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Especialistas criticam a proposta de estadualizar a BR-282 – Imagem: Jonatã Rocha

O governador Jorginho Mello (PL) gravou um vídeo para dizer que está pedindo ao Governo Federal que repasse para o Estado a gestão da BR-282. No anúncio, ele pede apenas que Brasília repasse os recursos da conservação, que o resto seu governo fará. A proposta soa estranha porque seria uma estadualização pela metade?

Jorginho diz que fará novas pistas, a começar pelos locais urbanos onde a rodovia passa. Ele chega a usar o exemplo de Santo Amaro da Imperatriz, onde é possível ver que é praticamente impossível alargar as pistas, já que o governo teria que assumir uma série de desapropriações de imóveis residenciais e comerciais.

A coluna conversou com alguns técnicos da área. Um deles relata que, desde que se mexeu nos antigos Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e no Deinfra, nos governos de Luiz Henrique da Silveira e de Carlos Moisés da Silva, houve um desmantelamento do setor, que perdeu inúmeros profissionais com grande capacidade técnica. “A grande pergunta agora é se, com tal desmobilização técnica, a Secretaria de Infraestrutura teria equipe para contratar, fiscalizar, aprovar projetos executivos, bem como coordenar a execução dos serviços e obras na BR?”, questionou.

Para outro técnico do setor, a atitude de Jorginho é um aceno eleitoreiro, já que ele sabe que não terá condições e tampouco tempo para fazer as obras, pois teria que elaborar os projetos. Além disso, a fonte entende ser uma incoerência pedir a estadualização de uma rodovia tão grande como a BR-282, que cruza o Estado, enquanto está sendo solicitada a federalização da SCT-163, localizada no Extremo-Oeste.

Neste caso, o técnico que conversou com a coluna defende que o Governo do Estado está certo, já que há um prolongamento da BR-163. A federalização iria de São Miguel do Oeste a Iporã do Oeste e Itapiranga até a Ponte do Rio Uruguai. “Lá é uma rodovia estadual, mas o traçado coincide com a BR-163 e prossegue até o Rio Grande do Sul. Nessa, o Estado está certo em querer federalizar. Agora, por que estadualizar a BR-282? Tecnicamente, não há uma explicação plausível. Nós não temos dinheiro nem para manter as nossas próprias estradas. Por que vamos assumir uma espinha dorsal que é a BR-282? Inclusive, na Serra do Mar — como vai duplicar na Serra do Mar?”, questionou.

Dificuldade

Os profissionais que conversaram com a coluna destacaram a mesma preocupação: de o governador Jorginho Mello (PL) assumir um compromisso que o Estado não terá braço para alcançar, e que, no futuro, vai gerar problemas para os governos seguintes. Para se ter uma ideia, uma das fontes relatou que a tão badalada Via Mar está gerando problemas para o governo, com dificuldade de elaboração do projeto, inclusive com alguns trechos que nem tiveram os projetos licitados. A rodovia compreende um trecho de Joinville até Brusque, e de lá até o Contorno Viário de Florianópolis, que no futuro deve ser concessionado. “O Estado está com uma dificuldade tremenda para elaborar os projetos. Tem trecho que nem foi licitado. Eu fico na dúvida se o Estado tem equipe para tocar isso tudo. Pergunta lá quantos profissionais de carreira tem na secretaria, pessoas que têm capacidade de fazer medições, acompanhar as obras e dar pareceres técnicos”, destacou.

Pouca atenção

Um dos especialistas em rodovias lembra que, alguns anos atrás, os governos federais deram pouca atenção à BR-282 em Santa Catarina. Segundo uma das fontes, tanto nos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), como no governo de Jair Bolsonaro (PL), a rodovia não recebeu os investimentos que precisa. Coincidentemente, nas três gestões, o hoje governador Jorginho Mello (PL) tinha o comando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Santa Catarina, inclusive nomeando os responsáveis pelo setor — e muito pouco foi feito. “Primeiro como deputado, nos governos Dilma e Temer, e depois como senador, com o Bolsonaro, o Jorginho mandava no DNIT”, destacou a fonte.

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Ressarcimento

O Tribunal de Contas do Estado pediu explicações sobre um gasto do Ciasc com passagens aéreas de classe executiva para Lisboa, capital de Portugal. Os bilhetes foram comprados para uma viagem em julho do ano passado, para o então presidente Moisés Diersmann. O valor foi de R$ 29.407,98, além do seguro-viagem. A questão é que Diersmann decidiu não viajar e a conta ficou para o Ciasc. O TCE quer saber se Moisés ressarciu o Ciasc do valor e por qual razão o processo foi arquivado e colocado em sigilo. Foi solicitado pelo tribunal o processo completo com a justificativa da viagem, bem como os demais documentos, inclusive da prestação de contas.

Intensificado o racha

O Progressistas, conforme relatado pela coluna, enfrenta divisões internas entre os deputados estaduais e o comando estadual da sigla. Os relatos são de que, enquanto os deputados trabalham em estreita colaboração com os prefeitos, a executiva estadual do partido segue sem envolver as lideranças regionais. Diante dessa situação, o partido anunciou que realizará encontros regionais, mas corre nos bastidores que os deputados estaduais já teriam informado que essa ação não foi discutida previamente com eles e, por isso, não contará com suas participações. Com a aproximação de 2026, mais de 50 prefeitos do partido têm reclamado da condução da sigla.

