Jorginho recebe o MDB na Agronômica; apoio ao governo não é garantia para 2026; Marquito nega convite do PT, entre outros destaques.
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O governador Jorginho Mello (PL) terá mais um encontro, no início da manhã de hoje, com a bancada estadual do MDB e o presidente estadual licenciado, deputado federal Carlos Chiodini. O café da manhã, na Agronômica, terá como pauta principal o convite para que o partido ocupe mais uma secretaria.
Após a primeira conversa, houve o entendimento de que os emedebistas aceitariam embarcar no projeto do governador. No entanto, o clima foi mudando e, nos últimos dias, surgiram algumas alterações no humor dos convidados. Isso não significa que o MDB rejeitará o convite, mas o acordo pode não ocorrer da forma planejada por Jorginho.
O deputado Antídio Lunelli é o nome mais próximo do governador na bancada emedebista. Em uma conversa a sós, Jorginho já havia combinado com o parlamentar que faria o convite ao MDB, mas que Lunelli seria o secretário. Porém, tanto ele quanto outros membros do partido começaram a questionar as vantagens e desvantagens, temendo se tornar mais um secretário sem poder. Para garantir mais força, Lunelli deve pedir o comando da Epagri e da Cidasc no pacote da Agricultura.
Sobre a terceira secretaria, um parlamentar relatou que ela ficará em aberto para Jorginho decidir qual será. A preocupação do MDB é não indicar secretários sem autonomia. Uma fonte destacou que, nos governos Luiz Henrique da Silveira (MDB), os secretários indicados por partidos da base tinham liberdade política e um orçamento definido para suas ações. “Hoje, os secretários que não são do partido do governo não têm autonomia. A exceção é Mauro Mariani no BRDE, mas lá é o banco que se governa”, afirmou.
O MDB entende que pode mais. A oferta de Jorginho foi considerada pequena, dada a importância do partido. Além disso, um parlamentar destacou que entrar para a base do governo não significa alinhamento para a próxima eleição. “2026 é um cenário incerto. Nacionalmente, houve crescimento do MDB e do PSD e enfraquecimento do PL e do PT. O MDB ocupará bem esse espaço. Entrar para a base não significa fechar questão para 2026”, disse o deputado.
Chiodini no governo
No MDB, avalia-se que uma possível entrada do deputado federal Carlos Chiodini no governo Jorginho Mello (PL) seria uma grande contribuição do partido. A bancada estadual considera Chiodini um dos deputados federais com melhor trânsito em Brasília, entre partidos e ministros do governo Lula (PT). Os emedebistas destacam o apoio de ministros como Renan Calheiros Filho, amigo de Chiodini e do presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal (MDB), que tem direcionado muitos recursos para Santa Catarina. Entendem, assim, que é possível uma aproximação com o Governo Federal.
Resistências
O governador Jorginho Mello (PL) já enfrenta resistências dentro do PL quanto ao convite ao MDB. A deputada federal Júlia Zanatta (PL) é uma das mais incomodadas, devido a questões regionais. Se Carlos Chiodini (MDB) integrar o governo, o suplente Luiz Fernando Vampiro (MDB), de Criciúma, mesma região de Júlia, assumirá o mandato, o que pode fortalecê-lo para 2026. A deputada teme um “congestionamento” político em Criciúma, que terá cinco deputados federais com Vampiro. O deputado estadual Sargento Lima (PL) também estaria insatisfeito com os movimentos.
Ivete em Brasília
Uma fonte ligada à senadora Ivete Appel da Silveira (MDB) informou que, se houver um convite para que ela assuma a Secretaria de Estado da Assistência Social, que a senadora não aceitará. “Em 2 de dezembro, ela volta a assumir o mandato”, afirmou. Deputados do MDB também não aceitam abrir mão da vaga do partido na Câmara Alta. “Se o partido fizer isso, o Eduardo Braga (MDB) ligará para o Chiodini pedindo explicações”, afirmou. Braga, senador pelo Amazonas, é aliado do governo Lula (PT) e não quer perder espaço para a oposição.
