Ferrosul: projeto antigo, com nova roupagem; Topázio evita CPI; Pregão é suspenso em Itajaí – E outros destaques
A um clique de você
Entre agora nos grupos de WhatsApp do SCemPauta e receba em primeira mão as notícias que realmente importam — com exclusividade e agilidade. COMPARTILHE OS NOSSOS LINKS!
📲 Informações quentes, análises precisas e tudo o que você precisa saber!
💥 O SCemPauta atua com independência, sempre trazendo em primeira mão as principais DENÚNCIAS. Não fique de fora!
❓ Dúvidas? Chama no WhatsApp: (49) 98504-8148
👇 CLIQUE ABAIXO E PARTICIPE AGORA!

A importante iniciativa do governador Jorginho Mello (PL), de levantar a discussão da criação da Ferrosul – ferrovia interestadual que, se sair do papel, integrará Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul – traz novamente o debate sobre a necessidade de melhorar a logística para o escoamento da produção das agroindústrias. No entanto, apesar da importância da articulação política atual, é preciso reconhecer que a proposta está longe de ser novidade.
A Ferrosul tem origem em um projeto antigo, amplamente discutido no âmbito do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), entre os anos de 2009 e 2010. Na prática, é uma ampliação da Ferroeste – empresa estatal do Paraná que opera o trecho entre Cascavel e Guarapuava – e que já vinha sendo apontada como base para a criação de uma malha ferroviária regional, ligando regiões produtivas ao Porto de Paranaguá, além de ramais até Chapecó (SC), Foz do Iguaçu (PR), Maracaju (MS) e o litoral norte catarinense.
O movimento atual é o de transformar essa estrutura na chamada Nova Ferroeste, sob gestão compartilhada entre os estados, e com a Ferrosul assumindo o protagonismo da integração logística do Sul.
O presidente da Aurora Coop, Neivor Canton, se manifestou sobre o assunto através de um artigo, destacando a importância da iniciativa do Governo do Estado. Porém, como conhecedor dessa história, sabe que a Ferrosul não é uma ideia nova e, há anos, o setor produtivo acompanha sua tramitação e as promessas de avanço. Portanto, embora o gesto do governo catarinense em assumir a frente do debate seja positivo, é fundamental lembrar que não se trata de um projeto inédito – como bem sabe Canton.
Aliás, a atuação do falecido ex-presidente da Aurora, Mário Lanznaster, foi marcante nesse processo. Lanznaster foi uma das vozes mais influentes do setor cooperativista em defesa da viabilização do modal ferroviário para a região Oeste. Atuou de forma incisiva junto aos governos, sempre cobrando que o transporte de carga ferroviário fosse levado a sério. Seu protagonismo, inclusive, foi muito mais expressivo do que o observado até agora nas discussões recentes.
Com o escoamento da produção agroindustrial dependente quase exclusivamente do transporte rodoviário, a retomada do debate sobre a Ferrosul é estratégica. Mas é preciso ir além da foto e do anúncio. É necessário garantir que o projeto avance de fato, com definição de traçado, modelagem financeira e cronograma real de execução – para que, desta vez, não fique apenas no discurso político.
E sempre lembrando que, para se tornar realidade, projetos ferroviários precisam de grandes investimentos – e isso só é possível através de parcerias com países que têm condições de investir, como é o caso da China. Os chineses estão ávidos por fazer novos investimentos no mundo todo, e olham o Brasil e suas regiões produtivas, a exemplo de Santa Catarina, de forma especial, pois sabem que dependerão de boa parte dos nossos produtos para atender às suas demandas internas.
Fiesc e a taxação

“A decisão precisa ser avaliada sob três aspectos: sob o ponto de vista econômico, não há justificativa para a aplicação desta taxa, já que os Estados Unidos registram superávit há décadas na balança comercial com o Brasil; o segundo aspecto diz respeito às políticas domésticas: o Brasil é um país soberano e suas decisões, certas ou erradas, devem ser respeitadas; por fim, ao invés de adotar postura neutra em relação à diplomacia internacional, o Brasil repetidamente assume posições de desalinhamento com os Estados Unidos”, defende o presidente da Fiesc, Mário de Aguiar.
A propósito
O governador Jorginho Mello (PL) não vai se manifestar sobre o tarifaço de Donald Trump, que prejudicará vários setores da economia catarinense, podendo, inclusive, causar desemprego? Para Jorginho, cabe uma escolha: defender os interesses da população ou o seu projeto de tentar a reeleição. Caso se posicione, o tom da manifestação mostrará qual é a sua prioridade. Vale destacar que, se os produtos forem taxados em 50%, não será apenas a indústria que sofrerá. O comércio também poderá sentir o impacto.
Hospital de BC

O Governo do Estado protocolou o projeto de estadualização do Hospital Ruth Cardoso de Balneário Camboriú, na manhã de ontem. Na mesma hora, o deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL) se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), para garantir a rápida tramitação e aprovação antes do recesso parlamentar, que inicia no próximo dia 17.
Sem CPI
Parece que a “Operação Abafa” do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), contra a abertura da CPI da Assistência Social foi um sucesso. O pedido de abertura foi assinado por apenas cinco vereadores, todos da oposição. Com isso, faltaram três vereadores para assinar. A desculpa é que já está em andamento uma investigação que culminou com uma operação policial. A bancada do PSD se reuniu ontem e decidiu que não apoiaria a abertura da comissão para apurar as denúncias. O vereador Josimar Pereira, o Mamá (UB), somente assinaria se houvesse sete vereadores a favor, e a vereadora Manu Vieira (PL) também teria decidido não assinar. Segundo uma fonte, ela teria considerado que faltou um maior embasamento no documento do pedido de CPI.
Calendário ajudou
Outro ponto que ajudou o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), a evitar a abertura da CPI da Assistência Social foi o calendário. Além das articulações e acordos firmados por seus emissários para evitar a abertura, o recesso iniciará na próxima terça-feira, paralisando até agosto os trabalhos da Câmara de Vereadores.
Diersmann na Celesc

