Operação em Florianópolis: R$ 2,9 milhões sob suspeita; A CPI em Blumenau; Investigação no PSB – E outros destaques
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A segunda fase da Operação Pecados Capitais, realizada na terça-feira (1º) pela Delegacia de Combate à Corrupção da Polícia Civil (Decor), em Florianópolis, pode ser o início de uma série de revelações envolvendo o setor social da prefeitura. Um ex-secretário de Assistência Social da capital e pessoas ligadas a organizações sociais foram os alvos.
Entre as entidades está o Instituto Aminc, que administrava o Restaurante Popular. A coluna teve acesso, com exclusividade, a um relatório de 24 de fevereiro passado, da Controladoria-Geral da capital, assinado pelo então controlador, Rodrigo de Bona, e por Thaise Alana Goronzi, que menciona esse contrato. O documento aponta que a entidade teria que devolver cerca de R$ 2.910.563,98 ao município, por conta de notas fiscais apresentadas, mas que não foram aceitas.
O instituto, que é sem fins lucrativos, tinha um contrato com a prefeitura, firmado em 2022, mas que foi rompido pelo então secretário de Assistência Social, Bruno Souza. O restaurante tinha um custo mensal de cerca de R$ 490 mil, para todos os serviços de gestão do local e entrega de 2 mil refeições por dia, entre café, almoço e janta, para pessoas em situação de vulnerabilidade. Porém, o que alguns documentos revelam é que o número de refeições ficava entre 1.200 e 1.330 por dia. Segundo uma fonte, como não se chegava ao número estabelecido por contrato, há uma suspeita de que notas fiscais com gastos da entidade eram enxertadas na prestação de contas entregue à prefeitura para a liberação do pagamento integral. “A Controladoria pediu para olhar nota por nota. E foi aí que foram observadas notas que não condizem com a atividade do restaurante”, relatou a fonte.
O valor do contrato, que teve início em 2022, é de R$ 17,7 milhões, sendo que já foram repassados, até agora, R$ 15,7 milhões. Um fato que chama a atenção é que a entidade não podia ter, como fornecedores, empresas e pessoas físicas com relações familiares com seus dirigentes. Porém, a Controladoria encontrou um pagamento de R$ 170.484,04 para uma única pessoa, que é parente de um dirigente.
Em um vídeo publicado em uma rede social na noite de ontem, o ex-secretário de Assistência Social, Bruno Souza, destacou que a operação revela que ele estava certo quando decidiu fechar o Restaurante Popular. Souza disse que, ao assumir o cargo, percebeu que “a transparência era muito ruim, que não prestavam contas, que tinham diversas coisas suspeitas e que não fazia sentido a prefeitura manter aquele contrato”. “O que eu fiz? Eu rompi o contrato com o Restaurante Popular”, destacou, lembrando as críticas que recebeu.
Em outro trecho do vídeo, Souza diz que a entidade exigia um pagamento que ele entendia ser errado. “Eu e o controlador Rodrigo de Bona, que foi hoje exonerado também, dizíamos que estava errado, que não podia ser feito assim”, destacou, completando que sofreu fortes pressões para fazer um pagamento que definiu como indevido. “Por conta da nossa resistência, nós economizamos milhares de reais para a prefeitura municipal”, afirmou.
Cabe agora à prefeitura se manifestar a respeito das investigações e também das declarações de Bruno Souza.
Precisam ouvir

A Polícia Civil precisa ouvir o ex-secretário de Assistência Social de Florianópolis, Bruno Souza, e o ex-controlador-geral da prefeitura, Rodrigo de Bona. Souza tem deixado pistas, de forma muito contundente, de que sabe muito e que estaria disposto a falar. Rodrigo também deve ter muitas informações, afinal, foi ele e sua equipe que levantaram a suspeita de que o contrato com o Instituto Aminc tinha graves problemas.
E a Câmara?
A Câmara de Vereadores de Florianópolis terá que tomar uma decisão muito clara: ou, em favor do interesse público, cria uma CPI para apurar toda essa situação que está sendo denunciada no setor de Assistência Social, ou adota uma postura política de blindar a gestão do prefeito Topázio Neto (PSD), podendo arcar, futuramente — e, por que não, eleitoralmente —, com as consequências da escolha que fará. O caso é muito grave, e os vereadores não podem fingir que nada está acontecendo.
CPI em Blumenau

