Aspecto econômico: governador Jorginho Mello anuncia retomada de voos na Serra Catarinense; Senado: Jorge Seif está cada vez mais fora; Raimundo Colombo segue otimista

Aspecto econômico: Governador Jorginho Mello anuncia retomada de voos na Serra Catarinense
O encerramento das operações da Azul Linhas Aéreas, em fevereiro deste ano, no aeroporto de Correia Pinto, ocorreu como parte de um processo de reestruturação organizacional motivado pela crise econômica global, que se agravou ainda mais em 2025. A difícil situação financeira enfrentada pela companhia também contribuiu para a decisão de encerrar as chamadas pequenas operações, como a que atendia a região serrana de Santa Catarina.
A vinda da GOL Linhas Aéreas para operar no aeroporto serrano, em substituição à Azul, foi anunciada ontem. Mas infelizmente, não resolve um problema estrutural que é nosso: estamos há décadas sem um projeto de planejamento estratégico de desenvolvimento; e esse é o ponto.
A total ausência de investimentos do governo do Estado é uma dura realidade que preocupa. Já estamos na metade do terceiro ano do mandato do governador Jorginho Mello à frente de Santa Catarina.
O governador já mudou, de forma simbólica, a capital de Santa Catarina para Lages, mas sem anunciar investimentos. Esteve na cidade para lançar o “Estação Inverno”, com o objetivo de impulsionar o turismo, mas sem investimento. Além disso, anunciou a concessão da Serra do Rio do Rastro para exploração pela iniciativa privada: um projeto utópico e midiático, sem qualquer contrapartida real por parte do governo do Estado. Aliás, quando foi questionado por um repórter se faria algum anúncio sobre investimentos, o governador respondeu: “Anunciar que só vem coisa boa… tá vindo um frio aí que vai matar tudo as pulgas.”
Especificamente falando de Lages, não há quem pense a estruturação da cidade para além do dia seguinte. Tudo o que é feito aqui é para apagar incêndio, na base do improviso. As poucas obras de infraestrutura, quando não estão paralisadas, andam a passos de tartaruga, contrastando com o ritmo das obras em regiões mais prósperas.
Há décadas estamos esquecidos pelo poder público. Quando o governador está aqui, é para passear e contar piadas. Enquanto outras regiões recebem recursos milionários do governo do Estado e do governo federal, a nossa região vive eternamente de anúncios e promessas vazias, que nunca se concretizam.
A retomada dos voos no aeroporto de Correia Pinto acende uma fagulha de esperança, mas não podemos esquecer que, hoje, nossa economia, do jeito que está, não dá garantias de sustentabilidade para qualquer empresa operar por muito tempo.
Senado: Jorge Seif está cada vez mais fora; Raimundo Colombo segue otimista

Logo após Jair Bolsonaro (PL) e Caroline de Toni (PL) enfiarem goela abaixo e bancarem a candidatura de Carlos Bolsonaro (PL) ao Senado por Santa Catarina, diante de uma ampla rejeição manifestada com indignação nas redes sociais, o PL pode sofrer um novo revés no estado mais bolsonarista do Brasil: a cassação do senador Jorge Seif (PL), com uma chance robusta de Raimundo Colombo (PSD) assumir o cargo em seu lugar.
A recondução do ministro Floriano de Azevedo Marques para um novo mandato de dois anos no TSE foi motivo de comemoração no diretório do PSD. Isso porque o ministro é o próprio relator do caso Seif e é favorável à cassação, além de já representar mais um voto contabilizado.
As alegações de abuso de poder econômico são contundentes. Seif, até então figura desconhecida em Santa Catarina, fez sua campanha levado a reboque por Luciano Hang, dono das Lojas Havan, que incorporou a agenda do candidato à sua agenda de negócios para tratar de campanha. Durante o período eleitoral, os dois percorreram algumas lugares numa Kombi plotada de verde e amarelo.
Pesa ainda sobre Seif a acusação de supostamente ter feito uso de aeronaves do empresário durante a campanha. Em Lages, os dois estiveram, inclusive, na ACIL, onde Seif fez várias declarações infundadas sobre Raimundo Colombo, a quem ele considerava seu maior adversário.
Nos bastidores da política catarinense, a cassação do senador Jorge Seif (PL) é tratada como questão de tempo. Como se diz no jargão político: favas contadas.
O retorno de Colombo ao Senado marcaria não apenas a reabilitação política de um dos nomes mais tradicionais da região, mas também reposicionaria Lages no tabuleiro político estadual. Afinal, com a ausência de Carmen na Câmara e a possibilidade de Colombo no Senado, o jogo político serrano pode ganhar uma nova configuração estratégica. Caso isso se confirme, o PSD acredita na reoxigenação do partido para o próximo pleito municipal.
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