Lunelli declina de pré-candidatura ao governo; Suspeita em Tijucas; Ferrovias em SC em debate na China – E outros destaques
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O último nome do MDB, disposto a disputar o Governo do Estado no próximo ano, decidiu, neste final de semana, declinar de qualquer projeto na majoritária e focar na reeleição à Assembleia Legislativa. O deputado estadual Antídio Lunelli enviou uma longa manifestação sobre as razões de tirar o seu nome, mesmo aparecendo em pesquisas pontuando.
Ele lembra que, em 2022, percorreu o estado de ponta a ponta, quando renunciou à Prefeitura de Jaraguá do Sul e se colocou à disposição do partido como pré-candidato ao governo, acreditando que o MDB poderia apresentar um projeto sólido. “No entanto, na reta final, fui preterido por uma aliança com o então governador Carlos Moisés — uma decisão que, como se provou, estava fadada ao fracasso”, criticou.
Lunelli vai além em sua manifestação. Mesmo sem mencionar o nome do ex-prefeito de Joinville, Udo Döhler, que foi para a disputa com ele, vencendo a convenção, o que permitiu a Döhler ser vice na chapa de Moisés, afirma que foi traído por pessoas que, até então, considerava próximas. E que, mesmo assim, decidiu disputar uma vaga para a Assembleia Legislativa, sendo o terceiro mais votado, com 75.500 votos.
Mesmo considerando que o processo de 2022 foi desgastante, Lunelli destaca que segue contribuindo com o MDB, viajando por diversas regiões para conversar com as bases, incentivando novas lideranças a participarem do cenário eleitoral. Para ele, o foco, neste momento, deve ser a construção de nominatas fortes para a eleição proporcional, com um olhar para o futuro. “O MDB precisa se preparar para voltar a ser protagonista em Santa Catarina”, afirma.
Chama a atenção um ponto da carta, quando ele diz que, se o partido estivesse unido em torno de um projeto consistente, não hesitaria em novamente se colocar como pré-candidato ao Governo do Estado. Porém, revela que a divisão interna, que se mantém, o fez optar pela reeleição ao Parlamento e pelo fortalecimento do MDB.
Cansou
A manifestação do deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) revela um cansaço com as divisões internas em seu partido, o que não permite aos emedebistas construir um projeto próprio. Mesmo sem falar, o gesto de declinar e deixar claro que, se houvesse uma união em torno de um projeto consistente, não hesitaria em se colocar como pré-candidato, demonstra que seu desejo é ir para a disputa, mas que não será candidato de si próprio e, por conta da postura dos quadros do MDB, focará em seu projeto e em ações partidárias. Em suma, Lunelli cansou. Resta saber se esse cansaço abre possibilidades de projetos futuros em outros partidos ou se o foco será uma recondução à Alesc e, dois anos depois, tentará o retorno para a Prefeitura de Jaraguá do Sul.
Longe da esquerda
O deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) fez questão de afirmar que é totalmente contra uma aliança do MDB, na esfera nacional, com o PT, e que essa posição é compartilhada pela grande maioria dos emedebistas de Santa Catarina. Ele chega a lembrar que outros partidos, que estão no campo da direita, também ocupam espaços em Brasília, mesmo em desacordo com o posicionamento que adotam nos estados. Não é difícil entender que essa já pode ser uma vacina criada pelo emedebista, para, caso o MDB nacional indique o vice na chapa do presidente Lula (PT), aqui no estado esteja registrado o seu posicionamento contrário — até mesmo como forma de evitar que o governador Jorginho Mello (PL) se afaste de seu partido.
Na Justiça
Cerca de 600 alunos que não foram contemplados pelo Universidade Gratuita e que acabaram endividados devem entrar na Justiça para tentar suspender as dívidas, possibilitar a rematrícula, promover a alteração dos contemplados envolvidos em fraudes e o reconhecimento de propaganda enganosa e confusa por parte do Governo do Estado. A princípio, seria uma ação coletiva, mas, como não conseguiram uma entidade para representá-los, serão feitas ações individuais.
