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O chefe da Casa Civil, Kennedy Nunes, e alguns deputados estaduais da bancada do Partido Liberal estão vivendo uma guerra fria. Não foi o primeiro, nem o segundo parlamentar que, na condição de anonimato, procurou a coluna para externar a insatisfação com o que chamam de “excesso de exposição” do secretário.

Há um claro entendimento desses parlamentares de que Nunes está usando o poder e a visibilidade do cargo para construir um projeto eleitoral para o próximo ano. Os vídeos do secretário são apontados como autopropaganda e, segundo um dos deputados, Kennedy quer aparecer mais que o governador Jorginho Mello (PL).

Além disso, um dos parlamentares relatou que, ontem, na Alesc, correu nos bastidores que o chefe da Casa Civil teria pedido à Secretaria de Estado da Fazenda para retaliar os deputados Sargento Lima (PL) e Tiago Zilli (MDB), segurando as emendas, por conta da votação de ambos a favor de mudar o calendário de pagamento do reajuste concedido aos policiais militares. “Ficamos sabendo porque um servidor da Fazenda vazou a informação”, relatou um parlamentar. Vale lembrar que, há alguns dias, o deputado estadual Sérgio Guimarães (UB) reclamou da resposta do secretário quando foi questionado sobre o não pagamento de emendas.

Procurado, Kennedy me disse que entende com tranquilidade a situação, mas repetiu que não será candidato na eleição do próximo ano. “É um compromisso que tenho com o governador”, afirmou. Além disso, negou qualquer pedido para trancar emendas e completou dizendo que todos os pagamentos estão seguindo o fluxo normal. “Os deputados estão percebendo que passar emendas para as prefeituras é muito mais fácil do que para as entidades. Porque, para as prefeituras, elas saem mais rápido; para as entidades, elas seguem o fluxo normal, o que, muitas vezes, depende não só de um parecer da secretaria do mérito. Tem entidades que recebem emendas de vários deputados. E daí, quando alguma não presta contas ou tem alguma exigência, aí tranca a dos outros deputados todos”, explicou.

Quanto à reclamação de que está aparecendo demais, Kennedy já chegou a afirmar que é jornalista e que, por isso, é midiático. Porém, completou afirmando que “tem gente que não entende que um governo é muito maior do que decisões ou desejos pessoais”.

Encruzilhada

A deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha (Podemos) poderá ter um grande problema a resolver nos próximos meses. Acontece que, se a incorporação de seu partido ao PSDB for confirmada, ela perderá força, pois o comando estadual tende a ficar com o deputado estadual Marcos Vieira. Até aí, não tem novidade, já escrevi sobre isso. A questão é que Paulinha se alinhou ao governador Jorginho Mello (PL). Ele ofereceu espaços e ajuda no fortalecimento do Podemos, sem contar que o partido está em vias de ser abocanhado pelos tucanos, que não têm simpatia pela ideia de se juntar ao seu governo. O que Paulinha fará?

Outro espaço

Caso a deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha, decida deixar o partido por causa da incorporação ao PSDB, ela terá dificuldade de se encontrar. Aliada ao governador Jorginho Mello (PL), a deputada não pode ir para o Partido Liberal, pois é considerada de centro-esquerda, dada a sua história no PDT, e tampouco para o Republicanos. Progressistas e União Brasil até seriam boas possibilidades para ela, porém são partidos que poderão não estar com Jorginho na eleição.

Turismo

O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), acompanhará a comitiva liderada pelo governador Jorginho Mello (PL) aos Estados Unidos. Há poucos dias, o prefeito esteve em Portugal e agora embarca junto com o governo, em meio a atrasos de pagamentos a fornecedores da prefeitura, crise respiratória e também com problemas na base de seu governo. A ida de um servidor também causou um mal-estar entre alguns dos principais secretários de Topázio.

Reitora é criticada

Ontem, informei que o nome preferido do governador Jorginho Mello (PL) para assumir a Secretaria de Estado da Educação é o da presidente da Acafe, a reitora Luciane Ceretta. Após o anúncio, recebi algumas críticas ao fato de que ela há pouco foi reeleita e que, se sair do cargo, deixará a Unesc com uma dívida milionária. Além disso, também correu a informação de que Ceretta ficaria apenas um ano no cargo de secretária e que a ideia do governador é dar espaço para que ela ganhe musculatura para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa pelo Podemos. Desde uma missão aos Emirados Árabes Unidos, a relação entre Jorginho e a reitora se tornou muito estreita, tanto que não é a primeira vez que o nome dela é lembrado para assumir como secretária.

Ceretta nega

Através de nota, a presidente da Acafe, Luciane Ceretta, informou que não será candidata a nada no próximo ano. Através de sua assessoria, chegou a dizer que, se preciso, vai declarar em cartório a negativa a uma candidatura. Em relação ao cargo de secretária no governo Jorginho Mello (PL), ela voltou a afirmar que não foi convidada, porém, caso seja, deixou em aberto a possibilidade de conversar com o grupo que apoiou sua reeleição na Unesc e na Acafe para saber se aceita ou não.

