Vaias levam Jorginho para a vida real; O interesse de Topázio – E outros destaques
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Muito tem se falado das vaias dirigidas ao governador Jorginho Mello (PL) durante a posse do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD). O vídeo que viralizou mostra que, ao ser anunciado, Jorginho recebe alguns aplausos, mas também muitas vaias.
No Centro Administrativo, a ideia é atribuir as vaias a militantes de esquerda, o que é uma meia-verdade. Pela primeira vez, o governador teve um encontro, mesmo que pequeno, com a vida real, que em nada tem a ver com os tais 75% de aprovação divulgados há alguns dias. Se é uma inverdade dizer que tudo vai mal, atribuir um percentual tão alto a um governo que, de fato, ainda não conseguiu superar desafios básicos nem realizar grandes ações, sem contar as suspeitas de corrupção, é no mínimo estranho. Aliás, esse tipo de pesquisa deveria ser feito por órgãos independentes, sem simpatia ou parceria com o governo, como foi o caso. E isso não deve servir apenas para a atual gestão; deve acontecer em todos os governos.
Mas, voltando às vaias, para o governador foi importante, apenas para ele. É preciso sair da bolha para não ser contaminado por quem somente quer agradar. Jorginho precisa ter uma ideia do verdadeiro sentimento das ruas. Precisa entender que o Universidade Gratuita, mesmo sendo um programa importante, ainda não atingiu uma boa parcela da população mais carente. Ao mesmo tempo, há recurso sobrando pela falta de uma maior demanda em determinadas universidades. Sem falar que o governo falha na educação básica, que é uma obrigação por lei, e não tem o devido cuidado com a Defesa Civil.
Outro ponto são as filas na área da saúde. Para um governo que prometeu zerar as filas, a promessa ainda está muito longe de ser cumprida. Há alguns dias, o deputado estadual Sérgio Guimarães (UB) gravou um vídeo chamando a atenção para o caos em um hospital da Grande Florianópolis. Esses são apenas alguns pontos de uma gestão que não pode ser considerada exitosa.
Um fato que tornou a situação do governo um pouco mais branda foi o entendimento da Assembleia Legislativa de que precisava ajudar. E foi isso que ocorreu. Jorginho teve a sorte de ter, na maioria dos parlamentares, um olhar maior para a causa pública, o que permitiu ao governo aprovar vários projetos sem dificuldade.
Para este ano, a expectativa é grande, pois o governo segurou dinheiro em caixa e somará esses valores a financiamentos junto ao Banco Mundial para começar a realizar obras um ano antes da eleição que, no caso, é a obsessão de Jorginho. Para o governador, o mais importante do que governar é tentar garantir uma reeleição, de preferência por aclamação, com todo mundo debaixo de suas asas. A questão é que, a exemplo da eleição de 2022, quando não conseguiu coligar com ninguém, há muitas dificuldades para construir para 2026. Com o PSD, pela polarização e acontecimentos extracampo que impedem uma aproximação. E, com os demais, a desconfiança de se a palavra dada será cumprida.
Outro ponto
Mais um motivo que alimentou as vaias ao governador Jorginho Mello (PL) foi a má relação que ele tem com os servidores públicos, sobretudo com os professores e as forças de segurança, que são usados como propaganda pelo governo para anunciar o estado mais seguro do país. Policiais e demais agentes seguem sem a devida valorização pelo trabalho que realizam.
Apesar…
Apesar dos pesares, ainda fico com o respeito institucional. No Brasil, temos perdido esse sentimento de respeito às instituições. Quando se vaia ou ofende um presidente da República, um governador, um prefeito, entre outras autoridades — seja quem for e de que partido for —, além do Judiciário, gera-se uma certa ruptura do sistema. E, para quem faz isso, achando que vai gerar alguma mudança no que entende não estar bom, está muito enganado. A crítica pode e deve existir, mas de forma educada, com civilidade, bem ao contrário do que temos visto nos últimos anos. É no voto que se muda a realidade, não com gritarias, ofensas e com o enfraquecimento das instituições.
