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Os primeiros números para a disputa à Casa D’Agronômica – Imagem: Secom

Neste final de semana, foi divulgada uma pesquisa de intenções de voto ao Governo do Estado. O levantamento foi feito pela Futura Inteligência, contratada pela Apex Partners e divulgado pela RCN. É importante destacar que esse é um primeiro levantamento. 844 pessoas foram entrevistadas por telefone, entre 25 de março e 3 de abril. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

No cenário estimulado, quando são apresentados nomes aos entrevistados, o governador Jorginho Mello (PL) aparece com 48,7% das intenções de voto. Em segundo, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), tem 22,1%. Depois, aparecem o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), com 5,6%, e o deputado estadual Antídio Lunelli (MDB), com 3,5%. Sem Rodrigues e com o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), no lugar, Jorginho vai para 54,6% e ganharia no primeiro turno.

É natural que Jorginho apareça com esse percentual na estimulada, já que ele tem uma maior visibilidade, até mesmo pelos eventos que tem realizado pelo Estado, como o Santa Catarina Levada a Sério. Isso deve se manter por algumas pesquisas mais, podendo chegar até o início do período eleitoral, a depender do desempenho do governo. Vale lembrar que pesquisa é o retrato do momento.

Por outro lado, nota-se que 29,2% não votam em Jorginho, isso somados branco, nulo, não sabe e os que votam em Adriano e Antídio. Ainda é muito cedo, e o cenário apresentará ainda muitas oscilações. Mas não estranhem, caso siga essa polarização, se o pleito terminar, até mesmo, em primeiro turno, seja para Jorginho ou para Rodrigues, por uma simples razão.

Se o governador conquistar o Novo e a base emedebista que não estão com ele, puxa esses percentuais para si. Porém, se Rodrigues conquistar esse eleitor que não vota no governador — e é uma tendência — passa para 51,3%, o que levaria a uma eleição no primeiro turno. Porém, pela estatística, mesmo sendo mais fácil o pessedista atrair esse eleitor, por outro lado, é mais provável que vá um percentual para cada lado, o que colocará a disputa num segundo turno.

Um ponto que chamou a atenção e que parece estranho: nenhum nome da esquerda aparece nas intenções de voto. Isso fortalece uma provável polarização dentro da própria direita, provavelmente Jorginho e João, mas é sempre importante lembrar que esse eleitor de esquerda existe e está no cenário para ser conquistado. No segundo turno em 2022, Décio Lima (PT) teve 29,31% dos votos válidos. A explicação pode estar no chamado voto envergonhado, esse só aparece na urna, ou até mesmo na falta de uma liderança que os encante. Mas é sim muito estranho não aparecer esse eleitor.

Espontânea

Já no levantamento espontâneo vai um forte recado para a Casa D’Agronômica. Mesmo com o governador Jorginho Mello (PL) liderando as intenções de voto, 25% não é um número confortável para quem está com o domínio da máquina. 54,7% do eleitor está indeciso, número que contrasta, até mesmo, com a avaliação da gestão de Jorginho apresentada pela mesma pesquisa. Se há uma aprovação de cerca de 72% do eleitor, cadê essa gente nas pesquisas de intenção de votos? Aprovam, mas não votam? Os números não batem. Quanto a João Rodrigues (PSD), que na espontânea aparece com 8,3%, comparando com os 22,1% que tem na estimulada, a leitura que se pode fazer é que, à medida que se torne mais conhecido no Estado, a tendência é de crescimento, com chance de abocanhar uma boa parcela desses indecisos.

Segundo turno

Pela pesquisa, o governador Jorginho Mello (PL) venceria em todos os cenários no segundo turno. E isso, de fato, pode acontecer. Mas é preciso questionar: se um grande percentual do eleitorado rejeita o governador no primeiro turno, o que os faria mudar de ideia no segundo turno? Vale lembrar que, além dos indecisos, há um percentual que declara voto em Adriano Silva (Novo) e Antídio Lunelli (MDB) que não vota no governador. Primeiro, porque o PL e o Novo se tornaram adversários ferrenhos nos municípios e, segundo, quem declara voto em Antídio é quem deseja que o MDB tenha candidato próprio e que poderá se rebelar contra a aliança do partido com Jorginho, assim como fizeram com o então governador Carlos Moisés da Silva.

Governo

A pesquisa aponta que 25% consideram ótima/boa a Segurança Pública no governo de Jorginho Mello (PL). 31,3% disseram que é regular, enquanto 42,4% avaliaram como ruim/péssima. Já a Educação pública é avaliada como ótima/boa por 24%, enquanto 31,4% consideram regular e 40,2% afirmam que é ruim/péssima. A Infraestrutura é vista como ótima/boa por apenas 14,9% dos entrevistados. 42,3% consideram regular e 40,7% dizem que é ruim/péssima. Agora, um dos maiores problemas do governo é a Saúde. 18,8% da população considera ótimo/boa. 29,3% dizem que é regular e 50,5% afirmam que é ruim/péssima. É o reflexo do que se pode ver nos hospitais do Estado.