Dívida

Quanto à dívida milionária da Unesc, a reitora Luciane Ceretta informou: “A dívida mencionada corresponde a um passivo histórico da Universidade, herdado de gestões anteriores. Nos últimos anos, a Unesc tem avançado de forma consistente, com crescimento sustentável e amortização progressiva dessa dívida. Todas as contas da instituição são aprovadas regularmente pelos seus conselhos e contam, inclusive, com o aval do Ministério Público. Paralelamente ao equilíbrio fiscal, a Unesc vive um dos períodos mais transformadores de sua história recente. Foram mais de R$ 65 milhões investidos em infraestrutura”, informou.

Disputa no PT

A deputada estadual Luciane Carminatti também vai colocar o nome para disputar a presidência do PT de Santa Catarina. A inscrição deve ocorrer hoje. Caso consiga o cargo, ela é um forte nome para ser candidata a deputada federal no próximo ano. Porém, uma derrota prejudica o caminho da petista, que no ano passado foi vice de Pedro Uczai na disputa à Prefeitura de Chapecó, em uma campanha que não teve um bom resultado. Ambos perderam para João Rodrigues (PSD), que obteve uma vitória acachapante, com 83% dos votos. Além disso, a deputada vai ter que buscar votos fora do seu domicílio eleitoral. O PT de Chapecó, terra de Carminatti, não tem poder de voto para a presidência petista, por não ser um diretório. É de lá também tem outro candidato à presidência do PT, Padre Pedro Baldissera.

Disputa nacional

O deputado federal Rui Falcão estará em Florianópolis amanhã para fazer o lançamento de sua campanha à presidência nacional do PT. O evento será às 14h, na Rua Fernando Machado, 203. O processo de eleição direta ocorre no dia 6 de julho e vai definir as diretorias municipais, estaduais e nacional do partido. Falcão já conta com o apoio de diversos deputados federais e de dois ex-presidentes do partido — José Genoíno e Olívio Dutra —, além de deputados estaduais, membros do diretório nacional, lideranças sindicais, de movimentos populares e da juventude. Aqui no estado, ele é apoiado pela deputada estadual Luciane Carminatti e pelo deputado federal Pedro Uczai, entre outras lideranças.

Estágio

A Escola do Legislativo inicia, na próxima segunda-feira (12), a 9ª edição do programa Estágio Visita na Assembleia Legislativa. O evento abre oportunidades para universitários participarem do cotidiano da Alesc em uma semana de atividades regulares, em contato com deputadas e deputados, acompanhando reuniões plenárias e das principais comissões técnicas. O chamado letramento político ainda inclui palestras e noções sobre o processo legislativo, com uma oficina em que os universitários formatam propostas de interesse de suas áreas de atuação, que podem se tornar projetos para tramitar na casa legislativa. As inscrições para o Estágio Visita são feitas a partir de indicações dos gabinetes parlamentares. Esta é a primeira edição em que o programa conta com o número máximo de 80 participantes.

Licitação suspensa

Por decisão do conselheiro Luiz Eduardo Cherem, o Tribunal de Contas determinou a suspensão imediata do Edital de Concorrência Pública da Prefeitura de Araranguá, que previa a concessão de serviços funerários a quatro empresas. A medida cautelar foi motivada por uma denúncia que apontou falhas, como inconsistências na memória de cálculo dos valores praticados, divergências entre decretos municipais, ausência de critérios técnicos claros para qualificação das empresas e a não publicação integral do edital no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP). O TCE entendeu que os indícios comprometeriam a transparência e a legalidade do certame, além de poderem gerar desequilíbrio econômico-financeiro para futuros concessionários.

Revisão no edital

A Diretoria de Licitações e Contratações do TCE considerou a denúncia contra a Prefeitura de Araranguá procedente e recomendou a concessão da medida cautelar, acatada pelo conselheiro relator Luiz Eduardo Cherem. O prefeito César Cesa (MDB) terá prazo para se manifestar e promover ajustes no edital, sob pena de sanções.

Energia

O Governo do Estado e a Celesc entregaram a ampliação da Subestação Otacílio Costa e 9,2 milhas de rede trifásica na comunidade de Águas Paradas. A entrega simbólica ocorreu durante a apresentação do programa SC Levada a Sério – Prestando Contas, em Lages, para prefeitos e lideranças da Amures. A ampliação da subestação Otacílio Costa faz parte do Plano de Investimentos 2023-2026 da Celesc e consiste na substituição do transformador antigo de 9 MVA (69/23 kV) por um novo de 16,67 MVA (138/23 kV), ampliando a capacidade de transformação da subestação em 85%. O investimento total foi de R$ 9,95 milhões.