Quero agradecer ao jornalista Marcelo Lula pela oportunidade de integrar a equipe do SC em Pauta.

Hoje inicio minha trajetória neste portal, fazendo aquilo que representa a essência do jornalismo político: apurar, investigar e noticiar os fatos com isenção e transparência.
Aqui a minha missão é clara: rasgar o véu que a imprensa de Lages lançou entre o poder público e o povo.

Grande parte da imprensa local tem abdicado do nobre exercício do jornalismo para atuar, na prática, como uma assessoria paralela do governo. Em vez de fiscalizar, passaram a proteger; em vez de informar, passaram a manipular. É contra esse cenário que me coloco — pelo direito das pessoas à verdade, à transparência e a uma imprensa que cumpra seu papel democrático.

A imprensa, quando não fiscaliza, é cúmplice.
A imprensa, quando manipula, é imoral.
A imprensa, quando se omite, é covarde.

Ao final, não pretendo ser profeta da minha terra e nem uma espécie de inconfidente lageano contemporâneo. Apenas desejo humildemente contribuir para que o nosso povo se liberte do espírito de servir incondicionalmente a quem detém o poder.

Prefeita de Lages, Carmen Zanotto, é denunciada ao Ministério Público por suposto desvio de recursos públicos

A prefeita de Lages, Carmen Zanotto (Cidadania), foi denunciada ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por suposto uso indevido de recursos públicos. A denúncia, registrada na forma de notícia de fato, aponta que a Secretaria Municipal de Obras teria direcionado servidores e maquinário para a pavimentação de uma estrada localizada dentro de uma propriedade particular pertencente ao cunhado da prefeita.

Segundo o relato encaminhado ao MPSC, equipes da prefeitura teriam permanecido por aproximadamente cinco dias no local, executando a pavimentação de cerca de dois quilômetros da via, sem que houvesse autorização legal ou justificativa técnica compatível com o interesse público.

A rua não pertence ao município

De acordo com o mapa oficial da Secretaria Municipal de Planejamento (SEPLAM), a estrada em questão não pertence ao município. Toda a sua extensão está situada dentro da propriedade privada, registrada em nome do cunhado da prefeita.

Apesar de ser utilizada por ao menos quatro famílias vizinhas, especialistas explicam que o uso coletivo de uma via situada dentro de propriedade particular não a torna automaticamente pública. Nesses casos, a situação pode se assemelhar a um condomínio rural informal, mas não configura servidão pública, por ausência de ato formal de instituição e registro.

Dois moradores procuraram a reportagem afirmando que, por utilizarem a estrada, acreditam que ela deva ser considerada pública. No entanto, a inexistência de incorporação formal ao patrimônio público e a ausência de regularização fundiária impedem esse reconhecimento jurídico.

Inconsistências marcam a 35ª Festa Nacional do Pinhão — edição Raizes

Inconsistência 1: o “novo formato” e a satisfação do público

A Prefeitura afirma que o “novo formato da Festa Nacional do Pinhão” foi aprovado por 80% do público que respondeu à pesquisa realizada pela própria gestão.

Antes de qualquer coisa, é preciso esclarecer que não existe novo formato de festa. Foi realizada uma licitação para dar continuidade ao modelo tradicional do evento, que foi frustrada por uma série de erros. O que mudou, de fato, foi a forma improvisada com que o evento foi conduzido, resultado direto de falhas e omissões da administração Carmen Zanotto. Chamar o remendo feito na festa de “novo formato” é, no mínimo, uma desonestidade intelectual com o povo lageano.
O resultado dessa pesquisa foi divulgado na Rádio Clube, por meio da secretária de Turismo, Ana Vieira.

Fica então uma dúvida: com tamanho índice de satisfação, a festa será mantida no formato de 2025 ou retornará ao parque de exposições Conta Dinheiro, contrariando os números da própria pesquisa?