Em Criciúma, campanha foi lançada pela ACIC nesta segunda-feira (Divulgação)

A construção de um ou dois túneis ou a implantação de um anel de contorno viário. Seja qual for a alternativa, as associações empresariais do Sul do Estado: Acic (Criciúma), Aciva (Araranguá), ACII (Içara), Acit (Tubarão ), ACIO (Orleans) e Acivale (Braço do Norte) se uniram para defender uma definição de uma solução aos bloqueios na BR-101, na altura do Morro dos Cavalos, em Palhoça, e o início das obras.

As entidades lançaram nesta segunda-feira (7) a campanha de mobilização regional Morro dos Cavalos – Solução Já!, com o intuito de sensibilizar a comunidade do Sul catarinense, empresários e poder público, para que se encontre e viabilize uma solução de forma urgente. A iniciativa já conta com o apoio de veículos de comunicação com atuação no Sul do Estado.

“Há muitos anos se encontrou uma medida paliativa para o trecho, que virou temporária e está ficando definitiva. A Acic está levantando essa bandeira, para que possamos resolver esse problema, mas a campanha só terá sucesso se tivermos o engajamento de todos”, defende o presidente da entidade, Franke Hobold.

“Temos que mostrar que o Sul está unido e não vamos permitir que essa questão caia novamente no esquecimento”, endossa a vice-presidente da Acic, Grasiela da Silva Moretto.

O presidente da ACIVA, Jadiel Boza Della Vechia, destacou que a campanha é resultado direto da mobilização da sociedade e dos inúmeros prejuízos enfrentados pelas empresas e pela população. “Foram várias reclamações e solicitações da sociedade. Em abril ainda, quando aconteceu um acidente aí onde ficou praticamente 50 horas parada a rodovia, ocasionando quase 50 milhões de prejuízo para a nossa região. Então, a indústria, o comércio, o turismo, sofrem os prejuízos com todas essas situações. Sem contar a situação de acidentes e paralisações que atrapalham também o deslocamento do pessoal. E a gente não sabe quando vai levar 3 horas para Florianópolis ou 4, 5, 6 horas”, ressaltou.

A obra é considerada essencial não apenas para a segurança de quem trafega pela rodovia federal, mas também para a saúde e o bem-estar da população. O trecho, com tráfego intenso, está sujeito a bloqueios em condições climáticas adversas ou acidentes graves, dificultando o acesso a serviços de emergência, transporte de pacientes e atendimento médico, além de se transformar em um gargalo logístico que compromete a economia da região.

“Merecemos uma logística melhor e isso só se consegue com recursos. Os investimentos federais em Santa Catarina são muito pequenos, mas talvez possamos ter uma parceria entre o Governo do Estado e o Governo Federal para resolver essa situação”, aponta José Carlos Sprícigo, diretor da Acic e vice-presidente Regional Sul da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

A impossibilidade de transpor o segmento causa atrasos e aumenta os custos de transporte, causando impactos negativos para a indústria, como a perda de competitividade, para os serviços, como a cadeia produtiva do turismo, comprometendo o abastecimento de produtos e matérias-primas e dificultando o atendimento de urgências médicas.

Ações

A campanha prevê ações digitais, como postagens nas redes sociais, divulgação de vídeos com depoimentos de empresários e lideranças, uso de hashtags oficiais e disparos de e-mail marketing.

Assim como a divulgação na mídia tradicional, por meio de spots de rádio, vídeos para televisão e YouTube, outdoors e painéis estratégicos, banners em portais de notícias e adesivos veiculares, que contará com o apoio e o engajamento dos veículos de comunicação da região.

O movimento envolve também a mobilização das lideranças políticas, para que a obra entre no plano de ação do Governo Federal. Estão previstas a realização de reuniões com parlamentares e Ministério dos Transportes, entre outras ações.

Apoio

Além do apoio da agência Elo Comunicação e Marketing, que desenvolveu as peças publicitárias de forma voluntária, e dos veículos de comunicação.