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O período pré-eleitoral gerou uma situação não muito corriqueira em Chapecó. Com o pedido de licença temporária por uma semana do prefeito João Rodrigues (PSD), para tratar de assuntos pessoais, quem deve assumir o comando do Executivo chapecoense nesta segunda-feira (29) é a vereadora Sueli Suttili (PSD).

Nenhum dos nomes naturais da linha sucessória assumirá desta vez: o vice-prefeito Itamar Agnoletto (PP) ou o presidente da Câmara André Kovaleski (PL), que também está em licença durante esta semana.

Quem assume a presidência da Câmara por este período é a segunda secretária Elisiani Sanches (PSD). A primeira secretária, Marcilei Vignatti (União Brasil), declinou por causa de uma viagem.

Além da questão política e partidária, existem razões jurídicas para “fugirem do cargo”. Assumindo a Prefeitura no período de seis meses antes do pleito, a vereadora fica impedida de concorrer sua reeleição porque fere o prazo de desincompatibilização.

Ainda, quem assumir o Executivo pode incorrer em inelegibilidade reflexa, que torna inelegíveis parentes dos chefes dos Executivos ou de quem os tenha sucedido ou substituído dentro dos seis meses anteriores à eleição. É o caso do vice-prefeito, que se assumisse, dentro desses seis meses que antecedem as eleições, poderia prejudicar a pretensa candidatura do irmão, Cleiton César Agnoletto (PP), por exemplo.

Prefeita

Sueli Suttili é natural de Águas Frias, formada em Letras e Inglês e pós-graduada em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa. Desde 1981 mora em Chapecó, exerceu 40 anos no magistério nas redes Estadual e Municipal, como professora, gestora e secretária de educação. Elegeu-se pela primeira em 2020, com 1.440 votos, sendo a 14ª mais votada e a quarta mais votada entre os pessedistas.

Greve dos professores

Na noite de ontem (28), o governador Jorginho Mello se pronunciou oficialmente sobre a greve dos professores estaduais.

Clique aqui para ler o pronunciamento, ou assista abaixo.

Com base nos portais de transparência de cada estado, SC paga a maior média salarial da região sul aos profissionais da educação, superior em cerca de 15% à paranaense e aproximadamente 50% maior que a gaúcha.

Nosso salário é o maior da região Sul, mas ainda assim acho pouco, dada a importância que têm nossos professores. Desde o ano passado, estamos ouvindo e negociando com a categoria. Em 2023, tivemos vários avanços por iniciativa do Governo. Mas fazer tudo o que os sindicalistas pedem é impossível.

Já aumentamos mais de 100% o vale alimentação e revisamos o desconto de 14% criado pelo governo anterior, aumentando, portanto, o valor que os aposentados recebem. Até o final de junho, vamos realizar o maior concurso da história de SC, contratando 10 mil novos profissionais para trabalhar na educação. Também vamos viabilizar que todos os professores tenham um horário remunerado fora da sala de aula para planejar conteúdos e provas.

Mesmo com todo esse esforço, uma minoria ligada a sindicatos prefere colocar lenha na fogueira e iniciar uma greve descabida. Com baixa adesão dos professores, eles reivindicam um único ponto que, neste momento, é inviável. A descompactação da folha, que custaria R$4.6 bilhões aos cofres públicos.

A gente ultrapassaria e muito os limites da lei de responsabilidade fiscal. Praticamente quebraria o estado! Atender o sindicato é cometer um crime de improbidade administrativa e gastar mais do que o permitido na lei. E isso eu não farei! Peguei um Estado com rombo bilionário e, com muito trabalho e seriedade, seguirei arrumando tudo o que encontrei de errado.

Para garantir o direito de todos os estudantes acessarem a sala de aula, estamos tomando duas medidas:

Primeiro, determinei que a Secretaria de Educação desconte as faltas dos professores grevistas. Segundo, vamos contratar imediatamente professores temporários para manter as salas de aula funcionando.

Aos quase 90% de professores que não aderiram à greve, o meu muito obrigado por continuarem firmes na nobre missão de educar nossas crianças e jovens. Reafirmo o compromisso de continuar, de forma responsável, valorizando sempre o seu trabalho.

Encontro de juízes eleitorais

O corregedor regional eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, desembargador Carlos Alberto Civinski, esteve reunido com juízes eleitorais de São Miguel do Oeste, Chapecó, Modelo, Xanxerê e São Carlos, na última quarta e quinta-feira (24 e 25).

A secretária da Corregedoria Regional Eleitoral, Renata Fávere, acompanhou as reuniões que contaram com a presença das juízas Heloísa Beirith Fernandes e Lizandra Pinto de Souza, de Chapecó, e dos juízes Raul Bertani de Campos e Márcio Luiz Cristófoli, de São Miguel do Oeste; Christian Dalla Rosa, de Xanxerê; Wagner Luis Böing. de Modelo; e Édipo Costabeber, de São Carlos.

Desafio

Segundo o Des. Civinski, as eleições deste ano serão desafiadoras, o que exigirá preparo e organização. Diante disso, reforça que “esse tipo de encontro serve para levar a mensagem de que a Corregedoria Regional Eleitoral atuará em sintonia com as Zonas Eleitorais dando-lhes apoio em todos os sentidos, visando assegurar um pleito seguro, transparente e ágil”.