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Um vídeo gravado pelo prefeito de São José, Orvino de Ávila (PSD), com a deputada federal Júlia Zanatta (PL), gerou uma grande confusão entre lideranças do Partido Liberal e a parlamentar. No vídeo divulgado nas redes sociais, o pessedista agradece a Júlia pelo envio de uma emenda de R$ 2,5 milhões para a saúde e a segurança. Ele ainda elogia a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ontem, começaram a ser compartilhados vídeos acusando Júlia de ter “se vendido ao PSD”. A situação incomodou a deputada, que revidou as afirmações nas redes sociais e, ao final da noite, fez uma live para falar sobre o assunto. De acordo com ela, alguns pensam ser donos de Jair Bolsonaro “sem terem o apoiado” quando ele era presidente.

A fúria da deputada se voltou para a pré-candidata de seu partido à prefeitura de São José, Adeliana Dal Pont. Para Júlia, a ex-prefeita não apareceu nos ataques que sofreu, mas teria agido nos bastidores. “Ontem estive com Bolsonaro e ele viu o vídeo do prefeito Orvino. Se o PL acha que pode ser dono do Bolsonaro, está enganado, pois, para o Bolsonaro, quanto mais pessoas o apoiarem, mais o bolsonarismo se fortalece”, afirmou.

Júlia Zanatta também falou de um suposto veto do ex-presidente ao PSD. Segundo ela, em uma conversa na casa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), perguntou a Bolsonaro se havia o veto. Ela afirma que ele negou e disse que foi um caso específico no interior de São Paulo. A parlamentar completou que, se tivesse qualquer veto, o governador Jorginho Mello (PL) não daria o vice ao prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD).

O fato é que os responsáveis pelas críticas a Júlia Zanatta cometeram um grande erro estratégico. Miraram na parlamentar, que goza de uma relação de intimidade com a família do ex-presidente e que, após um pedido do governador, chegou a aceitar dar apoio a Adeliana. Porém, agora parece que tudo mudou, pois Júlia acusa a ex-prefeita de ser uma das responsáveis pelos ataques que sofreu, o que praticamente fecha as portas para qualquer apoio. Júlia, ao responder a algumas perguntas, disse que Adeliana não é de direita. “Ela nem sabe o que é isso”, destacou.

A deputada também lembrou que Jair Bolsonaro ficou chateado com Adeliana ao ver um vídeo da ex-prefeita o criticando pelos atos de seu governo durante o período da pandemia e afirmando que foi para Cuba. Júlia disse ainda que Adeliana poderia ter se desculpado, mas não o fez.

Outro alvo de Júlia foi o vereador Alexandre Cidade. Recém-filiado ao Partido Liberal, Cidade foi acusado pela deputada de ter compartilhado um vídeo contra ela. Segundo a parlamentar, Cidade, há algum tempo, foi ao seu gabinete afirmar que não queria Adeliana como candidata do partido. Por fim, falando um palavrão, a deputada afirmou: “Direita p… nenhuma, direita p… nenhuma. Só querem subir ao poder”, disse Júlia sobre Adeliana e seu grupo político em São José. Devido ao horário, não foi possível entrar em contato com a ex-prefeita. O espaço está aberto para que Adeliana possa se manifestar sobre o caso.

Em Balneário…

Em Balneário Camboriú, o deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL) se voltou contra seu partido. Ele apoiou a vereadora Juliana Pavan (PSD), que é pré-candidata a prefeita, na polêmica suspensão da sessão em que ela teve o tempo de fala cortado. Silva deixa claro que será oposição a Peeter Lee Grando (PL) e, conforme já escrevi, é possível que indique seu pai, Carlos Humberto (DC), como pré-candidato a vice de Juliana.

Freibergue volta atrás

Após ter negado na Assembleia Legislativa que se referiu aos deputados estaduais Fernando Krelling (MDB) e Napoleão Bernardes (PSD) como os braços políticos do boicote dos árbitros ao Parajasc, informação divulgada pela coluna, o presidente da Fesporte, coronel Freibergue do Nascimento, entrou em contato para admitir que realmente fez a declaração mencionada pelo SCemPauta sobre os parlamentares. No dia 31 de maio, Freibergue atribuiu o boicote dos árbitros a um suposto movimento político para derrubá-lo e também o governador Jorginho Mello (PL). O presidente da fundação disse ter se arrependido da fala, por não ser o que realmente pensa a respeito dos deputados. Segundo ele, foi uma fala infeliz em um momento de tensão por causa dos problemas no Parajasc. Freibergue disse que já conversou com os deputados e não aproveitou para se desculpar com Krelling e Napoleão. Afirmou ainda que o objetivo é trabalhar em cooperação com a Alesc. Leia a manifestação completa de Freibergue durante a crise do Parajasc.

