A discussão sobre o Porto de Itajaí; Ivete se torna independente – e outro destaque
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ATENÇÃO: A coluna está sendo publicada em formato reduzido. A publicação normal voltará no dia 14 de janeiro.
Porto de Itajaí
A grande preocupação que tenho quanto à questão do porto de Itajaí é que todo o impasse sobre mantê-lo sob gestão municipal ou voltar a federalizá-lo esteja muito mais baseado em duas questões: divergência política e queda de braço para definir quem terá o direito de usar esse importante espaço como cabide de emprego.
O governador Jorginho Mello (PL) tem razão ao defender que o porto se mantenha municipalizado para não ficar subordinado a Santos, que é um concorrente. Não é teoria da conspiração imaginar que será uma relação delicada, que poderá acarretar prejuízos para Santa Catarina. Por outro lado, não lembro do então senador Jorginho criticando o governo de Jair Bolsonaro (PL) pelo atraso no leilão de concessão, que provocou a paralisação do porto.
É um assunto que merece uma discussão maior. Para isso, é necessário bom senso. Quem sabe um acordo emergencial para que sejam mantidas as atividades, com a autoridade portuária permanecendo mais alguns meses com Itajaí, até que se decida, nos primeiros meses do ano que vem, de forma estritamente técnica, quem terá a responsabilidade da administração do porto. É preciso urgência nessa questão, afinal, no próximo dia 31 encerra o convênio.
O fato é que Santa Catarina precisa muito mais do que bravatas do governador, que grava vídeos dizendo que “aqui é um estado de gente que trabalha e dá conta do recado”. Isso nós já sabemos, mas não tem nada a ver com o assunto. O que é necessário é o chamado diálogo e a apresentação de um plano para o porto que demonstre que o mais correto é mantê-lo sob administração municipal.
Quem sabe, se desde o início, o governador tivesse mantido uma relação mais republicana com Brasília, essa conversa se resolveria com muito mais facilidade. É como se diz: quando um político toma um rumo equivocado, a população é quem paga. Que o bom senso prevaleça e que Santa Catarina mantenha a gestão de um importante espaço para o setor de comércio exterior.
Independência
“A reforma tributária está em debate há décadas. O sistema tributário do país é muito complexo e arcaico. Precisamos simplificá-lo e torná-lo mais justo. O texto aprovado é perfeito? Pode até não ser, mas é o melhor, e estou votando favoravelmente, com muita convicção, no parecer do senador Eduardo Braga aprovado na CCJ e agora no plenário”, diz nota enviada pela senadora Ivete Appel da Silveira (MDB). O voto foi um claro sinal de que a emedebista tornou o seu mandato independente da influência do governador Jorginho Mello (PL). Outro sinal foi o voto contrário à emenda para isenção de impostos para armas. “Sou contra armas. Sempre vou votar contra projetos que incentivam a compra de armas”, destacou.
Comércio
O comércio varejista de Santa Catarina registrou alta de 7,2% em outubro, comparado ao mesmo período de 2023, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgada ontem. O resultado elevou o crescimento acumulado do setor no ano para 4,2%. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, peças e materiais de construção, o crescimento acumulado em 2024 foi de 7,9%, impulsionado pelos setores de veículos (+20%) e atacados (+6,5%). O desempenho mensal coloca Santa Catarina acima da média nacional, que foi de 6,5%. No entanto, no acumulado do ano, o estado fica atrás da média brasileira no varejo tradicional, mas supera no varejo ampliado, onde a média nacional ficou em 4,9%.
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