Ferrovias

Importante e ousado o movimento do governador Jorginho Mello (PL), no encontro com a China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC), de conseguir a confirmação, segundo disse o governo, de que diretores da empresa virão ao estado para discutir possíveis investimentos. A comitiva visitou a CRRC, que é uma fabricante de vagões, também para discutir o setor ferroviário. Quem sabe será possível ter alguma sinalização de investimentos nesse modal de grande importância. “Ferrovia não é uma obra a curto prazo. Mas precisamos começar. Estamos trabalhando em duas frentes: uma ferrovia que conecte nossa produção no interior diretamente aos portos e uma outra linha que acompanhe a Via Mar, criando uma alternativa logística para o Litoral”, destacou o governador.
Linhas
Também foi anunciado pelo Governo do Estado que o foco das tratativas é o desenvolvimento de vagões destinados ao transporte de mercadorias do Oeste catarinense — especialmente proteína animal e grãos — até os portos do Litoral. Além disso, o governo também avalia a criação de uma nova linha ferroviária paralela à Via Mar, corredor rodoviário que percorre toda a faixa litorânea de Santa Catarina, também ligando os quatro maiores portos do estado.
Vale lembrar

Ao contrário do que o governador Jorginho Mello (PL) anuncia, os trechos de ferrovia que ele mencionou não são uma criação do atual Governo do Estado. Vale lembrar que existe o projeto Chapecó–Correia Pinto (Corredor Oeste–Planalto), com extensão prevista de 319 km. O objetivo é conectar o Oeste ao Planalto Serrano, integrando com a malha nacional e facilitando o escoamento do agronegócio via portos. O projeto básico foi contratado em outubro de 2022, no governo de Carlos Moisés da Silva, ao valor de R$ 26 milhões, e deveria ter sido concluído em março passado. Esse projeto também terá ligação com a conhecida “Ferrovia do Frango”, pensada desde a década de 80, que iniciará em Dionísio Cerqueira, Chapecó, Correia Pinto e Itajaí, num total de 862 km de extensão.
Litorânea
Outro projeto que deve ser entregue neste ano é o da Ferrovia dos Portos Araquari–Navegantes, com extensão de 62 km, para integrar o complexo portuário de Itajaí e São Francisco do Sul à malha nacional, melhorando a logística costeira. O governador já falou desse projeto com outro grupo chinês, em 2023. O investimento estimado é de R$ 300 milhões. Apesar de os projetos já existirem antes mesmo do governo Jorginho Mello (PL), é importante reconhecer que o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, tem se movimentado para encontrar alternativas que melhorem o escoamento da produção até os portos. Há algum tempo conversamos, e ele me explicou que esse é um dos principais focos do governo.
Montadora

Uma articulação liderada por deputados estaduais catarinenses fortaleceu as negociações para a possível instalação da montadora chinesa de veículos elétricos JMEV em Santa Catarina. Ontem, em Pequim, na China, a comitiva parlamentar se reuniu com executivos da empresa e consolidou o diálogo institucional que poderá resultar em um investimento estratégico para o estado. Coube aos parlamentares promover a aproximação com a empresa, facilitando o contato com o Governo do Estado e abrindo caminho para futuras tratativas oficiais. O encontro foi considerado um passo decisivo para o avanço do projeto.
Quinto
Corre a informação de que o edital da OAB para o quinto constitucional deverá ser publicado na próxima segunda-feira (30). Há uma grande expectativa no meio da advocacia em relação à disputa pela próxima vaga ao Tribunal de Justiça.
