Operação Tolerância Zero cumpre 24 mandados de busca e apreensão (Fotos: Leo Munhoz/Secom)

A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Deic) deflagrou nesta quinta-feira (20), a operação policial Tolerância Zero para dar cumprimento a 24 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão contra integrantes de organização criminosa envolvidos nos atos criminosos ocorridos no dia 19 de outubro, na região de Grande Florianópolis. Os mandados foram cumpridos em Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça.

O delegado titular da Draco, que coordenou a operação, Antônio Claudio Seixas Jóca, informou que 10 pessoas foram presas, sendo que três delas foram em flagrante delitos. Também foram apreendidos dois veículos de luxo, equipamentos eletrônicos, drogas, armas, munições e carregadores.

Em entrevista coletiva o delegado-geral Ulisses Gabriel, disse que a operação é uma resposta aos atos de vandalismo que ocorreram em outubro passado. “O governador Jorginho nos pediu tolerância zero com os criminosos que cometeram estes atos e, dada à complexidade deste caso, pedimos que a Deic assumisse a investigação.”

O delegado-geral acrescentou que esta foi uma operação de alto risco porque envolvia membros de facção criminosa. “Ataques a ônibus, às pessoas e ao Estado terão resposta à altura”, afirmou o delegado Ulisses.

Ulisses Gabriel ainda enalteceu o trabalho da PMSC, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Científica, instituições fundamentais para cessar os ataques e identificar dos autores.

O delegado Daniel Régis, titular da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), assinalou que mais de 150 profissionais atuaram na operação.

O delegado Jóca pontuou que a operação Tolerância Zero é uma sequência da investigação que a Draco iniciou logo após o registro dos fatos em outubro do ano de 2024, quando as forças de segurança identificaram e prenderam 18 envolvidos nos incêndios de veículos e obstrução de vias públicas.

Relembre o caso

No dia 19 de outubro de 2024, 10 integrantes da organização criminosa, fortemente armados, tentaram sem sucesso invadir, por mais de uma vez, uma comunidade localizada na região Norte da Ilha. Os invasores se esconderam no mato, sendo então determinado pela cúpula da facção a prática de diversos atos violentos na região da Grande Florianópolis com o objetivo de diminuir a presença policial no Norte da Ilha.

Foi então que houve o fechamento momentâneo, pelos criminosos, de vias públicas com a queima de veículos e ataques a tiros contra as forças de segurança.