Os três Rodrigos

De lideranças emergentes e esperança de renovação na política joinvilense, os três Rodrigos estão sem mandato. As derrotas do passado irão impedir que disputem em 2026? Ex-vice-prefeito de Udo Döhler e ex-deputado federal Rodrigo Coelho já decidiu tentar retornar à Brasília, mas ainda não definiu o partido. Advogado previdenciário, trabalha no escritório de advocacia da família em Joinville. Ex-vice-prefeito de Marco Tebaldi, Rodrigo Bornholdt garante que continuará no PSB e que não descarta concorrer à Câmara Federal no próximo ano. Administrador do escritório de advocacia da família fundado por seu pai, o ex-secretário da fazenda Max Bornholdt, Rodrigo foi candidato nas últimas eleições, inclusive para prefeito. Rodrigo Fachini (MDB) foi vereador e presidente da Câmara e não conseguiu se eleger deputado estadual em 2022 e também não descarta tentar novamente. outros dois Rodrigos, Fachini também está trabalhando na iniciativa privada.
Eleição definida no PT

Pertencente à corrente majoritária do partido em Joinville, a atual vice-presidente do diretório Antônio Grigol deve ser eleita em chapa única à presidente do PT. No último final de semana, em evento para filiados, ela recebeu o apoio oficial da vereadora Vanessa Rosa e do ex-presidente Marquinhos Fernandes. Vanessa é esposa de Carlito Merss e Marquinhos, um dos melhores amigos do ex-prefeito, que continua sendo a maior liderança petista de Joinville.
Vontade de voltar

Na semana passada, durante a presença do ministro Fernando Haddad na comissão de Finanças da Câmara Federal, a transmissão da TV Câmara flagrou Carlito Merss (PT) na bancada ao lado dos deputados, logo atrás de Nikolas Ferreira (PL). Perguntado pela coluna, o ex-prefeito de Joinville confessou que “deu vontade de voltar”. Ele foi deputado federal e relator do orçamento no governo Lula II. Deve ser candidato a deputado federal pelo PT. Hoje é diretor do Sebrae nacional em Brasília.
A importância das emendas
Em levantamento divulgado pelo jornalista Jefferson Saavedra, em seu primeiro mandato o prefeito Adriano Silva recebeu R$ 152 milhões em emendas parlamentares. Não estão na lista as emendas encaminhadas diretamente às entidades. É uma média de 38 milhões em cada ano. Neste período, Joinville contava com três deputados federais. Nos dois primeiros anos do segundo mandato, ele conta com um federal (Criciúma tem cinco) e a senadora Ivete Appel da Silveira, até hoje responsável pelo maior valor de uma emenda à prefeitura (quase R$ 17 milhões. Por esta razão, Adriano Silva tem insistido no aumento da representação de Joinville. De olho nas futuraS emendas, por certo.
Segunda maior empregadora do Estado
A Prefeitura de Joinville é a segunda maior empregadora de Santa Catarina, só perdendo para o Governo do Estado. Relatório divulgado na audiência pública sobre a reforma administrativa na Câmara de Vereadores revelou que estão na folha de pagamento da prefeitura de Joinville 14.310 servidores, incluindo 2.142 temporários. Os comissionados são 546, mas a maioria é de efetivos. Não foi divulgado o número de terceirizados, a maioria deles na secretaria da saúde. A segunda maior empregadora de Joinville é a Tupy, que segundo relatórios de 2024 contava com 5 mil a 5,5 funcionários, mesmo com processo avançado de automação no setor de blocos de motores.
Absurdo
Santa Catarina é considerado reduto bolsonarista por ser um Estado conservador, onde a esquerda jamais governou, mas não é um reduto da Família Bolsonaro. O chefe do clã deve ter pensado: indiquei um desconhecido com sotaque carioca para senador e ele se elegeu; o mais inexpressivo dos filhos (o 04) também foi o vereador mais votado em Balneário Camboriú e dois anos depois vai concorrer a deputado federal. Agora exige que o filho Carlos (vereador de vários mandatos no Rio de Janeiro) seja candidato a senador por Santa Catarina. Um absurdo. Com a palavra o governador Jorginho Mello.
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