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Enchentes afetam Santa Catarina todos os anos – Imagem: Rede Social

Santa Catarina precisa, com urgência, adotar medidas reais para reduzir aos poucos o risco de enchentes, até chegarmos ao ideal, que é não termos mais esses problemas no estado. O investimento em infraestrutura, como a construção ou aperfeiçoamento de bueiros, ampliação de galerias pluviais, mais canais de drenagem e reservatórios de detenção e retenção de água, deve ser uma agenda constante. Mas também é preciso olhar para soluções que já vêm sendo adotadas em outros países e que têm dado resultado efetivo na contenção de enchentes.

O conceito da Cidade-Esponja, criado na China e já adotado em cidades da Europa e dos Estados Unidos, tem como base criar mecanismos nos grandes centros urbanos suscetíveis a alagamentos, para absorção, retenção e liberação da água. Isso se dá com a criação de áreas verdes de escape, como áreas úmidas e parques alagáveis, passando pela reconstrução das margens dos rios, com a retirada do concreto e a implementação de mata ciliar ou espaços verdes.

Para cidades com pouca área verde, os chamados “jardins de chuva” são pequenas áreas verdes espalhadas pela cidade que, além de embelezar, ajudam no processo de absorção da água da chuva. Outra ação é a construção dos chamados “telhados verdes”, que reduzem a taxa de escoamento da chuva no solo. Todas essas ideias estão à disposição e não é impossível torná-las realidade. Tanto que, em Santa Catarina, já existe um espaço que adotou esse conceito, que é o bairro Cidade das Águas, em Joinville.

Outra forma de ação que ajuda a impedir ou reduzir alagamentos são as pavimentações permeáveis. Elas servem para o escoamento das águas e também para o esfriamento, já que o asfalto concentra muito calor.

Por fim, é necessário um trabalho mais técnico voltado à Defesa Civil. Desde o governo de Raimundo Colombo (PSD), Santa Catarina não possui um plano adequado de contingenciamento de crise climática. O governador Jorginho Mello (PL) investe pouco e mal em um setor que é crucial, mas que se tornou uma espécie de cabide de emprego com benesses para alguns escolhidos.

In loco

Prefeitos e prefeitas de municípios catarinenses, constantemente atingidos por enchentes, e o Governo do Estado poderiam se organizar e realizar uma missão à China, Europa ou Estados Unidos para conhecer de perto o conceito de Cidades-Esponjas. Buscar alternativas é fundamental para reduzir os danos que, todos os anos, acometem a comunidade.

Fala infeliz

Quanto à fala do governador Jorginho Mello (PL) em Pomerode, eu não acredito que tenha havido intenção de ser racista. Mas isso não muda o fato de que a fala teve um tom de racismo. Pois, ao contrário do pano que alguns de seus apoiadores estão tentando passar, dizer que, entre as características positivas de um município, está a cor da pele das pessoas é, sim, uma forma, no mínimo, grosseira de apontar que a questão racial faz parte do resultado que se vê ali. E cor da pele não define, de forma alguma, quem é melhor ou pior. O fato é que, mais uma vez, Jorginho não admite o erro. Parte para o ataque, ao invés de reconhecer a infelicidade de sua fala. Aliás, mais uma fala infeliz de quem ofendeu a imprensa e a oposição no caso Ciasc, de quem foi ao auge do desrespeito com os policiais e bombeiros militares na fala de “se fazer de leitão para mamar deitado”, ou de quando gritou com uma professora, uma senhora de idade, dizendo para ela não falar besteira, quando lhe fez uma cobrança.

Dificuldade

Dos governadores catarinenses, sem sombra de dúvida, Jorginho Mello (PL) é o que mais tem dificuldade de se comunicar. Em um estado acostumado a ter, na maioria dos governos, não na totalidade, verdadeiros intelectuais, quando o governador se manifesta, a diferença se torna latente. O pior é que não tem ninguém com coragem suficiente para dizer isso a ele. Eu assisti a todas as entrevistas do governador para redes nacionais. É lamentável notar a falta de erudição da maior autoridade de Santa Catarina. Há dificuldade até mesmo para organizar uma ideia com início, meio e fim. E essa análise não é um menosprezo à figura de Jorginho Mello, que construiu uma carreira política vitoriosa. É apenas uma constatação de que o governador tem limitações que, a cada dia que passa, se tornam mais latentes. E elas não se limitam apenas à retórica.

