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O governador Jorginho Mello (PL) está disposto a tudo para conseguir levar o PSD para a sua aliança. Isso passa, até mesmo, pela queda de um aliado do cargo de senador, no caso, Jorge Seif Júnior (PL).

A leitura feita pelo núcleo duro do governador é que a vaga de Seif pode fortalecer o projeto de reeleição, pois, ao invés de três vagas na majoritária para oferecer, Jorginho passaria a ter mais uma, caso haja a cassação do senador liberal e a decisão pela realização de uma eleição suplementar ao Senado.

Os movimentos do governador foram em duas frentes. A primeira, já contada pela coluna, foi na visita que Jorginho, acompanhado do secretário de Articulação Internacional, Paulinho Bornhausen, fez ao presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Sem qualquer relação de amizade com Kassab, o governador pediu para jantar, pois queria conversar sobre Santa Catarina. Durante a conversa, falou de seu governo, apresentou números e disse que o projeto pode continuar por mais quatro anos tendo o PSD como aliado. Para isso, ofereceu Bornhausen, que está licenciado do PSD, para disputar a eleição suplementar ao Senado com o seu apoio, caso Seif perca o mandato. A ideia do governador era convencer Kassab de que estaria dando um senador para o pessedista, mas, em troca, teria que ter o apoio do partido.

O jantar acabou sendo indigesto, pois Jorginho ouviu de Kassab que o PSD terá candidato em Santa Catarina, no caso, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, e que a direção nacional não passará por cima da decisão estadual, a qual havia sido confirmada em um encontro dias antes, também em São Paulo, com o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, com o presidente estadual do PSD, Eron Giordani, e o presidente de honra do partido, Jorge Bornhausen.

Mesmo assim, o segundo movimento já estava sendo feito. Pessoas próximas ao governador foram a Brasília conversar com o ministro Alexandre de Moraes e se manifestaram favoráveis à cassação de Seif. Esse núcleo, que tem amplo conhecimento jurídico, entende que, havendo a cassação, a jurisprudência atual determina uma nova eleição. Portanto, para Jorginho, seria a tempestade perfeita, e o grupo foi à capital federal fazer uma firme defesa da cassação.

Vale lembrar que, no dia 10 de abril, a coluna divulgou um áudio em que o hoje secretário adjunto de Estado da Comunicação, Nathan Neumann, deixa a entender que o sentimento do governador é que haja uma nova eleição, pois facilitaria a acomodação para o Senado.

Porém

Vale informar que, apesar da crença e da torcida do grupo ligado ao governador Jorginho Mello (PL) de que haja nova eleição ao Senado, caso Jorge Seif Júnior (PL) seja cassado, também há uma boa possibilidade de assumir o segundo colocado, que, no caso, seria o ex-governador Raimundo Colombo (PSD). Essa situação somente se resolverá se houver a cassação.

Composição 1

O grupo do governador Jorginho Mello (PL) estava atento a uma possível mudança na formação do Tribunal Superior Eleitoral, quando foram conversar com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Acontece que os ministros do TSE, André Ramos Tavares e Floriano Marques, são muito ligados a Moraes. Vale lembrar que Marques é o relator do processo contra Seif. Se forem reconduzidos, os emissários do governador entendem que, se Moraes concordou com a tese apresentada, poderá ter alguma influência no julgamento de Seif pela cassação.

Composição 2

Acontece que somente um, entre André Ramos Tavares e Floriano Marques, tem chance de voltar para mais um mandato no TSE. Acontece que a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, enviou duas listas para a Presidência da República: uma só com homens e outra formada por mulheres. Em Brasília, é dito que Floriano é o favorito e que deverá ser reconduzido. E, da lista das mulheres, Vera Lúcia Araújo, ligada à defesa dos direitos humanos e das minorias.

Missão

O governador Jorginho Mello (PL) liderará uma missão oficial à Ásia entre os dias 13 e 25 de junho, com agendas em Tóquio e Aomori, no Japão, e em Pequim e Harbin, na China. A comitiva contará com representantes das principais entidades do setor produtivo de Santa Catarina, incluindo indústria, agronegócio, comércio, tecnologia e turismo. A viagem incluirá reuniões com embaixadas, autoridades sanitárias e eventos institucionais como o SC Day, que será realizado em Tóquio e Pequim.

Sanidade

Antes da viagem, na próxima quarta-feira (04), o governador Jorginho Mello (PL) estará em Brasília para visitas oficiais às embaixadas da China, União Europeia, México, Japão e Coreia do Sul. O foco das reuniões será a atuação do Estado na prevenção e controle sanitário, com destaque para as ações contra a Gripe Aviária, visando impedir a entrada da doença em território catarinense. Na Embaixada do Japão, o governador fará um agradecimento formal pela atualização das regras sanitárias do país, que permitem a continuidade das importações de carne de frango de Santa Catarina. Já a visita à embaixada da China servirá para antecipar pautas e alinhar agendas que serão tratadas durante a missão oficial.

Desafio

A secretária de Estado da Educação, Luciane Ceretta, assumiu há poucos dias e ainda está se inteirando da realidade do setor, porém, já terá que enfrentar uma série de questionamentos sobre o programa Universidade Gratuita, uma das principais bandeiras do governador Jorginho Mello (PL). São inúmeras críticas de estudantes e pais sobre a dificuldade para acessar o programa, o que pode ter como pano de fundo a falta de recursos. O fato é que o sentimento de frustração é enorme em todo o estado. Luciane terá que lidar com um cenário complexo na educação estadual, marcada por escolas com infraestrutura precária, ausência de ar-condicionado, entre outras carências.