A coluna informou ontem que a Câmara de Vereadores de Blumenau abriu uma CPI do Esgoto. Algumas situações motivaram o pedido de abertura da comissão, feito pelo vereador Diego Nasato (Novo). A primeira é a necessidade de uma auditoria externa para analisar a composição tarifária do serviço na rede de esgoto. As tarifas precisam ser condicionadas ao custo da operação. A população não confia mais na Agência Intermunicipal de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos Municipais do Médio Vale do Itajaí (Agir). Há uma desconfiança de forte influência política, pois o presidente atual, Paulo Costa, foi secretário da gestão Mário Hildebrandt (PL). O último reajuste foi de 16%, o que gerou reclamações. Além disso, a BRK, mesmo admitindo que a coleta de esgoto com caminhão limpa fossa é mais barata e eficiente, anunciou que pretende investir mais de R$ 300 milhões em redes subterrâneas.
Imparcialidade

O vereador de Blumenau, Diego Nasato (Novo), proponente da CPI, me disse que os trabalhos, que iniciam na próxima semana, não começarão com a premissa de que tem algo de errado. “O que se tem são fatos que precisam ser apurados”, destacou. Os trabalhos estão previstos para encerrar em quatro meses, mas, ao fim do prazo, podem ser estendidos por mais dois meses.
Lançamento da Efapi
A 22ª edição da Efapi de Chapecó, uma das maiores feiras multissetoriais do país, será lançada também em Florianópolis. O evento acontecerá no próximo dia 16, às 19h30, no hotel Majestic. De acordo com a organização, o evento, que será fechado para a imprensa e demais convidados, apresentará as novidades, os conceitos e as atrações.
Informação

Sobre o cadastro de pessoas em situação de rua, a coluna identificou que, antes da proposta apresentada pelo Governo do Estado, já havia um projeto do deputado estadual Alex Brasil (PL), que institui o Cadastro Estadual de Pessoas em Situação de Rua em Santa Catarina. A proposta visa mapear, identificar e acompanhar essa população, permitindo a formulação de políticas públicas intersetoriais mais eficazes. O texto estabelece que o cadastro será gerido por órgão estadual, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), e reunirá informações essenciais para o atendimento integral das pessoas em situação de vulnerabilidade. O Projeto de Lei nº 0227/2025 foi protocolado no dia 7 de maio de 2025.
Filiação

O ex-prefeito de Araquari, Clenilton Pereira, oficializou ontem sua filiação ao União Brasil. O ato aconteceu em Jaraguá do Sul, na residência do deputado federal Fábio Schiochet, que preside o partido no estado. Pereira conseguiu se destacar no norte do estado devido ao crescimento econômico de Araquari, por conta de grandes investimentos industriais, a exemplo da BMW. Ele é pré-candidato a deputado estadual.
Analisando

Corre nos bastidores que a deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha, que preside o Podemos no estado, estaria preocupada quanto à formação de chapa proporcional. Por isso, estaria estudando a possibilidade de disputar a reeleição para a Alesc, adiando o projeto de tentar uma vaga na Câmara dos Deputados. Por enquanto, é só uma conversa de bastidores — não há nenhuma decisão oficial.
Guabiruba

