Três multinacionais de Joinville tiveram queda no lucro líquido no primeiro trimestre de 2024
O ano não está começando bem para três das oito principais indústrias de Joinville, todas as três com ações na bolsa de valores de São Paulo (B3). Os balanços do primeiro trimestre da Tigre, Tupy e Schulz apresentaram quedas inesperadas no lucro líquido no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Queda brusca
A Tigre, por exemplo, registrou uma queda significativa em razão da lentidão dos projetos e obras do marco de saneamento no Brasil, conforme explicou a diretoria na mensagem aos acionistas. O lucro líquido nos primeiros três meses deste ano foi de R$ 5,3 milhões, resultado muito abaixo do apresentado no primeiro trimestre de 2023, que foi de R$ 88 milhões. Uma das receitas da multinacional controlada pela Família Hansen reside no investimento público em saneamento e no segmento da construção civil (tubos e conexões).
Desvalorização cambial
Maior fornecedora de blocos e cabeçotes para motores do mundo, a Tupy teve um lucro líquido de R$ 111,75 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma queda de 23,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. Como a planta de Joinville também apresenta grande volume para exportação, a receita em dólar norte-americano é reforçada pelos resultados de duas fábricas em Monterrey (MEX), ambas voltadas para atender os clientes do México, Canadá e Estados Unidos. A desvalorização do dólar em relação ao real e também ao peso mexicano contribuiu para esta diminuição da receita, justifica a direção da Tupy, cujo controle principal está com a Previ (Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil) e BNDSpar.
Menor queda
Entre as três indústrias que divulgaram seus balanços sobre o primeiro trimestre, a Schulz foi a que registrou a menor queda no lucro líquido. Neste primeiro trimestre registrou R$ 60,4 milhões, resultado menor do que o do mesmo período de 2023, que foi de R$ 75,9 milhões. A Schulz tem duas divisões com gestões autônomas: a automotiva e a de moto compressor, sendo que a primeira está voltada ao mercado de veículos comerciais e da agroindústria.
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