Governo Federal lança segunda edição do Enem dos concursos e autoriza convocação de 4,3 mil aprovados

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (28/4), detalhes da 2ª edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Na sexta-feira (25), foi publicada a Portaria nº 3.114 autorizando 16 órgãos e entidades federais a nomearem os candidatos aprovados em cargos que não têm o curso de formação inicial como etapa do certame. Caberá a cada órgão fazer a nomeação e dar posse aos novos servidores.
A expectativa é que as primeiras nomeações sejam publicadas em maio. As vagas com provimento autorizado são para os cargos de nível médio e também os de nível superior dos oito blocos temáticos. Entre eles estão os de analistas, técnicos, especialistas e pesquisadores, em áreas como administração, educação, estatística, engenharia, comunicação, tecnologia e políticas públicas.
A segunda edição do CPNU, anunciada nesta segunda-feira, vai ofertar 3.352 vagas, no total (sendo 2.844 para nível superior e 508 para nível intermediário). Serão 2.180 vagas imediatas e 1.172 vagas para provimento no curto prazo após a homologação dos resultados. As vagas estão distribuídas em 35 órgãos.
Os cargos serão agrupados em 9 blocos temáticos, com a mesma sistemática de inscrição para diferentes cargos dentro do mesmo bloco, com definição de lista de preferência.
O concurso vai focar mais uma vez na democratização do acesso ao serviço público, com a aplicação das provas em 228 locais, em todo o Brasil.
O que muda no CPNU2?
No CPNU 2 haverá dois dias de aplicação de provas. O primeiro dia, previsto para 5 de outubro, será dedicado somente à aplicação das provas objetivas, para todos os candidatos e candidatas inscritos.
Já no segundo dia de provas, previsto para 7 de dezembro, serão realizadas as provas discursivas. Dessa vez, no entanto, somente os candidatos habilitados na 1ª fase e convocados para essa segunda fase do concurso, realizarão as provas.
A convocação para a segunda fase contemplará os candidatos aprovados em até 9 vezes o número de vagas de cada cargo, tanto para ampla concorrência quanto para vagas reservadas.
Exemplo: em um cargo com 100 vagas no total
75 vagas ampla concorrência = 9 x 75
20 vagas pessoas negras = 9 x 20
5 vagas pessoas com deficiência = 9 x 5
Outra mudança, que visa reforçar a segurança do certame, é que haverá um código de barras para identificação individual do candidato em todas as páginas das provas.
Principais cargos e vagas
A segunda edição do CPNU irá selecionar servidores para as duas novas carreiras transversais do governo federal, geridas pelo MGI: a carreira de Analista Técnico de Justiça e Defesa (250 vagas) e a carreira de Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (250 vagas).
A primeira carreira é destinada a órgãos como o Ministério da Defesa, o Ministério da Justiça e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), suprindo uma lacuna nas áreas administrativa e estratégica desses ministérios, que até então não contavam com uma carreira própria além das funções finalísticas, como as das Forças Armadas ou das polícias vinculadas ao Ministério da Justiça.
Já a carreira de Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico foi criada para fortalecer a atuação em temas relacionados ao desenvolvimento regional, agrário e econômico. A proposta é reunir profissionais de diferentes formações, com foco em políticas públicas de desenvolvimento, e atuação transversal em diversos órgãos da administração.
Outro reforço importante para a Administração Pública Federal é a abertura de vagas para 1000 Analistas Técnico Administrativos (ATA), que serão distribuídos para atuação em diversos órgãos, com provimento no curto prazo após a homologação dos resultados. A distribuição desses profissionais seguirá a metodologia do Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT) que está em andamento. Por meio do DFT, o governo avalia qual serviço o Estado precisa entregar e quantos e quais servidores são necessários para fazer isso.
Nove agências reguladoras também terão seus quadros reforçados, entre elas a Agência Nacional de Mineração (ANM). No total, serão ofertadas para as agências 60 vagas de nível superior e 340 de nível médio.
A diversidade regional de vagas também está presente nesta edição do CPNU 2. Estão previstas para o Rio de Janeiro: 315 vagas (INTO, INC, INCA e Biblioteca Nacional, entre outros órgãos), São Paulo: 65 vagas (Fundacentro), Pará: 66 vagas (Instituto Evandro Chagas e Centro Nacional de Primatas) e Pernambuco: 20 vagas (Fundação Joaquim Nabuco). As demais vagas são para órgãos com sede em Brasília.
Veja a tabela completa de cargos e órgãos do CPNU 2.
Cronograma previsto
Confira abaixo as datas previstas para o CPNU 2:
Edital e inscrições: Julho/25
Prova objetiva: 05/10/25
Prova discursiva para os habilitados na 1ª fase: 07/12/25
Divulgação dos resultados: fevereiro/26
Veja mais postagens desse autor