Crítica a Freibergue

O deputado estadual Ivan Naatz (PL), mesmo não sendo membro da Comissão de Esportes da Assembleia Legislativa, fez questão de comparecer a audiência que discutiu os problemas que ocorreram no Parajasc. Ele fez uma defesa a Sérgio Galdino, que deixou a Fesporte após os problemas na competição. Para Naatz, Galdino foi o único a pagar a conta dos problemas que impediram a realização de algumas modalidades. “Todos os presidentes tiveram as mesmas dificuldades que o atual tem. Todos fizeram os seus esportes, todos realizaram as suas competições. Nunca houve esse problema em Santa Catarina. Sempre teve pouco servidor, sempre teve pouco atleta, sempre teve muita federação. As federações sempre tiveram problema com documento e as competições sempre aconteceram. Então, de fato, o que a gente clama é por diálogo. Não se faz gestão a “mandos militar”. Não se faz. Tem que conversar, tem que dialogar, tem que ouvir e tem que entender que as pessoas têm que ser convencidas a ajudar, não convencidas a atrapalhar”, disse Naatz, em forte crítica ao presidente da Fesporte, coronel Freibergue Nascimento.

Cresce o PIB

O PIB de Santa Catarina cresceu 2,6% em 12 meses, encerrados em março deste ano. A estimativa está no Boletim Trimestral de Indicadores Econômico-Fiscais, elaborado pela Secretaria de Estado do Planejamento. A publicação ainda mostra que o PIB brasileiro cresceu 2,5% no mesmo período. Apesar do aumento acima da média nacional, houve uma desaceleração na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, quando o crescimento no período foi de 3,7%. O setor de serviços cresceu 4,2% nos últimos 12 meses até março. O aumento foi de 0,6% em março e foi o quinto mês consecutivo de crescimento na comparação com os respectivos meses anteriores. Em Santa Catarina, o volume de receitas do setor cresceu 8% em 2023, acima do desempenho em nível nacional, de 2,4%. Foi o terceiro ano consecutivo de crescimento robusto no estado, quando o setor atingiu recordes da série histórica.

Contas irregulares

O Tribunal de Contas do Estado julgou irregulares as contas relacionadas à construção dos terminais integrados Norte e Oeste, em Blumenau, e condenou a empresa responsável pelas obras ao pagamento de débito no valor de R$ 676 mil, além de multa de R$ 67,6 mil, em razão do superfaturamento no item “aterro externo com aquisição de aterro”, em violação ao princípio da economicidade. O prazo para o ressarcimento, com a atualização monetária dos valores, é de 30 dias a partir da publicação no Diário Oficial Eletrônico (DOE-TC). Cabe recurso da decisão.

Turismo

O Ministério do Turismo, a Embratur e o Sebrae realizarão, nos próximos dias 20 e 21, dois seminários gratuitos com o tema “Conexão: Pequenos Negócios e Estratégias para a Promoção do Turismo”. Os eventos, que serão realizados no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, e na sede do Sebrae, em Florianópolis, contarão com as presenças do secretário de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade do Ministério do Turismo, Milton Zuanazzi, do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e do presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima. De acordo com o coordenador de Articulações Estratégicas da Embratur, Luciano Boico, será uma oportunidade única para empresários, gestores públicos e profissionais do turismo estreitarem laços e fomentarem parcerias estratégicas.

Pena mais dura

A Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, um projeto de lei que endurece as penas para crimes cometidos em instituições de ensino, sejam públicas ou privadas. A proposta foi relatada pelo deputado catarinense Jorge Goetten (PL), motivada pelo trágico ataque em uma creche em Blumenau, que sensibilizou a todos e impulsionou a criação do Grupo de Trabalho contra Violência nas Escolas. O projeto altera o Código Penal para classificar como hediondos os crimes de homicídio, lesão corporal seguida de morte e lesão corporal gravíssima em escolas, aumentando significativamente as penas e restringindo benefícios como liberdade provisória, fiança e anistia. A proposta também inclui um novo crime de “Violência em Instituições de Ensino”, com penas específicas para lesão corporal cometida nesses locais.