A propósito
Quero expressar minha solidariedade à jornalista Natuza Nery, que recentemente sofreu ameaças devido à sua atuação na Globo News. Como ex-aluno do curso de jornalismo político, onde tive a honra de aprender com Natuza e Andreia Sadi, fico preocupado ao ver profissionais atacados por suas opiniões. Eu passo por isso. A liberdade de expressão é essencial para a democracia, e a discordância deve ser tratada com respeito. Infelizmente, muitos que se dizem defensores da liberdade falham em praticá-la quando suas opiniões são desafiadas. Agredir jornalistas por suas matérias e posições é inaceitável. A Natuza, não está sozinha nessa luta.
Potencial
Algumas pessoas me questionaram sobre o que escrevi na coluna de ontem a respeito do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD). Embora o considere do baixo clero no PSD, é importante destacar que o fato de ser o prefeito de uma cidade como Florianópolis o coloca em um patamar diferenciado, que poderá, no futuro, torná-lo uma grande liderança no cenário, algo que ele ainda não é. Qual é o grupo político de Topázio? Que força no estado, ou até mesmo no PSD, essa gente tem? A análise política deve se ater a fatos, à realidade, não a desejos. Por enquanto, quem defende Topázio está muito mais na casa do desejo, achando que ele tem o poder de construir qualquer coisa pensando em 2026, do que na realidade, que mostra totalmente o contrário.
E a realidade?
Além de não ter força política para fazer valer uma vontade sua e de uma minoria, de fazer com que o PSD se una ao projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL), o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), parece não ter percebido a visão que muitas lideranças – leia-se prefeitos, ex-prefeitos, entre outros – têm a seu respeito no partido, após se entregar de corpo e alma para o governador e o Partido Liberal. Quando se perde o respeito, se fala para as paredes, pois, com que discurso, Topázio convencerá essas lideranças a embarcarem no sonho de Jorginho, que é ter o PSD de vice? Ah, tem mais um detalhe que Topázio não contou: ele deseja, nos seus sonhos mais profundos, além de construir uma aliança, ser ungido com apenas uma eleição no currículo, como o nome dos pessedistas para ser o vice de Jorginho.
Secretariado
O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), anunciará o seu colegiado entre segunda e quarta da próxima semana. Na Fazenda, Michele Roncaglio será mantida. Auditora de carreira do Estado, é vista como uma peça fundamental para a gestão. A vice-prefeita Maryanne Mattos (PL) poderá assumir o comando da Segurança ou ter atribuições no gabinete de Topázio, que será comandado por Fábio Botelho. Ronaldo Freire será o Casa Civil, porém, a princípio, deve ficar no cargo por apenas um semestre, pois pretende se dedicar à família. Bruno Souza será o secretário de Assistência Social. Quem também poderá ficar no cargo é o secretário de Comunicação, Bruno Oliveira. Convidado a assumir a Comunicação do estado, não foi liberado por Topázio.
Recursos para BC
No primeiro dia após a posse, o deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL) anunciou, em reunião com a prefeita Juliana Pavan (PSD), a destinação de R$ 2,5 milhões em emenda para o hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. A prefeita destacou a importância do recurso para fortalecer o atendimento à população, enquanto o deputado ressaltou o compromisso de ampliar a parceria e trazer mais investimentos para a cidade.
Posse na OAB
O advogado Juliano Mandelli tomou posse como presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Santa Catarina (OAB/SC), Ele sucede a Cláudia Prudêncio e comandará a instituição no triênio 2025/2027, marcando também os 92 anos de fundação da Ordem catarinense. Eleito com 63,39% dos votos válidos, Mandelli agradeceu a confiança da classe e destacou o trabalho dos ex-dirigentes em prol da advocacia. “É essencial modernizar a Ordem para continuar atendendo às demandas dos profissionais catarinenses com excelência”, afirmou.
Outros cargos
Na mesma solenidade, Pedro Miranda assumiu a presidência da Caixa de Assistência dos Advogados (CAASC), sucedendo a Juliano Mandelli, e as novas diretorias da OAB/SC e da CAASC foram empossadas. O evento contou com a presença de lideranças da advocacia, incluindo o vice-presidente nacional da OAB, Rafael Horn.
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