A informação divulgada ontem pelo SCemPauta, de que a nova Estação de Tratamento de Água de Guabiruba não será entregue na totalidade, provocou reações no município. Vereadores devem discutir a questão e se manifestar até a próxima semana. A previsão é que, em agosto, seja feita a entrega, mas com apenas 70% da obra concluída. Essa situação pode causar questionamentos, já que a empresa conseguiu um reajuste tarifário de 6,30%, autorizado pela contestada Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (Agir), que citei na nota sobre a CPI do Esgoto em Blumenau. Dados do Monitora Fiesc apontam que 80% das obras de saneamento no estado estão paralisadas ou com o andamento comprometido. Esse é o temor da comunidade de Guabiruba.
Politização da Defensoria?
Um suposto acordo entre alguns interlocutores da Defensoria Pública do Estado teria sido firmado com o governador Jorginho Mello (PL). De acordo com uma fonte, a promessa de apoio político pode ter motivado o projeto que aumenta o número de cargos na Defensoria Pública do Estado, sendo 30 de defensor público e mais 30 de assessor comissionado. Não está prevista a criação de cargos para servidores de carreira, técnicos ou analistas. Além disso, o relato aponta para um aumento salarial de 20%, com um impacto milionário nas contas públicas. Ao contrário da polícia e dos professores, uma fonte informou que, se aprovado, o reajuste será pago em parcela única, já a partir de agosto. Vale lembrar que tramita uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que questiona a legalidade da indenização pelo uso de veículo próprio, concedida a quase todos os defensores ativos. O valor do vale-combustível mensal estaria na casa dos R$ 5.900.
Denúncia na PF
A denúncia envolvendo suposto desvio de recursos do fundo eleitoral no PSB de Santa Catarina foi remetida pelo promotor do Ministério Público, Geovani Tramontin, à Polícia Federal. Pode ser um sinal de que os indícios apresentados são realmente fortes. Israel Rocha ainda responde pela presidência da Comissão Provisória do PSB no estado e também ocupa a Secretaria de Juventude na executiva nacional da legenda socialista. Rodrigo Bornholdt, ex-vice-prefeito de Joinville, e mais dois membros já pediram desligamento da executiva liderada por Rocha, sinal de esvaziamento político.
Casan responde
Ontem divulguei uma nota sobre as fortes críticas feitas pelo prefeito de São José, Orvino de Ávila (PSD), contra a Casan. Ele reclama que a companhia tem causado estragos no asfalto das ruas da cidade. Segue a nota:
“A CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) informa que está realizando um conjunto de obras de melhoria na rede de abastecimento de água em diversas regiões do Município de São José, com o objetivo de ampliar o acesso à água potável e modernizar o sistema de distribuição.
Ao todo, estão sendo executados mais de 8 quilômetros de novas redes, com investimentos que ultrapassam R$ 2,3 milhões, beneficiando aproximadamente 6 mil unidades consumidoras, o que representa uma população estimada de 30 mil pessoas.
Entre essas frentes de trabalho, destaca-se a obra na Rua Cecília São Piai, no Bairro Colônia Santana, onde estão sendo implantados mais de 2 mil metros de rede, com investimento superior a R$ 760 mil. Essa intervenção vai atender 1.810 unidades de forma direta ou indireta. Além disso, a obra permitirá levar água potável para quase mil moradores da região que hoje ainda não contam com abastecimento regular, suprindo uma demanda histórica e essencial para a saúde e a qualidade de vida da comunidade.
A CASAN esclarece que a Prefeitura de São José foi informada de forma preliminar sobre a necessidade dessa intervenção, mas reconhece que pode ter havido um ruído de comunicação quanto à formalização e ao cronograma da obra, especialmente diante da recente pavimentação da via. Para evitar situações semelhantes no futuro, a Companhia está revisando seus fluxos internos e ampliando a interlocução formal com a Prefeitura, de modo que as ruas que receberão intervenções na rede sejam previamente comunicadas de forma oficial e coordenada.
A CASAN reforça que segue atuando com responsabilidade e planejamento para promover o acesso à água potável em todas as regiões do município, trabalhando em parceria com o poder público e sempre priorizando o bem-estar da população josefense” – Assessoria de Comunicação da Casan
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