A sessão da Câmara de Vereadores de Concórdia nesta quarta-feira (5) teve a presença da secretária Municipal de Educação, Gládis dos Santos, requerida pela vereadora Ingrid Fiorentin (PT).

O principal assunto debatido é a mudança na nota média exigida na avaliação escolar da rede municipal. Segundo a secretária, mensurar o aprendizado e a avaliação é muito difícil pois a aprendizagem tem níveis diferentes.

“Nos tínhamos até no ano passado a nota 5,0 que era a nota para passar ou reprovar, agora com a vigência dessa lei, o nível subiu, tivemos a nota 6,0 agora, sem realização de prova final, mas com recuperação anual, nos tínhamos nota 5,0 e agora temos nota 6,0 que é a nossa média” apontou Gládis.

A secretária explicou que com nota 5,0 houve índices altos de reprovação, foram 226 alunos reprovados em 2023, que ainda reforçou que estão praticando a média 6,0 que é a mesma que o Estado pratica e a esfera federal.

Vários vereadores reclamaram que a secretaria não seguiu o que havia sido definido em uma conferência da educação realizada anteriormente no município, ocasião em que havia sido decidido que a nota média seria mudada para 7,0.

A secretária disse não foram apresentados argumentos pedagógicos que justifiquem a melhoria da qualidade de ensino e nem de aspectos que fortaleçam a inclusão e o respeito a diversidade dos alunos a fim de promoção do conhecimento.

“Pelo contrário, todas as consultas, bibliografias, equipe pedagógica veem nessa medida de mudar de 6,0 para 7,0 mais excludente, que vai dificultar mais o acesso aos menos favorecidos ao ensino e prejuízo emocional aos nossos alunos e famílias, então dos 98 itens que foram discutidos na conferência somente dois itens nós entendemos que não são benéficos para a educação em Concórdia”, explicou.