O PSDB, partido que já presidiu o Brasil e foi protagonista na polarização contra o PT, enfrenta atualmente um momento delicado. Com dificuldades de atingir o coeficiente eleitoral mínimo exigido pela legislação para se manter ativo nas eleições, o partido corre o risco de extinção. Para evitar esse cenário, o PSDB está negociando uma fusão com o Podemos, uma estratégia que pode garantir sua continuidade no cenário político.

É importante diferenciar fusão de federação partidária. A fusão ocorre quando dois ou mais partidos se unem formando uma nova entidade, extinguindo suas siglas originais e criando uma nova legenda. Já a federação é uma união de partidos que permanecem com suas identidades, mas atuam de forma conjunta em determinadas eleições, compartilhando recursos e coligações, sem perder sua autonomia.

Segundo a Lei nº 13.165/2015, que trata do sistema eleitoral e das regras partidárias, para que um partido não seja extinto por não atingir o mínimo de representação, é necessário que ele cumpra o coeficiente eleitoral, que é calculado com base na votação total recebida nas eleições proporcionais. Caso o partido não alcance esse coeficiente, ele pode ser extinto a chamada e temida cláusula barreira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Diante desse cenário, a fusão com o Podemos pode ser uma estratégia para ampliar a base de apoio e garantir o cumprimento dos requisitos legais, evitando a extinção do PSDB, o partido perdeu recentemente grandes lideranças que migraram para o PSD. Essa movimentação também reflete a busca por manter uma presença relevante nas disputas eleitorais, mesmo em tempos de forte polarização e mudanças no cenário político.

A situação ainda está em fase de negociações, mas o que fica claro é que os partidos estão cada vez mais atentos às regras eleitorais e às estratégias necessárias para sobreviver e atuar de forma efetiva nas próximas eleições