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A campanha em Florianópolis tem mostrado estratégias bem distintas. O prefeito Topázio Neto (PSD) tem buscado um cenário com o menor confronto possível, e, nisso, as regras dos debates realizados até o momento contribuíram com essa postura, por impedir uma discussão mais aberta entre os candidatos.

Além disso, em seus programas, Topázio tem falado de seus projetos para a cidade e apontado obras de sua gestão; porém, tem sido contestado por incluir ações que iniciaram na administração de seu antecessor, Gean Loureiro (UB). Ter dois ex-prefeitos que deixaram marcas em suas gestões tem sido um grande problema.

A questão é que, enquanto estava como prefeito, sem adversários e fazendo seus vídeos no TikTok, até era visto com simpatia por ser novo na política. Mas, quando seus adversários trazem questões incômodas para a sua imagem, Topázio aparece para o eleitor de outra forma, como alguém a ser questionado. Isso o tem tirado de sua zona de equilíbrio, pois o expõe a questões sobre as quais nunca pensou que seria chamado a falar. Pelo que se diz nos bastidores, são situações que nem para quem cuida da comunicação de sua campanha foram repassadas, o que fez com que Topázio, conforme escrevi há alguns dias, passasse a ser pautado por seus adversários. E passar uma campanha se explicando é a pior coisa para um candidato. Pior ainda é quando ignora, pois vale a velha máxima de que quem cala consente.

Por sua vez, o ex-senador Dário Berger (PSDB) tem buscado comparar seus anos como prefeito com a gestão de Topázio. Além disso, Berger tem adotado uma campanha de enfrentamento, tocando em pontos sensíveis que têm atingido em cheio a imagem do prefeito, que busca a reeleição, colocando-o num cenário até agora desconhecido. Se souber intercalar os questionamentos com propostas e exemplos do que houve de positivo em seus mandatos, Berger tem tudo para crescer ainda mais nas próximas pesquisas.

Já o candidato do PSOL, deputado estadual Marcos Abreu, o Marquito, preferiu adotar um tom mais leve para a sua campanha. Não faz críticas à gestão de Topázio e centra nas discussões ambientais. Sua postura de não fazer oposição tem rendido críticas dentro da própria esquerda, que aponta uma suposta aliança com a campanha de Topázio. Porém, uma fonte de sua campanha me disse que a ideia é apontar os problemas com propostas, não com críticas. Se a estratégia dará certo, só será possível saber após o primeiro turno.

Lela

Além de Dário Berger (PSDB), o papel de oposição tem ficado também com o candidato do PT, Vanderlei Farias, o Lela, que tem veiculado comerciais falando de corrupção e da aproximação de Topázio Neto (PSD) com o bolsonarismo, já que é apoiado pelo governador Jorginho Mello (PL) e tem na coordenação de campanha Filipe Mello. Além de trazer pautas mais à esquerda, como a municipalização do transporte coletivo, Lela tenta se aproveitar da polarização ao trazer o presidente Lula (PT) em seus programas de rádio e TV.

Pedrão

Dos quatro principais candidatos, Pedro Silvestre, o Pedrão (Progressistas), não conseguiu fazer com que sua candidatura ganhasse força. A falta de maior apoio de grandes lideranças de seu partido e a dificuldade em encaixar pautas que empolguem o eleitor têm deixado Pedrão um pouco atrás no pelotão principal. Mesmo assim, ele pode ter um papel importante no segundo turno.

Rádio Massa

A Rede Guararema de Rádios Massa FM chegará a mais três importantes praças. Já cobrindo toda a Grande Florianópolis, Brusque, Itajaí, Balneário Camboriú, Litoral Norte e Blumenau a Rede Massa sob o comando de César Souza chegara até o final do ano as praças de Jaraguá do Sul, Joinville, Itapema e Vale do Rio Tijucas. Trata se do maior grupo de Rádio de Santa Catarina em número de ouvintes impactados, cobrindo 70 por cento do PIB catarinense. De perfil popular, investe cada vez mais no jornalismo, com o portal Guararema News que já ultrapassou a marca de 500 mil pessoas por mês. Todos os dias, eu faço a minha participação nas rádios do grupo Massa às 07h30.

Pesquisa em Criciúma 1

Hoje, a Rádio Som Maior de Criciúma deve divulgar mais uma pesquisa realizada pelo Instituto IPC. O que chamou a atenção foi que o candidato a prefeito, Ricardo Guidi (PL), tentou impedir a publicação do levantamento através de uma Representação Judicial. Vale lembrar que o mesmo instituto realizou as duas primeiras pesquisas, em que Guidi aparece em primeiro lugar, usando a mesma metodologia agora contestada pelo candidato. Na sexta-feira, o PL chegou a obter uma vitória na justiça, mas que foi derrubada ontem à noite. Portanto, como já está nas mãos da Rádio Som Maior, hoje saberemos o sentimento da população criciumense em relação ao pleito deste ano.