Problemas

Os problemas ocasionados pela dificuldade de acesso ao programa Universidade Gratuita começam a gerar questionamentos. Se, quando foi anunciado, foi visto como uma importante iniciativa para quem desejava fazer uma graduação, agora, os inúmeros problemas, a dificuldade de acesso e os critérios para adesão, que têm endividado pais e estudantes — pois precisam se matricular nas universidades para concorrer —, têm feito com que lideranças e a própria sociedade perguntem se o governo terá que ampliar os investimentos para tornar o programa efetivo, ou se o momento seria para repensar os investimentos na educação básica, que tem apresentado resultados ruins, e no ensino médio técnico. Com a palavra, o governo.

Aeroporto

Mesmo com o fim da temporada de verão, o número de passageiros internacionais no aeroporto de Florianópolis continua batendo recorde. O mês de abril registrou uma alta de 79% em relação ao mesmo mês do ano passado, com 74,3 mil passageiros — o melhor número da história. No acumulado do ano, a alta foi de 67,8% em relação ao mesmo período do ano passado, com 626,2 mil passageiros. O número já representa 70% de todo o movimento de 2024. Os dados foram apurados pela Gerência de Aeroportos da Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias, chefiada por Beto Martins, junto à Agência Nacional de Aviação (Anac).

Cargas

O setor de cargas internacionais também registrou números históricos. No mês de abril, foram 536,8 toneladas, o que representa uma alta de 143,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, já são 2,3 mil toneladas — 75,6% a mais do que nos primeiros quatro meses de 2024. Toda a movimentação de cargas e passageiros internacionais foi pelo Aeroporto de Florianópolis.

Encontro

Na visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Itajaí, na semana passada, ele se encontrou com as lideranças petistas no estado, incluindo o deputado estadual Fabiano da Luz. O parlamentar tem se destacado nas redes sociais como um dos maiores defensores do governo Lula, ao mesmo tempo que se coloca como opositor ao governo Jorginho Mello (PL), muitas vezes rebatendo informações divulgadas pelo Estado, usando o bom humor em vídeos que têm viralizado nas redes. Até ministros começaram a acompanhar os vídeos e já mostraram para o presidente, que comentou com Fabiano. O vídeo em que Fabiano contracena com ele mesmo, falando da visita de Lula, conseguiu 32 mil curtidas, mais de 6 mil compartilhamentos e 700 mil visualizações em uma única postagem. Fabiano é cotado para presidir o PT no estado.

Servidores do IMA

A Associação dos Servidores do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (ASSIMA) promove, nesta próxima quinta-feira (05), o 1º Seminário Carreira Pública e Meio Ambiente, com o tema “Perspectivas Futuras para Construção de um Órgão Ambiental de Excelência em Santa Catarina”. O encontro ocorre no Eco Hotel Oceanomare, em Florianópolis, e está aberto a servidores do IMA, profissionais da área ambiental, representantes de instituições públicas e entidades da sociedade civil. A ideia é dar continuidade à construção do Plano Estratégico de Carreira (PEC) da categoria. Em comemoração aos 50 anos do órgão, a programação do seminário inclui palestras com especialistas e uma oficina de planejamento estratégico exclusiva para os servidores do IMA.

Carreira

A ideia da organização é subsidiar coletivamente as diretrizes do plano de ação para a valorização da carreira dos servidores do Instituto do Meio Ambiente. “O seminário será um espaço de escuta ativa e articulação entre os diversos atores que atuam na área ambiental. Ao final do evento, teremos elementos fundamentais para orientar a nossa Associação e os nossos servidores na construção de uma carreira sólida e de um órgão ambiental de excelência”, ressalta o presidente da Assima, Bruno Sodré.

WhatsApp nas urnas

O jornalista e especialista em comunicação estratégica João Paulo Borges, mais conhecido como JP do Whats, lança seu aguardado livro “Comunicação Estratégica no WhatsApp: como influenciar, vender e eleger”. A obra, prefaciada por Marcelo Vitorino, revela os bastidores de estratégias que transformaram conversas em votos em campanhas por todo o Brasil. JP, que coordenou a mobilização digital via WhatsApp da bem-sucedida campanha de reeleição do governador Mauro Mendes, no Mato Grosso, em 2022, compartilha técnicas, insights e o método que criou para impactar eleitores de forma direta e personalizada. É leitura obrigatória para quem quer entender como o WhatsApp virou protagonista da política moderna.

Contra o IOF

A Fecomércio manifestou seu apoio às iniciativas do Congresso Nacional voltadas à derrubada do decreto presidencial que reajustou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “Ressaltamos que a medida do Executivo foi adotada de forma equivocada e unilateral, sem qualquer diálogo com os setores produtivos — justamente os mais impactados por mais esse aumento na carga tributária”, diz a entidade. Para a federação, a elevação do IOF penaliza duramente os setores do comércio, dos serviços e do turismo, ao encarecer o crédito, que já enfrenta severas restrições em função dos elevados níveis da taxa de juros brasileira.