Todos os candidatos receberam do fundo eleitoral. Só o Sargento Lima (PL) recebeu R$ 4 milhões.
O menos favorecido com o fundo eleitoral até 10 de setembro é o candidato Rodrigo Bornholdt (PSB) com R$ 15 mil do partido aliado PDT. Seu partido em nada contribuiu. Aquele que mais recebeu doações privadas foi Adriano Silva: sua família reuniu R$ 201 mil, entre outros amigos. Nem ele ou sua esposa contribuíram para a campanha. O que mais apresentou “recursos próprios” foi Rodrigo Bornholdt, que contribuiu com R$ 100 mil para sua própria campanha. O candidato “mais rico” foi Sargento Lima (PL), cuja única receita declarada foi de R$ 4 milhões do diretório nacional do PL. Ele também foi o que mais gastou: R$ 3.399.879,30 valor este três vezes maior do que a soma de outros três candidatos (R$ 941 mil). Carlito Merss (PT) recebeu R$ 300 mil do seu partido e é o único que não declarou despesas.
Sargento Lima: a campanha mais cara
O candidato do PL recebeu R$ 4 milhões do fundo eleitoral do diretório nacional do PL, receita que é três vezes maior do que a soma dos outros candidatos juntos (R$ 1.321.00). É sua única receita até 10 de setembro. Sargento Lima é também o que mais gastou. Só com a sua produtora de Florianópolis Media Effects foram R$ 1.952.000,00 dos R$ 2.448.500,00 declarados no item “produção de programas de rádio e TV ou vídeo”. Esta empresa é responsável por muitas produções do governo estadual e pertence a Felipe Vieira, filho do ex-vereador de Araquari Josué Vieira. Para a Convergence Consultoria e Intermediação de Biguaçu mais R$ 110 mil. Outro custo declarado ao TRE é o de serviços advocatícios de R$ 100 mil ao advogado joinvilense Sidney Oliveira, especialista em legislação eleitoral. Só de produção de jingles e vinhetas foram pagos R$ 220 mil a Sergio Bartold. Outro custo de R$ 293 mil foi para Eureca Inteligência de Mercado de Biguaçu por “pesquisas ou testes eleitorais”.
O prefeito teve contribuição de toda a família, menos dele
Adriano Silva recebeu R$ 200 mil dos partidos coligados. Os recursos do fundo eleitoral representaram até 10 de setembro menos de 1/3 dos R$ 709.357,00 declarados como receita. Sua família (pai, mãe, dois irmãos e um tio) contribuiu com R$ 201 mil. Vários amigos também aparecem na lista de doadores, como a cartorária Bianca Castellar Faria (R$ 50 mil) e o empresário Werner Weege (R$ 40 mil). Também contribuíram duas filhas e os dois genros do ex-prefeito Wittich Freitag com R$ 12 mil cada um. A menor contribuição foi de Thomas Werner, de apenas R$ 7,77. Entre as despesas, o prefeito foi o único a declarar “cessão ou locação de veículos”. A Continente Rent a Car Ltda, com sede em Correia Pinto, alugou em 22 de agosto dois automóveis Kwid por R$ 4.080,92 cada um. A maior despesa foi com a “Unica Filmes Ltda”. A empresa de Joinville recebeu até 10 de setembro R$ 171 mil. A segunda maior despesa foi na gráfica Volpato, também de Joinville, totalizando R$ 117.460,00. Por ter o maior número de vereadores na coligação a campanha teve o maior custo em gráfica, principalmente com os “santinhos”.
Rodrigo Bornholdt: sem recurso de seu partido
O candidato do PSB tem até agora a campanha com menor custo e a que recebeu o menor recurso do fundo partidário. E nem foi de seu partido e sim do aliado PDT, cujo diretório estadual repassou R$ 15 mil. Ao todo, a campanha recebeu R$ 175 mil, sendo a grande maioria recurso do candidato (R$ 100 mil) e de seu pai e sócio Max Bornholdt (R$ 50 mil). Os R$ 10 mil restantes foram doação de outro sócio do escritório de advocacia em que Rodrigo e o pai são majoritários. Até 10 de setembro, Rodrigo gastou R$ 20 mil com produção de vídeo através da Ideiazul Publicidade Ltda, empresa esta não encontrada no Google. Gastou R$ 10 mil com impulsionamento de conteúdo.
Luiz Cláudio Gubert é o segundo com a maior verba do fundo eleitoral
Em sua primeira eleição, Luiz Cláudio Gubert (MDB) já recebeu R$ 835 mil do fundo eleitoral do seu partido. A outra doação foi de R$ 15 mil de “recursos próprios”. O maior custo da campanha é com a Black Produtora Ltda, com sede em Araquari, de propriedade de Paulo Cardoso, que há décadas trabalha para o partido nas campanhas em Joinville. Foram R$ 408 mil para os programas de rádio e TV. O segundo maior custo foi com a Gráfica Willejack Ltda de Joinville ( R$ 54.815) de Willibaldo Dittrich e de seu filho Alexandro. O terceiro foi de R$ 4 mil para Adstream Soluções Tecnológicas, contratada para impulsionamento de conteúdo.
Carlito não declarou despesas
O único candidato que não havia lançado despesas até 10 de setembro é Carlito Merss . Não está fora do prazo. Ele declarou que recebeu R$ 300 mil do fundo eleitoral do diretório nacional do seu partido e a segunda receita declarada é sua própria doação para campanha de R$ 30 mil.
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