A produção industrial catarinense cresceu 6,4% de janeiro a maio deste ano em comparação com os cinco primeiros meses do ano anterior. O desempenho foi superior à média nacional, que foi de 2,5% no período. Considerando apenas o mês de maio, o avanço da produção industrial catarinense foi de 5,8%, contra recuo de 1% da média brasileira.

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, destaca que o resultado dos cinco primeiros meses do ano reflete as melhores condições de crédito, a partir do movimento gradual de redução dos juros no Brasil. “A produção de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos, e bens de capital, como máquinas industriais, vem se favorecendo com juros mais baixos”, explica.

Neste cenário, a produção industrial do setor de equipamentos elétricos cresceu 17,5% e lidera o crescimento industrial de Santa Catarina no acumulado do ano até maio, impulsionado pela demanda interna e pelas exportações. Análise do Observatório FIESC aponta que as vendas de motores elétricos cresceram 29,3% até maio, principalmente para o mercado dos Estados Unidos. Este produto ocupa a terceira posição entre os itens mais vendidos por Santa Catarina no mercado global. Outro fator que incentivou o setor foi a crise elétrica na África do Sul. O país ampliou as compras de transformadores elétricos, tornando-se o principal destino do produto no ano.

As condições de crédito também refletiram no segmento de máquinas e equipamentos, com incremento de 10,4% no ano.

Consumo

Já a manutenção do crescimento no consumo das famílias, estimulada pelo mercado de trabalho aquecido e a melhoria no poder de compra, beneficiou a indústria de produtos de borracha e plástico, com expansão de 11,4%, principalmente na fabricação de embalagens plásticas.

A análise do Observatório FIESC mostra que a indústria de artefatos têxteis também se destacou, especialmente na produção para uso doméstico, como travesseiros, edredons e almofadas. A produção industrial do setor têxtil apresentou crescimento de 8,1% de janeiro a maio e isso se refletiu no saldo de contratações do setor, que foi 4,6 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2023.