O nome de Moisés Diersmann foi aprovado pelo conselho da Celesc, e ele é o novo diretor de Gestão Corporativa da companhia. Entre as atribuições, está a de realizar as licitações. Dado o histórico de Diersmann, que deixou o comando do Ciasc durante uma investigação de contratos suspeitos, os sindicatos da Intercel se manifestaram através de uma publicação interna, destacando que a categoria está preocupada, porque a Celesc vem tendo sua imagem arranhada por conta dos problemas com o Sistema Conecte e do que chamaram de processo de precarização. “Assim que foi noticiado que Moisés poderia ser o indicado para a DGC, trabalhadores também comentavam se não era arriscado para o governo do Estado e para a empresa colocar Diersmann numa diretoria que justamente é a responsável pelas licitações”, diz a publicação.
Novo colunista

O SCemPauta, a partir de segunda-feira, terá um colunista na Serra Catarinense: Jean Carlo Lima. Formado em Marketing e pós-graduando em Ciências Políticas, tem sua trajetória marcada pela criatividade, pela análise crítica e pelo compromisso com a informação de qualidade. Observador atento da realidade sociopolítica da Serra Catarinense, Jean consolidou-se como autor de artigos que exploram, com profundidade, temas ligados à política. Em Lages, destaca-se pelo posicionamento firme e pela leitura aguda dos bastidores do poder. Sua atuação como cronista político e comunicador tem ganhado relevância nas redes sociais. Jean Carlo é reconhecido como formador de opinião na Serra Catarinense. Seus textos são acompanhados por um público que valoriza uma abordagem crítica, qualificada e comprometida com os interesses da sociedade.
Pregão é suspenso
O Tribunal de Contas do Estado suspendeu o pregão eletrônico aberto pela Prefeitura de Itajaí, que previa a terceirização de serviços de saúde no SUS, com valor estimado em R$ 87 milhões. A decisão foi tomada pelo conselheiro relator Luiz Eduardo Cherem, que acatou a representação apresentada pelo Conselho Municipal de Saúde de Itajaí (Comusa). A entidade denunciou supostas irregularidades no edital, que previa a contratação de profissionais tanto para a atenção básica quanto para a atenção especializada – o que, segundo a denúncia, configura “violação direta à regra do concurso público”. “Vislumbro a adoção da terceirização como forma de atender demandas permanentes de pessoal, em substituição à realização de concurso público, o que representa afronta direta ao princípio constitucional do concurso público e preenche o requisito da plausibilidade jurídica para a concessão da medida cautelar”, destacou o relator.
Descumprimento
A área técnica do Tribunal de Contas do Estado e o próprio Comusa também alertaram para o descumprimento de uma determinação anterior do TCE, que exigia a redução da terceirização na área da saúde em Itajaí, conforme manifestação em processo de 2024. Outro ponto criticado foi a chamada “descaracterização da natureza transitória da contratação de serviços contínuos”, evidenciada no edital pelo prazo de vigência de 10 anos, o que, segundo os apontamentos, teria sido uma manobra para burlar a exigência constitucional de concurso público.
Robison defende
O prefeito de Itajaí, Robison Coelho (PL), se disse surpreendido com a decisão do Tribunal de Contas do Estado. Ele informou que, durante o dia de hoje, deverá se inteirar do assunto. “Hoje temos 450 profissionais terceirizados. Estamos trabalhando para estender todos os postos de saúde até as 19h, das 6h até as 22h e um 24h. Além disso, já chamamos do concurso mais de 250 profissionais de saúde em apenas seis meses de gestão. Sem esse contrato, serão 450 profissionais a menos e limitação de serviços”, disse o prefeito.
Cassação ilegal

A 5ª Turma de Direito Público do Tribunal de Justiça decidiu por unanimidade, ontem, anular a cassação do mandato da vereadora Maria Tereza Capra (PT), de São Miguel do Oeste. A Corte reconheceu que o processo conduzido pela Câmara de Vereadores violou princípios constitucionais e garantias legais da parlamentar, como a imunidade por opiniões, palavras e votos no exercício do mandato. Com a decisão, a sentença de primeira instância — que havia validado a cassação — foi revertida. A vereadora havia sido acusada de quebra de decoro por uma publicação nas redes sociais em que criticava o cenário político nacional e os atos antidemocráticos ocorridos em janeiro de 2023.
CyberGaeco

Entre abril de 2023 e abril deste ano, foram realizadas, no Oeste, através do CyberGaeco, 40 operações, com 72 prisões, 14 internações de adolescentes, 14 flagrantes, 211 mandados de busca e apreensão, além da apreensão de oito armas, 158 celulares e 176 computadores. Mais de R$ 4 milhões foram bloqueados ou apreendidos. Os dados foram apresentados pelo promotor Diego Barbiero, da 10ª Promotoria de Justiça, para a Câmara de Vereadores. Com atuação na área da moralidade administrativa, Barbiero atua em sete municípios, com cerca de 20 mil servidores públicos e uma população de cerca de 302 mil habitantes.
Sala de aula
A Secretaria de Estado da Educação distribuiu novos aparelhos de ar-condicionado para escolas da rede estadual. Os equipamentos foram entregues a unidades das Coordenadorias Regionais de Educação de Florianópolis, Blumenau, Criciúma e Itajaí, com prioridade para as escolas que atendem maior número de estudantes. Os aparelhos só serão instalados após a realização das adequações elétricas necessárias em cada unidade.
Veja mais postagens desse autor