Entre tangas e pulgas: o desprezo do governador Mello pela Serra Catarinense

O comportamento reiteradamente inadequado do governador Jorginho Mello, quando sobe a serra, deveria ser reajustado pela comunicação do governo para uma postura mais institucionalizada. Por vezes, a conduta debochada do governador tem passado a impressão de desprezo e pouco caso com o povo serrano. Isso já está causando muito constrangimento e desconforto entre aqueles que precisam defendê-lo por imposição do clientelismo mais robusto da história dos governos, imposto por um inquilino da Agronômica.
Numa entrevista coletiva, o governador se sentiu à vontade debaixo de uma grande lona instalada no calçadão de Lages. Mas, em seu discurso, parece ter se esquecido de que ali estava sendo realizada a “Festa do Pinhão da prefeita”; o objetivo da lona, desta vez, não era promover a caravana circense do governador pelo Estado, que sempre chega com promessas “furadas”, como já é praxe neste governo, principalmente na nossa região.
O desprezo em falta de investimentos
Jorginho disse em entrevista que deixou muito dinheiro em Lages da última vez em que esteve na cidade. Disse: “Da última vez que estive aqui, a prefeita me pelou”; “saí só de tanga”. Entretanto, a prefeitura não divulgou nenhum investimento por parte do Governo do Estado nos últimos dias.
Perguntado se anunciaria algum tipo de investimento para alguma cidade da região serrana por ocasião de sua vinda, o governador se atrapalhou, falou sobre “coisas boas”, mas não soube especificá-las. Ainda emendou, dizendo que o frio é uma dessas coisas boas que viria, pois “mataria tudo as pulgas”.
Essa não foi a primeira vez que o governador agiu com deboche e certo desprezo com o povo serrano. Quando questionado, em São Joaquim, sobre a paralisação de uma rodovia estadual, Jorginho disse que as pessoas deveriam pegar na enxada, pois assim a obra não pararia.
Em Lages, quando um professor perguntou sobre o piso salarial, Jorginho “sapateou” e disse que aquele piso estava bom.
Na cerimônia de posse da prefeita Carmen, o governador fez piadas sobre a aparência de políticos e convidados, além de ter comparado a cidade de Lages a uma mulher judiada, que precisava passar uma semana no salão de beleza.
Contudo, a Serra Catarinense, além de ainda aguardar pelas promessas do governador e pelos investimentos que são necessários para impulsionar o seu desenvolvimento, também espera que, da próxima vez que ele vier, traga consigo uma postura mais condizente com a importância histórica da instituição Governo do Estado e do respectivo cargo que ocupa.
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