SC não tem setor de Inteligência do Estado; Jorginho garante Celesc e Casan públicas; o Crescimento do Novo, entre outros destaques
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O Governo do Estado não tem um setor próprio de Inteligência. Fontes revelaram ao SCemPauta que, juridicamente, a Diretoria de Inteligência e Informação não existe mais. A extinção ocorreu quando a Secretaria de Estado da Segurança foi extinta no governo de Carlos Moisés da Silva, que optou por um colegiado de Segurança Pública.
Após Jorginho Mello (PL) assumir o governo, com a Reforma Administrativa, a segurança voltou a ser uma secretaria de estado, o que fez surgir a Diretoria de Estatística e Análise Criminal e a Diretoria de Sistemas Informacionais Estratégicos. O que chama a atenção é a ausência de menção ao trabalho de Inteligência, que atualmente só existe de forma descentralizada pelas forças policiais.
Até o momento, não há nenhum projeto para a criação de uma Inteligência Estadual integrada, envolvendo diversos setores do Estado. Sem isso, falta análise criminal e a produção de relatórios para munir a Secretaria de Estado da Segurança Pública. Embora o governo possua tecnologia, até com equipamentos israelenses, a ausência de um setor integrado impede a criação de protocolos eficazes para a proteção do cidadão e do Estado.
Um Estado seguro precisa de um setor de Inteligência abrangente, com profissionais atuando de forma centralizada. Assim, a Segurança Pública se beneficiaria do trabalho da inteligência de outros órgãos, como a Secretaria da Fazenda, para combater a evasão de divisas; da Cidasc, para a segurança sanitária; e da Secretaria de Administração Prisional, para controlar o sistema penal e seus reflexos externos. A colaboração do Ciasc também seria fundamental para criar soluções inovadoras.
Além disso, a Celesc e a Casan poderiam ter áreas de inteligência integrando as ações ao Estado, reduzindo a vulnerabilidade de ataques a serviços essenciais, como subestações de energia, que poderiam facilitar ações criminosas.
O que falta é a criação de uma cultura de inteligência. A Polícia Civil tem se destacado pela tecnologia, e a Polícia Militar, pelo grande efetivo na área. No entanto, sem maior integração, há risco de falhas. A diretoria de estatística existente não contribui como o Estado precisa para gerar uma maior sensação de segurança. Apesar da eficiência das forças policiais, a falta de uma inteligência integrada significa operar no escuro.
Canal Livre
O governador Jorginho Mello (PL) concedeu entrevista ao programa Canal Livre da Band News, de São Paulo. Ao ser questionado sobre privatizações, Jorginho foi feliz ao destacar que, apesar de ser do PL e se considerar de direita, pensa de forma diferente quando as estatais são eficientes. Por isso, reafirmou que não privatizará a Celesc e a Casan, pois ambas estão dando resultados. Ele mencionou que a Celesc está investindo R$ 4 bilhões em rede trifásica e que, até 2026, pretende alcançar 58% de saneamento básico no estado, através da Casan. Ao cumprir essa promessa de campanha e manter as estatais, Jorginho ganha pontos importantes para pacificar a relação com os servidores dessas empresas.
Negando o passado
Por outro lado, o governador Jorginho Mello (PL) foi infeliz ao tentar negar sua relação com o governo de Dilma Rousseff (PT). Quando questionado sobre sua participação no então governo, tentou atribuir o apoio ao PR, atual PL. Após ser perguntado mais de uma vez, admitiu ter indicado um cargo no DNIT, mas negou participação efetiva. No entanto, o poder de Jorginho no DNIT durante os governos petistas é amplamente conhecido, com diversas imagens dele acompanhando Dilma em agendas no estado.
Litoral Norte
A Frente Parlamentar do Corredor Litorâneo Norte realizará sua primeira reunião amanhã, liderada pelo deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL). A iniciativa busca discutir a construção de uma via alternativa para a BR-101, que se aproxima da saturação. O projeto prevê a criação de um trajeto de 144 km, com um orçamento estimado em R$ 36 milhões. Para a reunião, estão confirmadas as presenças do secretário de Infraestrutura, Jerry Comper, e de representantes da Fiesc, Fetrancesc e Amfri.
De olho na Alesc
Com 79% de aprovação ao final de seu segundo mandato, o prefeito de Araquari, Clenilton Pereira (PSD), é um dos nomes fortes do partido na região de Joinville. Além de eleger seu sucessor, Gordo Jasper (PSD), Pereira é apontado como pré-candidato a deputado estadual. Sob sua gestão, Araquari tornou-se a 12ª maior economia do estado.
Encontro na inauguração
A inauguração do Elevado Alcebíades Sperandio, hoje, em Chapecó, às 10h, promoverá o primeiro encontro entre o prefeito João Rodrigues (PSD) e o governador Jorginho Mello (PL) após Rodrigues anunciar sua pretensão de disputar o Governo do Estado em 2026. A obra, com R$ 17,7 milhões do governo de Carlos Moisés e R$ 12,7 milhões do governo Jorginho, totalizou R$ 47,3 milhões, com a prefeitura investindo R$ 16,8 milhões. O elevado beneficiará cerca de 20 mil veículos por dia e deve melhorar o acesso à BR-282.
Transição
O prefeito eleito de Camboriú, Leonel Pavan (PSD), reuniu-se ontem com o atual prefeito Elcio Kuhnen (MDB) para iniciar a transição de governo. Pavan levantou questões sobre finanças, transporte, saúde, educação e saneamento. Kuhnen garantiu total colaboração e disponibilizou seu chefe de gabinete, Fabio Moreira, para auxiliar no processo. Reuniões semanais foram acordadas para garantir uma transição tranquila. Ao final, Pavan elogiou a forma como foi recebido por Elcio.
Crescimento do Novo
O Partido Novo obteve um crescimento significativo em Santa Catarina. Além da reeleição de seus dois prefeitos — Adriano Silva, em Joinville, com 78,69%, e Arão Josino, em Ascurra, com 56,15% —, o partido também registrou expressivas votações no legislativo de cinco cidades. Em Jaraguá do Sul, Rodrigo Livramento foi o mais votado com 6.079 votos; em São José, Cryslan Moraes recebeu 4.999 votos; em Itapema, André de Oliveira obteve 1.761 votos; em Pomerode, Geliandro Ribeiro conquistou 1.705 votos; e, em Corupá, Eder Finta foi o mais votado com 740 votos.
Atuação do TCE
A intervenção do Tribunal de Contas do Estado reduziu em 58% o valor do Pregão Eletrônico 220/2024, da prefeitura de Joinville, destinado à manutenção da iluminação pública. O orçamento inicial, de mais de R$ 45 milhões, caiu para cerca de R$ 19 milhões, gerando uma economia de R$ 26,2 milhões. Sob a relatoria do conselheiro Wilson Rogério Wan-Dall, o TCE/SC apontou sobrepreço, ajustou o valor e regularizou o edital.
Qualificação
A indústria de Santa Catarina precisará qualificar 953,4 mil trabalhadores entre 2025 e 2027, segundo o Mapa do Trabalho Industrial da CNI. Desses, 151,1 mil serão novos profissionais para suprir a criação de empregos e 802,3 mil já empregados precisarão de treinamentos. A qualificação abrangerá habilidades técnicas, comportamentais e práticas de saúde e segurança no trabalho.
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