Reforma Tributária
O relatório do grupo de trabalho da Comissão de Assuntos Econômicos sobre a regulamentação da reforma tributária acatou doze emendas propostas pelo senador Beto Martins (PL). O documento foi apresentado ontem pelo senador do Distrito Federal, Izalci Lucas (PL), após 21 audiências públicas com representantes do setor produtivo. “Diversos setores nos procuraram para apresentar argumentos e preocupações, e agora temos o aval deste grupo, confirmando a relevância dos temas para o debate”, declarou Martins. As emendas aceitas abrangem exportações, eventos, setor imobiliário e turismo. As sugestões seguirão para a Comissão de Constituição e Justiça e serão analisadas pelo relator, o senador do Amazonas, Eduardo Braga (MDB).
Marquito nega
O deputado estadual Marcos Abreu, o Marquito (PSOL), negou a informação divulgada pela coluna de que teria sido convidado, antes da eleição, para se filiar ao Partido dos Trabalhadores. Segundo ele, nunca houve qualquer conversa nesse sentido.
Confirmação
Em resposta à nota, duas fontes do PT confirmaram que houve um convite em 2022. Relataram que a vereadora de Florianópolis e suplente de deputada federal Carla Aires teria sido uma das lideranças que convidaram Marcos Abreu, o Marquito, para se filiar ao PT. “A ideia era um projeto de longo prazo na capital. Ele seria eleito deputado estadual em 2022 e lideraria uma frente em 2024. O PT já planejava ter candidatura novamente. Ele não aceitou por medo do PSOL pedir o mandato, mesmo com o PT disposto a articular sua manutenção com lideranças do PSOL”, relatou uma fonte.
Segurança
Circulou ontem, entre profissionais da segurança pública do estado, a informação de que o governo de Jorginho Mello (PL) estaria preparando uma proposta de 12% de reajuste para todo o setor. Fontes do Governo do Estado negaram a informação, afirmando que um estudo está sendo realizado para avaliar as possibilidades.
Apoio de Goetten
O deputado federal Jorge Goetten, presidente estadual do Republicanos, participou ontem da oficialização da candidatura do deputado da Paraíba, Hugo Motta (Republicanos) à presidência da Câmara Federal, com o apoio de Arthur Lira (Progressistas). Segundo ele, o movimento reforça a projeção nacional do partido. Goetten, que assumiu o comando estadual este ano, vê na candidatura de Motta uma oportunidade de fortalecer o Republicanos em Santa Catarina. “Vou trabalhar para eleger Motta e expandir nossa base”, afirmou.
Vaguinho em Brasília
Em sua primeira agenda oficial em Brasília após as eleições, o prefeito eleito de Criciúma, Vaguinho Espíndola (PSD), e o vice, Salésio Lima (PSD), visitaram gabinetes de parlamentares no Congresso, solicitando emendas individuais e de bancada. No Governo Federal, estiveram na Secretaria de Relações Institucionais para tratar dos convênios do município com a União. Acompanhados da vereadora Giovana Mondardo (PCdoB), visitaram o Ministério da Ciência e Tecnologia, onde apresentaram o projeto do Centro de Inovação à ministra Luciana Santos, que sugeriu a participação em um edital no próximo ano para obter recursos para a demolição controlada da antiga estrutura. Vaguinho também esteve no Ministério dos Esportes, com o ministro André Fufuca, e hoje se encontrará com mais parlamentares e visitará o Ministério da Saúde.
Perda no jornalismo
Ontem, faleceu o ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas, Aderbal João da Rosa Filho, conhecido como Deba. Grande profissional e defensor das pautas da categoria, Deba deixa uma lacuna no jornalismo catarinense. Figura afável, sempre buscava atender da melhor forma os colegas que recorriam a ele. O SCemPauta expressa seus sentimentos à família desse grande profissional.
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