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O levante no Progressistas segue com novos capítulos. De um lado, os deputados estaduais devem conseguir mais assinaturas de prefeitos, vices e vereadores que já demonstraram interesse em apoiar o abaixo-assinado em prol de uma convenção estadual; de outro, lideranças como o presidente interino, Leodegar Tiskoski, e o secretário-geral, Aldo Rosa, tentam passar a imagem de normalidade e de que é importante para o partido ter novas lideranças nos segmentos, mas não no comando estadual.

O fato é que, até o momento, mais que dobrou a meta de 150 assinaturas, contabilizando, até o início da madrugada de hoje, 326. O movimento liderado pela presidente da Juventude Progressista, Jayana Nicaretta, pegou Tiskoski e Rosa de surpresa, que não contavam com o sucesso do levante, o qual expõe a insatisfação de um partido com a manutenção de sua liderança nas mãos de poucos nomes.

Uma fonte relatou que Aldo Rosa deve procurar o presidente nacional, Ciro Nogueira, durante a semana, para tentar gerar uma vacina contra a investida dos insatisfeitos com o comando do partido. Uma das alegações é que se trata de diferença de posicionamento visando à eleição do próximo ano, uma vez que Rosa, Tiskoski e o secretário de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, querem que o partido apoie a reeleição do governador Jorginho Mello (PL), enquanto os dissidentes defendem estar com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) na eleição.

Lideranças que apoiam o levante rebatem, dizendo que há divergências no posicionamento eleitoral; porém, destacam que as diferenças vão muito além, e que o partido precisa se renovar.

Amin se manifesta

Procurado, o senador Esperidião Amin (Progressistas) entende como normal o movimento, ao qual nega ser um levante, preferindo chamar de “transbordamento de energia”. “Todos sabem que seremos decisivos na eleição do ano que vem. Isso que você chama de levante é um movimento de um partido que vai crescer muito”, afirmou. Para Amin, a imprensa subestimou o Progressistas, questionando quantas prefeituras o partido faria na eleição de 2024. “Inclusive você, Marcelo Lula. Nenhum de vocês mordeu a língua, no mínimo, não comentaram mais”, destacou. Vale destacar que o SCemPauta comentou, sim, por algumas vezes, o resultado do Progressistas nas urnas.

Negando as evidências

O senador Esperidião Amin (Progressistas) tenta negar que há uma crise entre a base e a direção estadual de seu partido. Ele me disse que as pessoas querem ocupar espaço e dizer o que pensam e que podem fazer. “Não há levante nenhum. Nós vivemos na sociedade que o Francisco (Papa) queria: da pluralidade de ideias e uma razoável uniformidade de princípios. Comportamento e pretensões são livres. Nós somos o partido conservador raiz de Santa Catarina”, afirmou, concluindo que não há dependência de ninguém. Amin não aceitou responder a uma segunda pergunta. O senador preferiu não se posicionar e poderá ver o seu partido esvaziar, caso as bases não sejam ouvidas.

Catarinenses no Conclave

Santa Catarina estará muito bem representada no Conclave para a escolha do próximo Papa. Dom Leonardo Ulrich Steiner, nascido em Forquilhinha, tem 74 anos e é arcebispo de Manaus. Dom João Braz de Aviz nasceu em Mafra. Ele é arcebispo emérito de Brasília e tem 77 anos. Por fim, Dom Jaime Spengler, nascido em Gaspar, preside a CNBB e é arcebispo de Porto Alegre. Ele tem 64 anos. Nenhum dos três aparece como favorito ao papado. Do Brasil, o jornal italiano Torino Cronaca apontou Dom Sérgio da Rocha, arcebispo primaz de Salvador. Ele nasceu no interior de São Paulo. Ele, assim como os demais “primazes” pelo mundo, ocupa uma posição acima dos demais cardeais.