Pesquisa em Criciúma 2

A preocupação da campanha de Ricardo Guidi (PL) é com os números que a pesquisa poderá mostrar. Isso porque, conforme analisei o segundo levantamento, Guidi parece ter batido no teto e apontado para uma curva descendente, enquanto seu principal adversário, Vaguinho Espíndola (PSD), demonstra um comportamento oposto, com um forte crescimento. Além disso, há um fator que terá forte influência nos resultados: a prisão do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD). Hoje saberemos se Guidi realmente atingiu o teto e segue caindo, se Vaguinho mantém o crescimento e como a população viu a prisão de Salvaro.

Cenário em Itapema 1

O forte desempenho do candidato a prefeito de Itapema, Clóvis Júnior (PSD), fez com que a prefeita Nilza Simas (PL) convocasse uma reunião com os comissionados. A ordem é intensificar a campanha a favor do candidato Alexandra Xepa (PL). Quem também está sendo pressionado a aderir à campanha é o dentista Alexandre Santos, genro de Nilza, cuja candidatura foi inviabilizada por suspeitas de que ele seria marido, e não namorado, de uma das filhas da prefeita, o que inviabilizaria legalmente sua candidatura. Santos voltou para a Saúde, mas fontes afirmam que ele não apoia a candidatura do PL, por desconfiar que partiu de Xepa o vazamento de informações sobre o seu relacionamento. A questão é que ele conquistou uma boa popularidade, o que ajudaria Xepa no pleito. É na Saúde que Nilza encontra uma série de resistências também.

Cenário em Itapema 2

Fontes relatam que a prefeita Nilza Simas (PL) está aproveitando a campanha de Alexandre Xepa (PL) para fazer um ensaio de sua candidatura a deputada estadual. Além disso, há uma grande insatisfação em relação a ela e ao senador Jorge Seif (PL). Os candidatos à Câmara de Vereadores estão irritados com o tratamento diferenciado que o filho de Seif está recebendo como candidato a vereador. Um exemplo: Seif havia prometido que todos teriam uma foto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Não só não cumpriu, como levou o filho a Brasília para fazer fotos ao lado do ex-presidente. Nilza também tem concentrado esforços na eleição do jovem Seif. Essa situação e o fato de que o empresário João Formento foi retirado da disputa por Xepa têm feito com que o PL dispute a eleição rachado em Itapema.

Citado

Ontem, durante o debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, a candidata Maria Helena (Novo) citou o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo). Não é a primeira vez que a candidata paulista cita Adriano, elogiando sua gestão em Joinville.

Mascote

A campanha da coligação “Somos a Real Mudança”, liderada pelos candidatos Anderson dos Santos, o Batata (Progressistas), e Roger Knipers (MDB), apresentou o novo símbolo: o mascote “Batatinha”. A ideia da campanha é chegar aos adultos, mas também conquistar as crianças. Nos eventos, o mascote tem sido levado como uma forma de trabalhar a campanha com bom humor. “Estamos aqui para mostrar que a política pode ser feita de forma positiva, sem ataques e com muito respeito à inteligência do eleitor”, afirmou Batata.

Cultura alemã

Os 200 anos da imigração alemã para o Brasil e 195 anos em Santa Catarina serão comemorados em sessão especial da Assembleia Legislativa hoje, a partir das 19h. Proposta pelo deputado estadual Ivan Naatz (PL), a solenidade reunirá entidades e representantes da comunidade germânica no estado e homenageará as contribuições dos imigrantes e seus descendentes para o desenvolvimento econômico e cultural de Santa Catarina.

Salário

O trabalhador catarinense que atua no mercado formal recebeu, em média, R$ 3.437 por mês durante o ano de 2023. Com esse resultado, a média salarial do catarinense ficou entre as maiores do ranking nacional, atrás apenas de Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O valor é resultado de um crescimento de 3,8% em relação a 2022, quando a média foi de R$ 3.311, ou seja, alta de R$ 126. Outro destaque é que o salário do trabalhador da construção civil ficou em R$ 3.233, ou 4,5% maior do que a média nacional, que é de R$ 3.093. Os dados integram a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), conforme divulgação do IBGE.

Para refletir

O que aconteceu ontem à noite em São Paulo, entre José Luiz Datena e Pablo Marçal, durante um debate, serve para uma profunda reflexão sobre como o nosso país e o nosso estado estão lidando com a política. Eleição não pode ser uma guerra, não pode ter como principal motivação o ódio. É claro que críticas e debates sobre temas sensíveis, envolvendo os candidatos, fazem parte do jogo e, mais do que isso, são necessários, pois o eleitor tem todo o direito de conhecer bem o seu candidato. Mas, fora isso, a discussão eleitoral não pode virar uma guerra. O pior é que esse fato lamentável de ontem não foi motivado somente por um movimento recente. Vem sendo provocado há muito tempo, pela forma como alguns políticos fazem uso das redes sociais, principalmente alimentando o ódio diuturnamente. Às vezes, fico observando, em alguns grupos de WhatsApp, a virulência, o ódio, muitas vezes sem a mínima razoabilidade. Inclusive, é perceptível como algumas pessoas adoeceram. Não vivem mais. Passam o dia compartilhando vídeos — sendo boa parte fake news — para agredir e ofender quem não pensa igual. Esse clima hostil ainda poderá nos levar a um cenário perigoso, onde todos seremos atingidos de alguma forma.