EXCLUSIVO: Com risco de esvaziamento, Progressistas vive levante por renovação em SC
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O Progressistas de Santa Catarina pode estar indo para uma situação de tudo ou nada. O poder do contestado secretário-geral do partido, Aldo Rosa, está sendo colocado em xeque e, pela primeira vez, nasce um movimento de fato pela mudança em um partido que há anos clama por renovação. Há uma forte ameaça de esvaziamento com uma possível saída de importantes lideranças, se nada ocorrer.
O movimento de renovação se torna ainda mais simbólico porque está partindo da Juventude Progressista, liderada pela ex-secretária nacional da Juventude no governo de Jair Bolsonaro (PL), Jayana Nicaretta. Ela criou um abaixo-assinado pela realização de uma convenção estadual para mudar o comando do partido. A palavra de ordem é “renovação”. A petição online foi criada na tarde de hoje e, às 19h42, chegou a 87 assinaturas, de um total de 150 que o levante pretende alcançar. Os três deputados estaduais, Altair Silva, Pepê Collaço e Zé Milton Scheffer, endossaram a ideia e já assinaram o pedido. Prefeitos, vices e vereadores já colocaram os seus nomes na lista que será levada ao presidente nacional, o senador Ciro Nogueira.
O levante teve como estopim a interferência de Aldo Rosa e do presidente interino da comissão provisória, Leodegar Tiskoski, no comando estadual da Juventude. Eles ligaram para Jayana para comunicar que a tirariam da presidência, porque será feita uma reformulação nos movimentos do partido — informação contestada pela própria liderança jovem e por outros nomes, pois não estaria sendo falado sobre mudança no comando do Mulheres Progressistas, que há 15 anos tem como presidente Beth Tiskoski, esposa de Leodegar.
Em resposta, Jayana afirmou que concordava com a mudança, desde que fosse respeitado o prazo do evento estadual que acontecerá em junho, em Lages. Ela também pediu que a escolha do nome passasse por uma discussão de grupo. “Historicamente, as lideranças à frente do movimento da Juventude são escolhidas por este grupo, que conta com mais de 220 jovens representantes de todas as regiões do Estado”, argumentou.
Segundo a líder da Juventude, o seu pedido não será atendido, porque Rosa e Tiskoski já estavam decididos a colocar no comando um nome mais alinhado a eles. Ela entende que o Progressistas precisa de mudança, principalmente em seu comando estadual, que desde 2023 não tem um diretório. Além disso, defende que algumas lideranças, a exemplo de Aldo Rosa e Leodegar, já deram a sua contribuição ao partido. O sentimento é compartilhado por outras lideranças, que entendem que alguns nomes não dialogam mais com os progressistas e com a sociedade.
Reclamações
Jayana Nicaretta destaca que, nas eleições do ano passado, se observou um grande descontentamento de muitos candidatos quanto à forma de apoio financeiro do partido, através do fundo eleitoral. Também há um sentimento de que existe uma condução “ditatorial” do Progressistas, tanto pela interferência na Juventude como pelo mau diálogo com a bancada estadual — situação que tem sido motivo para pautas negativas na imprensa catarinense. “O movimento de Juventude partidário assume, portanto, um papel fundamental na promoção da renovação, exigindo que seja convocada a convenção estadual, de forma que toda a base se reúna para decidir uma nova e eleita executiva no Estado e que, junto com esta, ocorra, então, mudança na liderança dos movimentos do partido, incluindo a Juventude partidária”, afirmou.
Aldo Rosa e Leodegar Tiskoski foram procurados, mas não atenderam as ligações.
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