Esforço concentrado

Alesc terá um calendário especial antes do feriado – Imagem: Bruno Collaço

A semana curta de debates e votações na Assembleia Legislativa, que deve encerrar na quarta-feira (16) devido ao feriadão de Páscoa e Tiradentes, tem, por outro lado, agenda intensa de análise e votações de projetos do chamado calendário especial de tramitação conjunta, quando as principais comissões da Casa se reúnem para agilizar matérias em regime de urgência, principalmente de interesse do Governo do Estado, para que cheguem rapidamente à votação final em plenário. O acordo nesse sentido já foi definido na semana passada em reunião do presidente da Alesc, Júlio Garcia (PSD), com as lideranças partidárias e do governo, incluindo o prazo final para eventuais emendas, que encerra hoje.

Matérias

Entre as principais matérias, está o Projeto de Lei Complementar do Governo do Estado, que reajusta o subsídio dos servidores públicos e dos militares estaduais das carreiras pertencentes às instituições que constituem a Secretaria de Estado da Segurança Pública e à Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social. O reajuste apontado na proposta é de 21,5%, dividido em três parcelas: 7,5% a contar de 1º de maio, 7% a contar de 1º de dezembro e 7% a contar de 1º de abril de 2026. O benefício deve contemplar mais de 35 mil servidores, incluindo aposentados. Já aprovado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e na Comissão de Finanças e Tributação, só depende do aval agora da Comissão de Segurança Pública para seguir a plenário. O líder do governo, Ivan Naatz (PL), defende a aprovação por considerar justa e adequada para o setor.

Financiamento

Também na pauta das votações do calendário especial da semana da Assembleia Legislativa, o projeto de lei que autoriza o Governo do Estado a contratar mais uma operação de crédito externo com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), da ordem de US$ 119 milhões, cerca de R$ 685 milhões, no âmbito do Programa para Aumento da Resiliência Climática e Redução de Risco de Desastres Naturais em Santa Catarina. Na prática, envolve a construção e manutenção de novas barragens de contenção de cheias no Alto Vale do Itajaí. Em setembro do ano passado, a Alesc já aprovou um primeiro empréstimo do governo Jorginho Mello (PL) junto ao BIRD, da ordem de US$ 420 milhões, o equivalente a aproximadamente R$ 2,4 bilhões, destinado ao Programa Estrada Boa e Programa SC Rural 2.

Questionamento

O Tribunal de Contas determinou, na semana passada, um acompanhamento das contas do Governo do Estado em relação à Defesa Civil, devido ao baixo uso dos recursos destinados ao setor no ano passado. Agora, o governo quer fazer um empréstimo internacional para o setor. A aprovação é quase certa e é normal, todos os governos fazem financiamento. Agora, não seria necessária uma discussão sobre o valor real que o Estado precisa? Se sobraram recursos, quem sabe o financiamento pode ser menor?

Voo

O governador Jorginho Mello (PL) e o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, anunciam hoje, um novo destino internacional com voos diretos a partir de Santa Catarina. O anúncio será feito na Casa d’Agronômica, em um ato marcado para as 20h30. No ano passado  começaram a operar voos diretos, a partir do Aeroporto Internacional de Florianópolis, para a América Central, pela companhia Copa Airlines, e para a Europa, pela TAP.

Polícia Cientifica

As fortes chuvas que atingiram Florianópolis trouxeram à tona os graves problemas estruturais dos prédios da Polícia Científica de Santa Catarina. Em especial, as unidades localizadas nos bairros João Paulo e Itacorubi apresentam situação preocupante. Relatos apontam que os imóveis não foram dimensionados adequadamente para comportar os equipamentos laboratoriais, o que compromete o funcionamento e coloca em risco materiais e provas de investigações.

Estrutura

O prédio da Polícia Cientifica no bairro João Paulo em Florianópolis, inaugurado em dezembro do ano passado, segue com boa parte de sua estrutura ociosa. Apenas os setores de Informática, Balística, Engenharia e Sepae — responsável pelo processamento de vídeos e imagens — estão em funcionamento no local. Não há previsão para que outros departamentos sejam transferidos. Além disso, peritos denunciam problemas elétricos, hidráulicos e de segurança, como salas com materiais probatórios sem controle adequado de acesso e falhas no fornecimento de água, que levaram à desativação de banheiros e pias.

