Deputados cobraram soluções da empresa (Foto: Agência AL)

Transtornos provocados pelo novo sistema comercial digital da Celesc, como a demora na emissão e entrega das faturas mensais de luz aliada a dificuldade na resolução das demandas nas unidades de atendimento presencial da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina ),  pautou a reunião da Comissão dos Direitos do Consumidor e do Contribuinte e de Legislação Participativa, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (12).

Com a presença do presidente da Celesc, Tarcisio Rosa,  do diretor comercial da empresa, Vitor Lopes Guimarães e do coordenador responsável pela implantação do atual sistema on-line, Cristiano Ghisi, os membros do colegiado solicitaram esclarecimentos a respeito das diversas reclamações de consumidores catarinenses em especial a respeito do novo sistema comercial da Celesc, o Conecte, um aplicativo e uma agência web que centralizam mais de 80 serviços da empresa.  

A iniciativa do encontro partiu do presidente do colegiado, deputado Mário Motta (PSD), que munido de dados, informou, por exemplo, que no site Reclame Aqui,  desde a instalação do novo sistema comercial, em maio do ano passado, a  Celesc contabilizou 1.876 reclamações em 2024.  “O objetivo desse encontro é verificar qual foi o impacto financeiro para a empresa e para a sua imagem a instalação desse novo sistema digiltal”,  pontuou. “A Celesc presta serviço para mais de 3,5 milhões de catarinenses”, informou.

O parlamentar ainda destacou que o próprio Ministério Público de Santa Catarina pediu explicações, em fevereiro, para a Celesc, apontando inúmeras reclamações, principalmente, na demora na emissão e entrega das faturas mensais de luz ou de valores acumulados nas faturas. Motta ainda questionou que essas falhas no sistema deveriam ter sido previstas já que a empresa investiu mais de R$ 100 milhões no desenvolvimento do Conecte. “São situações que deveriam ter sido antecipadas, projetadas e calculadas”, cobrou.

Tarcísio Rosa explicou que as mudanças sempre geram transtornos, mas que a empresa sempre foi transparente em informar o cidadão catarinense a respeito desse momento de transição. “Sempre deixamos claro que o usuário catarinense não teria prejuízos”.  

Ele informou que o projeto Conecte envolveu em dois anos de elaboração mais de 250 profissionais, com mais de 3 mil usuários treinados e  foram realizados mais de 36 mil testes em seis meses antes de ser implantado.  “Logicamente, não imaginávamos que iríamos enfrentar tantos transtornos”, admitiu Tarcisio Rosa, destacando que até o dia 30 de abril deste ano a empresa pretende resolver e equacionar todos os problemas computados. “É o começo da transformação digital da Celesc”,  enfatizou, destacando que esta é a maior transformação do tipo já realizada por uma distribuidora na América Latina e coloca a Celesc na vanguarda do setor elétrico em relação ao atendimento comercial.   

Na oportunidade, o deputado Mário Motta questionou qual a postura de Tarcísio Rosa a respeito de possíveis contratações para o quadro de pessoal da empresa, bem como, sua visão a respeito da Celesc como empresa estatal e pública. Tarcisio deixou claro que tem orgulho de presidir a Celesc, que hoje apresenta um quadro funcional de 3,7 mil servidores e que, no que depender dele, a empresa continuará pública e catarinense.