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Goetten perdeu o controle dos partidos – Imagem: Câmara Federal

O projeto do governador Jorginho Mello de transformar o Republicanos em um apêndice do Partido Liberal começa a dar errado em vários municípios do estado. Ações na justiça começam a derrubar as intervenções capitaneadas pelo deputado federal Jorge Goetten, a quem o governador incumbiu a tarefa de presidir o Republicanos para desfazer acordos com outros partidos, a fim de fortalecer o projeto de candidatos do PL à majoritária.

Tudo começou por Rio do Sul, onde o TRE anulou a intervenção feita de forma abrupta por Goetten na comissão provisória. Em ação conduzida pelo advogado Joni Consoli, ficou provado que foi desrespeitado o estatuto do partido, que também normatiza os atos de intervenção. No caso, a decisão de Goetten de simplesmente bloquear os acessos da direção local, sem comunicar os integrantes e mudar o comando, foi considerada ilegal pelo juiz eleitoral Carlos Alberto Civinski. O magistrado determinou o retorno da gestão anterior do partido, que voltou a ser presidido por Leonardo Anchieta, e declarou nulos todos os atos tomados por Eduardo Marzall durante a intervenção. Desse modo, o Republicanos garantiu o direito de se alinhar ao PSD, conforme já havia acertado.

A partir da decisão de Rio do Sul, lideranças do Republicanos nos municípios de Balneário Piçarras, Aurora, Ituporanga e Camboriú tomaram o mesmo caminho e, com base na primeira ação, também venceram, derrubando as intervenções de Goetten e, em alguns casos, voltando a coligar com os partidos que já estavam acertados anteriormente ou até mesmo lançando candidatura própria. Acontece que, criada a jurisprudência a partir das decisões anteriores, integrantes de comissões em mais alguns municípios também ingressaram com ações que devem ser julgadas nos próximos dias.

Além da justiça, Goetten e Jorginho também sofreram um revés político em Araquari. Após serem ameaçados de perder o repasse do fundo eleitoral e de haver uma troca na direção local do Republicanos, lideranças do partido decidiram não partir para o confronto direto. Esperaram a convenção e venceram, no voto, a aliança com o PSD, contrariando o governador. Com isso, Jeferson Petry conseguiu se manter na presidência.

Jorge Goetten, procurado, disse estar tranquilo, pois, em momento algum, segundo ele, houve qualquer forçação de barra para a troca de comando. “As trocas foram absolutamente normais, e nós avisamos a todos. Mas entenderam que tinham que judicializar, mas foram pouquíssimos municípios”, afirmou.

Navegantes

Em resposta à coluna de ontem, o deputado estadual Maurício Eskudlark (PL) entrou em contato para informar que o movimento de tirar o Partido Liberal de uma aliança com o prefeito Libardoni Fronza (PSD) partiu dele e de seu colega de bancada, Ivan Naatz (PL). Eskudlark critica a vereadora bolsonarista Lú Bittencourt, a quem acusa de não ter feito nada pelo partido e de ter trabalhado apenas pela vaga de vice na chapa de Líba. “Existia apenas uma disputa entre ela e a vereadora Adriana para ver quem seria a vice. Nós procuramos o governador e pedimos para fazer uma nova executiva que manteria o acordo de indicar o vice do Líba, com o que o governador concordou, pois o partido estava parado no município”, explicou Eskudlark. Porém, segundo ele, Fronza não aceitou Rogério da Equilíbrios como vice, e por isso a decisão de lançar o empresário como candidato.

Visitas de Bolsonaro

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) informou a lideranças de seu partido que não conseguirá ficar por muito tempo em Santa Catarina durante a eleição. A informação é que ele chega num dia e já vai embora no outro. Porém, nos dois dias Bolsonaro terá agenda. Por enquanto, segundo o ex-presidente, as únicas agendas confirmadas são Balneário Camboriú e Itapema. O governador Jorginho Mello (PL) está fazendo um grande esforço para garantir que Bolsonaro passe por Criciúma e também por São José. Mas nada confirmado até o momento.

