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Abin paralela teria tentado tirar o foco de investigação contra Renan – Imagem: Rede Social

O vereador de Balneário Camboriú e pré-candidato a deputado federal, Renan Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi o foco de uma operação clandestina conduzida por uma estrutura paralela dentro da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), com o objetivo de blindá-lo em uma investigação da Polícia Federal. A ação faz parte do que ficou conhecido como “ABIN paralela”, estrutura montada, segundo a PF, durante o governo Bolsonaro para atender a interesses pessoais e políticos do núcleo do poder. A conclusão consta na Sindicância Investigativa nº 09/2023, da Corregedoria-Geral da própria agência.

A investigação da PF apurava a suspeita de que Renan teria recebido um veículo elétrico de empresários da empresa Gramazini como forma de pagamento por supostamente intermediar interesses junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional. Para tentar interferir na apuração, a ABIN mobilizou policiais federais cedidos ao órgão para uma diligência clandestina, com o apoio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Palácio do Planalto, então comandado pelo general Augusto Heleno.

A ação teve como alvo Allan Gustavo Lucena do Norte, ex-sócio de Renan, e buscava atribuir a posse do veículo a ele, retirando assim Renan Bolsonaro do centro das investigações. No dia 16 de março de 2021, o policial federal Luiz Felipe Barros Felix, que executava a vigilância clandestina, foi flagrado por Allan, que acionou a Polícia Militar. Ao ser abordado, o policial fugiu, e o caso foi registrado na Polícia Civil do Distrito Federal.

Veículo que supostamente teria sido usado por Renan – Imagem: Inquérito da PF

Mesmo com o esforço para redirecionar o foco da investigação, a Polícia Federal descartou a ligação entre Allan e o veículo, o que expôs a inutilidade da ação articulada pela ABIN para blindar Renan Bolsonaro. Ainda assim, foi produzido o Relatório de Inteligência nº 071/2021, considerado tecnicamente frágil, “pobre de conteúdo” e “desnecessário” por analistas da própria agência. Após sua inclusão no sistema interno, houve tentativas de restringir ou apagar o documento, e ele acabou sendo excluído, possivelmente para evitar exposição da operação.

A sindicância apontou que a estrutura paralela atuava fora das normas institucionais da ABIN, com ordens diretas de Alexandre Ramagem, então diretor-geral, e sem participação de servidores de carreira. Documentos e depoimentos indicam que o objetivo era proteger Renan Bolsonaro e evitar danos políticos à imagem do então presidente Jair Bolsonaro. Há registros que mostram preocupação interna com a possibilidade de “produção de matérias jornalísticas negativas” envolvendo o filho do ex-presidente.

A versão apresentada por Ramagem, de que a operação visava à segurança pessoal de Renan, foi refutada pelos próprios fatos apurados. A sindicância concluiu que não havia qualquer ameaça concreta, e que o aparato da ABIN foi usado para blindar politicamente Renan Bolsonaro, em desvio claro de finalidade.

Contraponto

Foi tentado contato com o vereador Renan Bolsonaro, porém ele não respondeu.