Mudança na Educação

Ontem, o site “melhorespublicacoes”, do Sul do estado, anunciou que a reitora da Unesc, Luciane Ceretta, será a próxima secretária de Estado da Educação. Conversei ontem mesmo com uma fonte ligada ao governo que confirmou a informação, porém, não soube dizer quando acontecerá, mas garante que será feita a troca pelo fato de o governador Jorginho Mello (PL) estar insatisfeito com os resultados do secretário Aristides Cimadon. “O governador acha que a secretaria pode melhorar, e ele quer essa melhora. Não está feliz com o que está acontecendo”, destacou. Questionada se a adjunta Patrícia Luerdes também deixará o governo, a fonte respondeu que caberá a Luciane Ceretta, quando assumir, avaliar e dizer se ela continuará ou não.

Ceretta nega

Procurada, a reitora da Unesc, Luciane Ceretta, despistou. Disse que nenhum convite foi feito a ela. “Reitero meu profundo respeito e carinho ao estimado amigo secretário Aristides Cimadon, ao seu trabalho e ao de sua equipe. A informação não procede e, seguramente, não passa de especulações”, afirmou. Apesar das negativas, os rumores seguem fortes, principalmente pela forte ligação política que Luciane tem com o governador Jorginho Mello (PL).

Possível problema

Caso a reitora Luciane Ceretta se torne a próxima secretária de Estado da Educação, o governo poderá passar por uma situação, no mínimo, constrangedora. Acontece que o mau desempenho do curso de Medicina da Unesc, que ficou com conceito 2, poderá fazer com que seja impedida de receber recursos do programa Universidade Gratuita. Acontece que a lei impede que cursos com esse conceito sejam beneficiados. A questão é: como o Governo do Estado resolverá essa questão, tendo Luciane como secretária?

Crime eleitoral?

O juiz da 56ª Zona Eleitoral de Balneário Camboriú, Rodrigo Coelho Rodrigues, determinou que o ex-prefeito Fabrício Oliveira (PL) apresente sua defesa em um processo por uso de veículo oficial da prefeitura para propaganda eleitoral na campanha do ano passado. A audiência de instrução está marcada para o dia 4 de junho. Imagens que estão em poder da Justiça Eleitoral mostram que um Fiat Palio Weekend, identificado como veículo oficial da Prefeitura de Balneário Camboriú, teve os adesivos removidos e recebeu um “perfurade” da campanha do candidato de Fabrício, Peeter Grando (PL).

Imagens

Os registros mostram o carro da Prefeitura de Balneário Camboriú circulando pela cidade durante a campanha eleitoral com a propaganda do então candidato a prefeito, Peeter Grando (PL). No despacho, o juiz determinou a audiência de testemunhas – entre elas, o responsável pela empresa de Curitiba que alugou o veículo para a prefeitura. Procurado, o ex-prefeito Fabrício Oliveira (PL) não respondeu à mensagem enviada.

De volta à Câmara

Coronel Armando voltará a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados amanhã. Ele assumirá por quatro meses no lugar do deputado federal Jorge Goetten (Republicanos). Questionado se o gesto de Goetten seria uma forma de mantê-lo no PL, Armando respondeu que não, e que se trata de um acordo feito no início do mandato. Quanto à mudança de partido, Armando confirmou que se filiará ao Progressistas — informação já divulgada pela coluna — para tentar se eleger deputado federal. “O PP é um partido de direita raiz e tem história”, afirmou.

Suspeita de fraude

A campanha eleitoral do PT para a Prefeitura de Palhoça em 2024, liderada por Tânia Slongo, está sob suspeita em razão de possíveis irregularidades. Conforme divulgado no sistema DivulgaCand, a campanha pagou R$ 36 mil em serviços de planejamento estratégico da Consilium Projetos, Serviços e Planejamento Ltda., empresa cujos sócios são lideranças históricas do partido, ligadas ao deputado estadual Padre Pedro Baldissera (PT). O detalhe é que Tânia é servidora comissionada no gabinete do deputado. A Consilium Projetos, Serviços e Planejamento Ltda. foi fundada em 15 de dezembro de 2023. Seus sócios são Horst Doering, José Claudenor Vermohlen e Gustavo Bianchini Vermohlen.