Denúncias

Peritos da Polícia Científica de Santa Catarina denunciaram um cenário de abandono e assédio moral dentro da instituição. Segundo relatos, problemas estruturais graves foram comunicados à direção, mas nenhuma providência efetiva foi tomada. As denúncias envolvem desde falhas hidráulicas e elétricas até riscos à segurança de equipamentos sensíveis e provas criminais. Além disso, há reclamações sobre a pressão para apresentação de resultados, mesmo diante das dificuldades operacionais. Um dos casos citados envolve o atendimento para emissão de carteiras de identidade, onde há relatos de overbooking e filas enormes, tudo para inflar números e apresentar produtividade, enquanto os cidadãos sofrem com a espera. “Eles pensam que o Jorginho (Mello) vai ganhar a eleição e vão ficar mais quatro anos. Acham que podem fazer tudo o que quiserem sem consequências”, desabafou um servidor. O clima interno é de insatisfação e medo de represálias.

Morro dos Cavalos

O governador Jorginho Mello (PL) autorizou a Secretaria de Estado da Infraestrutura a aprofundar os estudos de viabilidade para a construção de um contorno viário como alternativa para o tráfego na região do Morro dos Cavalos, na BR-101, em Palhoça. Após esta etapa, e se a alternativa for viável, a proposta será apresentada ao Governo Federal. Caso a possibilidade se confirme, a ideia é utilizar os R$ 370 milhões que o Estado aplicou em obras federais em gestões anteriores e que o atual governo está cobrando de volta da União.

Reprovável

O delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, se envolveu numa polêmica nas redes sociais por conta de manifestações políticas. Ao interagir com uma ex-policial chamada Maristela Francisco, Ulisses, que ocupa um importante cargo de comando, politizou a discussão, chamando Maristela de “petista” e completou: “Não enche o saco. Somos o Estado mais seguro do país”. Os relatos são de que não é a primeira vez que Ulisses se manifesta dessa maneira nas redes sociais. Ao ser questionado sobre os ataques a uma internauta, por uma pessoa que, inclusive, disse respeitá-lo como profissional, Ulisses deu outra resposta descabida para a função, chegando ao ponto de mandar a pessoa ir para a Venezuela e encerrou fazendo propaganda do governo Jorginho Mello (PL). Policiais, na condição de anonimato, criticaram a postura de Ulisses.

Contraponto

“Desconheço a reprovação por parte da PC. Única resposta que dei foi para uma ex-candidata a prefeita de Tubarão pelo PT e que é pré-candidata a deputada. Ela fez uma crítica à suposta falta de efetivo em uma postagem sobre a inauguração de uma Sala-Lilás em Tubarão. Ela apresentou críticas e tenho o direito de rebater. Devo estar incomodando alguém para estar sob teu constante escrutínio”, escreveu o delegado-geral, Ulisses Gabriel.

Escrutínio?

Ao contrário do que pensa o delegado-geral, Ulisses Gabriel, não há motivo para controlá-lo, nem para bom, tampouco para ruim. A Polícia Civil segue fazendo o seu bom trabalho, o mesmo que há anos já realiza, não mudou em nada. Aliás, a coluna sempre foi uma grande parceria da PC, assim como dos demais policiais. Isso é reconhecido por muitos que confiam e conversam com a coluna, muito mais do que se possa imaginar. E questionar um delegado-geral não é proibido. É uma obrigação da imprensa livre, como forma de contribuir para que a PC siga como um órgão de Estado, não de governo. Ou será que, em Santa Catarina, a imprensa não é livre? Quem simplesmente critica o governo por estar fazendo jornalismo é visto como inimigo? A sociedade deve ficar em alerta.

Preocupante

“Tudo posso, mas nem tudo me convém”. A frase que consta na primeira carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 10, versículos 23 a 25, se aplica à situação do delegado-geral, Ulisses Gabriel. Quando se ocupa um cargo público, não dá para dissociar a pessoa do cargo, e um agente público tem a obrigação de respeitar o cidadão, independente de ideologia, ou seja, o que for. O pagador de impostos tem todo o direito de questionar e criticar. Se um agente não entende isso, então é porque não sabe o papel de quem ocupa cargo público. E essa situação levanta preocupações, como a trazida pela colega jornalista, Amanda Miranda. Ela questiona a isenção do delegado em seu trabalho, por causa desse tipo de comportamento. Isso é muito sério, até porque, pela primeira vez, é visto um delegado-geral tão atuante em propaganda para um governador.

A propósito

Ninguém vai arrastar o SCemPauta e os nossos profissionais para essa disputa insana de esquerda e direita que em nada faz bem para o Brasil. Quem sustenta isso não pensa na população, quer fazer aceno para lucrar politicamente e só. O nosso trabalho é voltado 100% para os debates de Santa Catarina e com um olhar para todos, independentemente de ideologia.