Grande Júri no próximo mês

Certamente a maior demonstração de xenofobia esportiva na história de Joinville vai ser julgada no final de agosto na Justiça. As sessões do Tribunal do Júri da Comarca de Joinville estão marcadas para os dias 25,26 e 27. Em 20 de fevereiro de 2022, por volta das 20 horas, um grupo de torcedores de Remo e Paissandu – incluindo mulheres e crianças – estavam acompanhando pela TV o clássico de Belém em uma lanchonete no Jardim Iririú quando foram surpreendidos por integrantes de uma torcida uniformizada do JEC com agressões verbais e físicas, alguns com madeiras e um deles com uma barra de ferro que atingiu um idoso na cabeça. A vítima foi levada para UTI e lá permaneceu por mais de duas semanas em coma.


Câmeras de segurança
Antes de entrarem na lanchonete, o grupo de agressores se reuniu em um local próximo. Não perceberam que acima estava uma câmera de segurança, cujas imagens (estão nos autos) identificou quase todos eles, menos um que estava (não tirou) de capacete. Estarão sentados no banco dos réus 11 deles. O grupo de torcedores locais entrou gritando para eles tirarem as camisas das equipes e iniciaram as agressões. Os paraenses se defenderam com cadeiras de madeira. Pelas imagens é possível perceber também que mulheres tentaram impedir as agressões e igualmente foram atingidas.
Enclave paraense
A população de nativos do Pará (a maioria das cidades irmãs de Belém e Ananindeua) em Joinville é maior do que muitas cidades do interior daquele estado. A migração se intensificou nos últimos oito anos, segundo o Censo de 2022. Neste período, os paraenses foram o segundo grupo de migrantes em Joinville, superando os gaúchos e paulistas, perdendo apenas para os paranaenses. Na primeira divisão do futebol amador de Joinville está o Pará FC, integrado majoritariamente por atletas vindos daquele Estado. Hoje, a colônia de paraenses supera a dos nordestinos e haitianos na cidade.
Vestindo a Seleção Brasileira

Uma empresa genuinamente joinvilense é a nova fornecedora dos uniformes da Seleção Brasileira de Vôlei. A Volt venceu a concorrência e passou a fornecer os uniformes em todas as competições desta que é a segunda seleção mais vitoriosa da história do esporte brasileiro. Fundada em Joinville como Spiller, hoje com 430 funcionários, a Volt Sport fornece os materiais para dezenas de equipes de futebol, entre eles Fortaleza, Vitória, América Mineiro, Remo e as catarinenses Joinville, Avaí, Criciúma, Figueirense e Marcílio Dias, entre outros.
Cassação de mandato negada

Pedido de cassação de vereadora em Joinville foi indeferido em primeira instância. A tentativa foi do diretório municipal do PT, que já recorreu ao TRE. Os petistas alegam que a vereadora Liliane da Frada (Podemos) deixou o cargo de presidente da entidade protetora dos animais depois do prazo. Caso sejam bem-sucedidos, a vaga de Liliane seria destinada à primeira suplente do PT, a ex-vereadora Ana Lúcia Martins, conforme a própria Liliane afirmou em sua conta no Instagram.
70 gatos e um cachorro
A vereadora Liliane da Frada revelou que sua casa é um verdadeiro gatil. Somente de ração e areia ela gasta cerca de R$ 10 mil reais com seus 70 gatos que estão à espera de adoção. Recentemente, a vereadora do Podemos foi muito criticada por chamar em plenário os CAC (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) de “bandidos”. Logo depois ela explicou que não tem “nada contra” os colecionadores e atiradores. “Sou contra os caçadores. E aqui (entre os vereadores) têm caçador”, acrescentou.
Novo presidente
Douglas Gonçalves é o novo presidente do Conselho Deliberativo do JEC. Ele foi eleito vice-presidente e assumiu o cargo com a licença do presidente Alexandre Poleza. Ele se licenciou por 45 dias e no final vai apresentar nova licença até terminar o seu mandato. Poleza foi admitido como auditor na empresa Martinelli Auditoria e seu sócio majoritário Nereu Martinelli fez uma exigência: deixar a presidência. Segundo uma fonte, se continuasse no JEC e sendo funcionário de Nereu, tudo que fizesse seria interpretado como uma ação indireta do ex-presidente, que nunca mais voltou à Arena depois que deixou o cargo.


Crescimento chines
Foram 155 jogos na presidência do JEC, sendo 71 vitórias, 41 empates e 43 derrotas. Martinelli foi presidente de 2012 a 2016, quando foi campeão das Séries C e B, levando o JEC à Série A. Depois que deixou o cargo, ele voltou a se dedicar à sua empresa. Nestes últimos nove anos, a Martinelli Auditores aumentou de 80 para 360 funcionários e ampliou de oito para 20 filiais em 18 estados.
Novo ciclo
O jornalista Marco Aurélio Braga deixou o cargo de responsável pela comunicação e marketing da Döhler. Em mensagem no Likedin, “Marcão” afirma que decidiu deixar o cargo formal na empresa para atuar como pessoa Jurídica, “como parceiro e contribuindo para projetos internos e externos com consultoria” nas áreas que atua. Ele foi secretário de comunicação nos dois mandatos de Udo Döhler (2013/2020) e logo em seguida passou a trabalhar na empresa da família do ex-prefeito de Joinville.
Curtas
- Câmara de Vereadores de Joinville fez uma homenagem aos 80 do Catarinense Pharma, antes conhecido como Laboratório Catarinense.
- A empresa pertence à uma holding da família do prefeito Adriano Silva, que antes da campanha de 2020 foi diretor-presidente, sendo sucedido por seu irmão Alexandre.
- Mais um pré-candidato a deputado federal por Joinville. Durante viagem a Florianópolis, onde se reuniu com lideranças do PSD, o vereador Ascendino Batista anunciou seu projeto para 2026.
- Ascendino é pastor da Assembleia de Deus e está em seu segundo mandato. Em 2024 aumentou sua votação de 2.258 para 6.880, sendo o quarto mais votado.
Fale com o colunista pelo whats (47) 999644082
Ou pelo e-mail luizverissimoscempauta@gmail.com
Veja mais postagens desse autor