Conexões 1

Horst Doering teve passagens como assessor parlamentar do deputado estadual Padre Pedro Baldissera (PT) e foi superintendente do Ministério da Pesca. Em 2015, quando ocupou o cargo pela primeira vez, esteve envolvido em investigações por concessões ilegais para pesca industrial, suspeito de integrar uma quadrilha que exigia propinas de até R$ 100 mil. Hoje, ocupa o mesmo cargo de superintendente regional do Ministério da Pesca e atua informalmente como um dos coordenadores do mandato de Baldissera. Em 2024, enquanto prestava serviços para a campanha de Tânia Slongo, era anunciado como o coordenador da campanha de Arlindo Rocha, candidato à prefeitura de Criciúma pelo PT.

Conexões 2

José Claudenor Vermohlen também foi assessor do deputado estadual Padre Pedro Baldissera (PT) e ocupou cargo no Ministério da Pesca, além de já ter sido tesoureiro do partido e assessor da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo de Dilma Rousseff (PT). Atualmente, ocupa cargo na mesa diretora da Alesc por indicação do deputado e amigo. É pai de Gustavo Bianchini Vermohlen, terceiro sócio da empresa. A suspeita é que pessoas próximas a Baldissera podem ter atraído recursos do fundo eleitoral para a campanha de uma funcionária do gabinete. O espaço está aberto aos citados.

Comemoração

O prefeito Alexandre Xepa (PL) comemorou o resultado da programação de 63 anos do município de Itapema. Foram quatro dias de programação na orla da Praia Central, com cultura, fé, esporte e shows — incluindo a apresentação nacional da dupla Guilherme & Santiago, realizada por meio de parceria com a iniciativa privada. “Mais do que celebrar, o evento reafirma a marca da atual gestão: protagonismo regional, responsabilidade fiscal e presença junto à comunidade. Com organização, parcerias e planejamento estratégico, Itapema consolida sua posição como uma das cidades mais promissoras do Litoral catarinense”, afirmou.

Gratificação

Recebi a informação de um coronel da Polícia Militar de que a gratificação aprovada pela Assembleia Legislativa contemplará apenas os servidores civis, incluindo os que atuam na PM e no Corpo de Bombeiros. “Não recai sobre militares estaduais e, em nenhum momento, fala em Casa Militar”, destacou.

Deputado se manifesta

O deputado estadual Sargento Lima (PL) enviou nota sobre a publicação da coluna a respeito da votação do reajuste salarial dos policiais. Lima chegou a entrar com uma emenda para alterar o calendário de pagamento, o que gerou grande discussão e a retirada da matéria de pauta até um entendimento com o governo. Segue a nota:

“Antecipadamente, reforço minha estima e consideração por um colunista de grande destaque em Santa Catarina, que você é Marcelo Lula. Também confio na veracidade das suas fontes de informação. Contudo ao ler sua coluna, acredito pertinente me manifestar.

Eu retirei a emenda, por dois motivos:

Primeiro por ser um pedido de todas as classes – as mesmas que me solicitaram para apresentá-la – temendo um prolongamento do prazo para percepção da primeira parcela.

Segundo que após uma conversa com o próprio governador Jorginho Mello me inteirei dos planos estratégicos voltados à Segurança Pública para 2026, e posso afirmar serão muito bem-vindos por todas as forças de segurança.

Não foi por uma inconstitucionalidade, pois essa tese já foi debatida mil vezes, pois não se direciona ao valor, mas sim ao prazo, e nem por previsão orçamentária, pois a última ficando para janeiro, ainda abraçada pela previsão 2025.

Tão simples que parece óbvio, foi para acompanhar o entendimento das forças de segurança e na confiança que em 2026 daremos um salto em relação à segurança pública jamais visto.

Quanto ao acesso ao governador, sou sincero e franco, tenho total, ligo e me encontro com o Governador sempre que preciso, independente de dia e hora. Como toda conversa entre nós sempre foi republicana, e digo, quase sempre o consulto, por reconhecê-lo como líder, e quem não reconhece um líder jamais irá liderar nada. Não entendi o posicionamento do colega que reclama por não ser ouvido ou atendido.

Mais uma vez, espero que continue com sua transparência e fazendo um belo trabalho por Santa Catarina” – Deputado Sargento Lima