Oportunismo

A ex-primeira-dama de Balneário Camboriú, Mozara Paris, pode ter dado a pá de cal nas intenções do marido, o ex-prefeito Fabrício Oliveira (PL), de ocupar a Secretaria de Estado do Turismo. Com a intensidade de chuva ocorrida na cidade entre quarta-feira e ontem, Mozara foi para as redes sociais criticar a falta de aviso meteorológico por parte da atual gestão de Juliana Pavan (PSD). Ingenuamente ou por má-fé, Mozara criticou a Epagri/Ciram, que é o órgão estadual responsável pelas previsões do tempo em Santa Catarina. Os próprios técnicos do órgão alegaram que o fenômeno é de difícil previsão e que a modelagem existente atualmente não tem capacidade de fazer essa previsão.

Órgão do estado

A Epagri é um órgão da Secretaria de Estado da Agricultura e, portanto, se houve falha, a conta deveria cair no governador Jorginho Mello (PL), de quem o ex-prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL), aguarda um posicionamento sobre sua entrada no governo. Ainda segundo informações, a Prefeitura de BC estaria sem material de primeira ordem, como cobertores e colchões, para atender os desabrigados. A alegação é de que o que havia foi doado para a enchente gaúcha, ocorrida há sete meses. A prefeita Juliana Pavan (PSD) entrou em contato com o governador para pedir auxílio ao município.

Em alerta

Juliana pediu ajuda a outros municípios – Imagem: Rede Social

Balneário Camboriú segue em alerta. A prefeita Juliana Pavan (PSD) destacou que o município precisará de apoio de outras cidades para a recuperação. Ela se mostrou preocupada com a possibilidade de mais chuvas no dia de hoje. Juliana, que, na terceira semana de governo, enfrenta uma crise sem precedentes causada pelas chuvas, destacou a necessidade de ações solidárias para com os munícipes que perderam suas casas. Ela pediu doações e ajuda para as pessoas e animais atingidos pelas enchentes. Em Camboriú, onde o prefeito é Leonel Pavan (PSD), também há grande preocupação devido ao grande número de residências atingidas.

Apoio de Blumenau

Ferrari atendeu ao pedido de ajuda para BC – Imagem: Rede Social

O prefeito Egídio Ferrari (PL) atendeu ao pedido da prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan (PSD), de enviar a equipe de geologia. Além disso, também fará uma campanha de arrecadação no Parque da Villa Germânica e nos batalhões dos bombeiros e da Polícia Militar, de alimentos, ração para animais, telhas, lonas e cobertores.

Embaixo d’água

Xepa (puxando o barco) enfrentou a enchente para ajudar os atingidos – Imagem: Divulgação

O prefeito de Itapema, Alexandre Xepa (PL), ficou literalmente embaixo d’água. Ele foi para as ruas acompanhar de perto a situação do município atingido pelas chuvas. Cerca de 250 pessoas tiveram que ir para o abrigo. Uma fonte me disse que Xepa encontrou algumas dificuldades devido à falta de estrutura na Defesa Civil do município. Falta pessoal, equipamento e até mesmo um sistema.

Dando atenção

Governador ao lado do coronel Fabiano – Imagem: Rede Social

O governador Jorginho Mello (PL) atendeu aos prefeitos dos municípios atingidos pelas chuvas. Ele prometeu dar atenção às cidades e colocou o coronel Fabiano de Souza, secretário de Defesa Civil, à disposição. Jorginho está monitorando a situação do estado.

Outros municípios

Outros municípios da Grande Florianópolis também estão enfrentando o resultado das fortes chuvas, entre eles Florianópolis, Palhoça, Biguaçu, São José, Tijucas, Itajaí e outros. É importante, nesse momento, que se crie uma grande rede de solidariedade para ajudar os atingidos pelas enchentes.

Helicóptero parado

Em meio ao Estação Verão do Governo do Estado, o helicóptero dos Bombeiros está baixado em manutenção. O Arcanjo 01 foi utilizado no lançamento do Estação no dia 16 de dezembro e, para a surpresa de todos, na semana seguinte teve que ir para a manutenção. O problema é que, por conta do atraso no repasse do pagamento do convênio da Secretaria de Estado da Saúde com os Bombeiros, o conserto ainda não foi realizado, atrasando a liberação para o atendimento à população.

Outras aeronaves

Vale destacar que os Bombeiros possuem dois helicópteros: um em Florianópolis, que é o que está parado, e outro em Blumenau. A Polícia Militar tem três, sendo um em Florianópolis, outro em Joinville e um terceiro em Lages. Já a Polícia Civil tem um em Chapecó e outro em Criciúma.