Fim da greve

Um grande esforço da direção da Celesc e da Intercel deu fim à greve na companhia. A proposta acordada para a distribuição da PLR mantém os mesmos moldes de 2023. O valor máximo global atingível será mantido, adotando o INPC-IBGE 2023 como índice de correção, podendo alcançar até R$ 56 milhões, com base no atingimento de todas as metas convencionadas. A manutenção da estrutura do ano anterior inclui as três parcelas de distribuição (Parcela Base, Parcela Adicional e Parcela Lucro) com os mesmos indicadores, critérios de cálculo e percentuais de distribuição.

Cláusula

Foi incluída uma cláusula específica para avaliação dos efeitos da implantação do Projeto Conecte, com destaque nos indicadores durante os meses de maio, junho e julho de 2024. A Celesc informou em nota que reforça seu compromisso com a valorização dos empregados e com a sustentabilidade financeira da companhia.

Direto de Brasília

A direção da Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina (FECAM) reuniu-se ontem com a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República para tratar de ações concretas que possam melhorar a situação dos municípios de Santa Catarina. Segundo a entidade, o foco foi discutir com o Governo Federal qual a forma mais eficiente de atender as demandas locais, especialmente nas áreas de saúde, educação e outras políticas públicas essenciais. Foram apresentadas reivindicações específicas dos municípios catarinenses, com ênfase na necessidade de recursos e suporte técnico. A partir da próxima semana, será enviado um documento com as reivindicações dos municípios feitas na Marcha dos Prefeitos, em maio, que será encaminhado ao Governo Federal.

Pesquisa

O levantamento de ontem sobre a corrida eleitoral em Joinville, divulgado em primeira mão pelo SCemPauta, mostra que o prefeito Adriano Silva (Novo) tem conseguido manter uma grande distância de seus concorrentes. Esse cenário já era previsto no período pré-eleitoral. Segundo a pesquisa do Instituto 100% Cidades, Adriano lidera com muita folga em todos os cenários (Confira). Esses números refletem duas situações inquestionáveis: não existe uma gestão perfeita, mas é fato que Adriano consegue manter um bom patamar de aprovação de seu mandato, fazendo com que a maior parte do eleitor opte pela continuidade. Agora, o tão falado bolsonarismo. Esse também é um fator interessante a ser observado. Adriano não está no PL, mas é considerado um prefeito de direita por essa parte do eleitorado. Além disso, o setor produtivo gosta dele, o enxerga como parte do time, e isso faz com que os empresários, inclusive os mais bolsonaristas, deixem de votar no PL para apoiar a sua reeleição.

Alvo de Lima

O prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), será o alvo principal do deputado Sargento Lima, candidato do PL a prefeito. Isso tem uma lógica, mesmo tendo o PT na disputa. Acontece que, se bater em Carlito Merss (PT), Lima não terá qualquer resultado prático, pois o eleitor de esquerda não migrará para ele. Por isso, o foco dele será todo em Adriano, de quem terá que tirar votos para tentar arrastar o pleito para o segundo turno. Lima promete ir com tudo para o confronto.

Arriscado

A estratégia de Sargento Lima (PL) é muito arriscada. Ele corre o risco de, em um confronto direto, perder mais votos para Adriano Silva (Novo), que, seguindo a tendência de hoje, levará a eleição já no primeiro turno. Além disso, Lima também poderá, caso Carlito Merss (PT) cresça, até mesmo ficar de fora de um eventual segundo turno. Mas, hoje, tudo leva a crer que o pleito de Joinville será de um único turno.

Carlito

Ao mesmo tempo em que aparece em segundo na pesquisa estimulada, Carlito Merss (PT) sabe bem que há um abismo muito grande entre fazer uma boa eleição e ganhar um pleito em que aparece disparado com a maior rejeição. Além disso, vai para a disputa para garantir o 13 na TV, espaço que usará para criticar a gestão de Adriano Silva (Novo) e o fato de Sargento Lima (PL) ser do partido de Jair Bolsonaro (PL), mas, principalmente, para fazer propaganda do governo Lula (PT).