Rumores
Aumentam os rumores de que Paulinho Bornhausen poderá deixar o comando da Secretaria de Articulação Internacional. Conforme a coluna adiantou na semana passada, após as críticas do ex-governador Jorge Bornhausen ao governo Jorginho Mello (PL), o clima ficou “estranho”, conforme relatou uma fonte. Paulinho aderiu ao governo prometendo levar seu pai a apoiar o projeto de reeleição de Jorginho, porém, Jorge Bornhausen anunciou apoio ao pré-candidato a governador João Rodrigues (PSD).
Suspeita em Tijucas
O edital de um pregão eletrônico, lançado pelo Samae de Tijucas, recebeu impugnações formais protocoladas por duas empresas e um advogado especializado. Os questionamentos foram encaminhados à comissão de licitação, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, alegando supostas irregularidades e exigências ilegais no processo. Entre os apontamentos estão a vedação genérica à participação de consórcios, aglutinação de serviços distintos em um único lote, exigências excessivas e falta de clareza sobre pontos técnicos e operacionais. Os impugnantes alegam que tais restrições comprometem a competitividade e violam a Lei nº 14.133/2021, além de princípios como legalidade e isonomia.
Citada em operação
A denúncia aponta que a empresa Água Forte Saneamento Ambiental Ltda., vencedora da licitação promovida pelo Samae de Tijucas, foi mencionada nas fases iniciais da Operação Sevandija, que investigou empresas acusadas de irregularidades em contratos públicos em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Ela foi citada pelo Ministério Público de São Paulo por suposto envolvimento em fraudes que somam R$ 203 milhões, no caso em que o Grupo Aegea teria repassado propina a agentes públicos. A Água Forte também atuou em municípios como Itu (SP) e Parnaíba (PI), onde enfrentou críticas de vereadores e da imprensa local, além de ter contratos firmados por meio de decretos emergenciais. Os pedidos de impugnação destacam ainda a exigência de equipamentos específicos sem justificativa técnica.
Mutirão
O terceiro Mutirão de Limpeza marcou, no sábado (21), o encerramento das ações do programa “Criciúma, quem ama cuida” no distrito do Rio Maina. A mobilização, realizada no entorno do Parque dos Imigrantes, envolveu gestores, servidores públicos e voluntários, resultando no recolhimento de mais de 50 caminhões de resíduos, como entulhos, móveis, pneus, lixo eletrônico e restos vegetais. Coordenada pela Diretoria de Meio Ambiente (Dmacri), a iniciativa teve como foco envolver a comunidade na preservação dos espaços públicos. “Cuidar da cidade é estar presente, ouvir e agir”, destacou o prefeito Vagner Espíndola (PSD).
Exame de Ordem
O presidente estadual da OAB, Juliano Mandelli, se posicionou sobre a prova nacional para ingresso na Ordem, que gerou uma polêmica nacional por exigir a redação de uma peça prática de Direito do Trabalho que não é consenso. O dirigente explicou que as seccionais não participam do processo e não têm ingerência sobre a prova. “Mas garantimos que a OAB/SC não é indiferente, está acompanhando o caso, homologado com a OAB nacional, e que a Fundação Getulio Vargas, realizadora do certame, já foi cobrada”, afirmou. O assunto está em análise pela Coordenação Nacional do Exame de Ordem e pela FGV.
Pesar
A coluna se solidariza com as vítimas da terrível tragédia com um balão em Praia Grande. É um momento de dor para todos nós aqui do estado. Que Leandro Luzzi, 33 anos; Andrei Gabriel de Melo, 34 anos; Leane Elizabeth Herrmann, 70 anos; Janaina Moreira Soares da Rocha, 46 anos; Everaldo da Rocha, 53 anos; Juliane Jacinta Sawicki, 36 anos; Leise Herrmann Parizotto, 37 anos; e Fabio Luiz Izycki, 42 anos tenham o descanso eterno. E que as famílias sejam acolhidas e respeitadas, inclusive com uma conclusão clara do que ocorreu e se houve responsabilidade — e de quem — pelo acontecimento.
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