Rodrigues e Amin

Amin, Mauro e Rodrigues conversaram durante o evento – Imagem: Divulgação

O cenário político de Santa Catarina para 2026 está sendo movimentado pelas principais lideranças do Estado. Durante uma feijoada em Concórdia, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), e o senador Esperidião Amin (Progressistas) se encontraram e conversaram demoradamente. Pré-candidato ao Governo do Estado, Rodrigues poderá ter Amin como candidato ao Senado, sinalizando a construção de uma aliança. Os três deputados estaduais do partido, por meio de Altair Silva, já anunciaram que estarão com Rodrigues. Embora Amin tenha se mantido mais discreto, as outras principais lideranças do partido, no caso os deputados, já não escondem mais a insatisfação com o governador.

Dissidentes

Emedebistas dissidentes conversam com Rodrigues – Imagem: Divulgação

Na feijoada em Concórdia, também estava presente uma ala política já chamada de “ala dissidente do MDB”, representada pelo ex-deputado Moacir Sopelsa e pelo deputado estadual Mauro De Nadal. Hoje, o MDB integra a base do governo Jorginho Mello (PL), mas algumas figuras influentes do partido não escondem a preferência por uma candidatura própria ou pelo apoio ao projeto do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Sopelsa, inclusive, esteve presente no evento de lançamento da pré-candidatura de Rodrigues. Já Mauro De Nadal tem demonstrado a aliados próximos sua clara preferência pelo pessedista, reforçando ainda mais o apoio que o prefeito vem recebendo dentro do partido.

Baía da Babitonga

Obras devem ser entregues no próximo ano – Imagem: Porto

O aprofundamento do canal de acesso à Baía da Babitonga, que deve estar concluído no próximo ano, reduzirá os custos das empresas para movimentar cargas no Porto de São Francisco do Sul, o maior de Santa Catarina. Com o aumento da profundidade dos atuais 14 para 16 metros, os navios poderão entrar e sair do terminal portuário sem depender das marés. De acordo com o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, atualmente as embarcações carregadas de mercadorias precisam fazer uma parada no meio da baía, pois não conseguem percorrer os 17 quilômetros do canal durante a maré alta. Esse fundeio, que pode durar até 24 horas, gera um custo extra para as empresas: somando as manobras com a praticagem e as despesas com o navio parado, o valor chega a US$ 25 mil por dia, algo em torno de R$ 150 mil.

De mãos dadas

Peninha e Pezenti em roteiro no Médio e Alto Vale – Imagem: Divulgação

O deputado federal Rafael Pezenti (MDB) e o ex-deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB) fizeram juntos, neste final de semana, um extenso roteiro pela região do Médio e Alto Vale do Itajaí. O objetivo foi prestar contas do mandato, ouvir as principais demandas de prefeitos, vereadores, lideranças comunitárias e representantes do setor produtivo, além de anunciar recursos para obras e ações nos municípios. O primeiro encontro, realizado em Ituporanga, reuniu prefeitos e vice-prefeitos emedebistas de 10 cidades diferentes. A pré-candidatura de Pezenti à reeleição também esteve na pauta. Peninha deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.

Sem reeleição

Weber anunciou apoio a Jorge Koch – Imagem: Divulgação

Em um evento de prestação de contas, o deputado estadual Volnei Weber (MDB) anunciou oficialmente o que já era dito nos bastidores: ele não disputará a reeleição e trabalhará pela eleição do ex-prefeito de Orleans, Jorge Koch (MDB). Nos bastidores, corre a informação de que Weber deseja disputar, em 2028, a Prefeitura de São Ludgero, onde foi prefeito por dois mandatos.

Loteria municipal

O município de Chapecó poderá ter a primeira loteria municipal de Santa Catarina. Foi encaminhado à Câmara de Vereadores um projeto de lei para criar a loteria. Segundo a matéria enviada pelo Executivo à Câmara, está previsto que os recursos sejam destinados ao esporte e lazer e também ao Fundo Previdenciário. A fiscalização será feita pela Secretaria da Fazenda do município. A proposta, segundo o secretário Adair Niederle, foi inspirada nos municípios de São Vicente e Louveira, do interior de São Paulo.

Emprego

O mês de fevereiro apresentou saldo positivo de 30.097 novos postos de trabalho formal em Santa Catarina. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo de empregos formais no Estado, no segundo mês do ano, foi o maior dos últimos três anos e o terceiro maior da série histórica iniciada em 2004. A taxa de crescimento em fevereiro foi de 1,16%, resultado superior à média brasileira (0,91%) e equivalente à média da região Sul (1,15%). A diretora de Políticas Públicas da Secretaria de Estado do Planejamento, Larissa Borges, destaca que o setor de Serviços respondeu por 45,58% das novas vagas de trabalho abertas no mês — ou seja, quase metade do saldo de empregos —, enquanto a Indústria teve a segunda maior proporção, com 27,64%.