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No Norte catarinense, o valor elevado dos aluguéis é responsável por 70% do déficit habitacional. De acordo com pesquisa da FACISC, há uma carência de mais de 29 mil residências na região. Os dados foram apresentados por Marco Antônio Corsini, diretor de Articulação Estratégica, durante a Plenária Regional da entidade em Schroeder.

Apesar disso, a região possui uma das menores taxas de moradias consideradas precárias no Estado. Poucas famílias de baixa renda vivem em condições insalubres.

O aumento populacional de 22% na última década — acima da média estadual — contribui para a escassez de moradias. No período, 207,4 mil novos moradores passaram a viver na região Norte.

Corsini relaciona esse crescimento à expansão econômica local e defende a ampliação de programas habitacionais voltados à população de menor renda. Segundo ele, isso aliviaria os custos com aluguel e permitiria que essas famílias investissem em saúde e bem-estar, aquecendo o comércio e os serviços da região.

A superintendente de Habitação da Caixa em Joinville, Johanna Santos, também participou do evento. Ela apresentou alternativas e ações do setor, como o programa Minha Casa Minha Vida. Explicou que o envolvimento de municípios e governos estaduais é essencial, seja com doações de terrenos, seleção de beneficiários, investimento financeiro ou suporte técnico e legal.

“A colaboração entre municípios, estados e o Governo Federal amplia o alcance dos projetos, oferecendo habitação segura e estruturada a mais famílias. É uma iniciativa que transforma realidades”, afirmou Johanna.

O encontro reuniu lideranças políticas e empresariais locais e faz parte de uma série de 12 plenárias promovidas pela Federação ao longo de julho.