Ex-prefeito Antônio Ceron no gabinete do prefeito

O julgamento dos embargos de declaração apresentados pelas defesas de Antônio Ceron e dos demais envolvidos na Operação Mensageiro, com o objetivo de reconsiderar aspectos da sentença, teve pouca ou nenhuma influência sobre o resultado final — como se espera de um recurso dessa natureza.

Para ambos, Ceron e Eroni Delfes, permanece a perda dos direitos políticos e a inelegibilidade por oito anos.
As penas de prisão também foram confirmadas: 9 anos para Antônio Ceron e 24 anos para Eroni Delfes.
A única mudança relevante foi a redução da pena de Antônio Arruda, que passou de 24 para 20 anos de reclusão.

É a primeira e última vez que escrevo sobre a Operação Mensageiro. Não quero ser eu o novo mensageiro da desgraça, informando que a Justiça decidiu a mesma coisa hoje, daquilo que ela já havia decidido antes. A reafirmação da reafirmação da condenação do ex-prefeito Ceron é um jogo pra cumprir tabela, que todo mundo já sabe o final.

Todos perdemos nesse jogo: as obras importantes e estruturantes da gestão Ceron ficaram sem reconhecimento; o PSD saiu desmoralizado e tenta se reconstruir; e a sociedade perdeu com a validação do discurso de terra arrasada do ex-vereador Jair Júnior. E, até ele, o mensageiro da desgraça, se sabotou, e teve seu prazo de relevância política expirado.
Fim de um ciclo. E é somente isso que nos importa, como imprensa, partidos e, principalmente, sociedade.