Foto durante a posse – Imagem: Luiz Veríssimo

Ao tomar posse como prefeito de Joinville, quarta-feira (1) à noite na Câmara de Vereadores ,Adriano Silva (NOVO) projetou um segundo mandato “melhor do que o primeiro”. A razão principal citada por ele é o período crítico que enfrentou na pandemia, quando medidas restritivas foram tomadas por determinação federal e a mobilização na área da saúde para uma única direção. Nos próximos quatro anos, ao que tudo indica, o cenário é bastante favorável, desde que a economia (dólar e inflação) não comprometa. Por não atrelar as nomeações no secretariado à sua aliança partidária, as mudanças no primeiro escalão serão pontuais. Durante a leitura de seu pronunciamento, o prefeito reeleito de Joinville com 78,69% não deu nenhuma pista sobre seu futuro político, como a renúncia em 2026 para disputar a eleição majoritária.

Obras e desafios

Adriano inicia o segundo mandato – Imagem: Mauro Schlieck

O segundo mandato de Adriano Silva (foto) será marcado pela inauguração da maior ponte urbana de Joinville. Ligando dois bairros (Boa Vista e Adhemar Garcia), separados por uma vasta região de mangue, a Ponte Joinville vai custar mais de R$ 300 milhões e deverá ser concluída em 2027. Contudo, Adriano Silva tem desafios importantes, entre eles a licitação do transporte coletivo, mobilidade urbana e as terceirizações na área de saúde, como a implantação de uma Organização Social na gestão do Hospital Municipal São José.

Unanimidade

Há chapa já estava definida e a vitória garantida há mais de duas semanas graças aos 14 votos comprometidos. A única dúvida era uma eleição por aclamação ou haveria abstenção. Não houve. Todos os 19 vereadores empossados foram até o microfone (votação nominal) para respaldar a recondução de Diego Machado para mais dois anos na presidência. MDB, PT e PL liberam seus vereadores e todos votaram na chapa que tem Tânia Larson (UB) como vice-presidente e Henrique Deckmann (MDB) como secretário.

Bancada governista

Com 14 de 19 integrantes, a bancada governista promete não ser um “cartório de homologação”. Em seus pronunciamentos, eles garantiram diálogo e fiscalização. Um dos chamados opositores mais contundentes, o vereador eleito (ficou 18 meses no cargo na legislatura passada) Cleiton Profeta (PL) lembrou que “nunca” votou contra projetos de interesse de Joinville.

Liderança

Diego Machado (PSD), 37 anos, comprovou sua reputação de grande articulador e conseguiu se reeleger presidente por unanimidade. Claro que contou com o respaldo importante do prefeito Adriano Silva (NOVO) e de seu articulador político Gilberto Leal Filho, mas ele soube conquistar a confiança dos reeleitos de todas as bancadas. Diego reside há anos na localidade de Vila Canela, Distrito de Pirabeiraba. Dos seus 8.719 votos, 6.400 foram no distrito afastado de Joinville, o que correspondeu a mais de 50% dos votos válidos de sua região.

Curtas

– Há décadas que o protocolo da Câmara de Vereadores utiliza a frase “assim o juro” após o vereador ouvir o juramento de posse. Há quem afirme que contém erro gramatical. Ao contrário dos 19 vereadores, na hora de prestar o juramento, Adriano Silva preferiu “ assim eu juro”.

– Presente na sessão da Câmara de Vereadores (sua esposa Vanessa da Rosa tomou posse), o ex-prefeito Carlito Merss lembrou que dia 2 de janeiro, às 4h30, desembarcava  na Rodoviária. Nesta quinta-feira ele completa 50 anos de Joinville, onde foi vereador, deputado estadual, federal e prefeito.

– Definidos os líderes de bancada: Adilson Girardi (MDB), Érico Vinicius (NOVO), Ascendino Batista (PSD), Mateus Batista (UB) e Wilian Tonezi (PL).

– Foram formados dois blocos partidários: MDB e Republicanos e NOVO e União Brasil. O primeiro elegeu Henrique Deckmann secretário-geral e o segundo Tânia Larson para vice-presidente.

– Na composição, o partido do prefeito (NOVO) com quatro vereadores ficou de fora da Mesa Diretora.

– Os votos dos vereadores do União Brasil, Republicanos, PSD, Podemos e NOVO foram antecipados (recomendação) dias antes através de ofícios dos presidentes dos diretórios municipal e estadual.

– Nenhum destes partidos assumirá qualquer secretaria.

Contato do colunista

(47) 999644082