e aberto ao público.